Se você, caro leitor, assim como eu, é apaixonado pela história do Japão e fascinado por ninjas e samurais, posso afirmar sem exageros: minha empolgação por Assassin’s Creed Shadows está nas alturas.
Nos trailers já divulgados, o jogo apresenta dois protagonistas em lados opostos da história, mas com destinos que se cruzam de forma intrigante. Embora o título tenha sido lançado há alguns meses para outras plataformas, confesso que ainda não coloquei as mãos nele e, por isso, ainda não sei nada sobre sua trama completa ou suas mecânicas além do que vi nos vídeos promocionais.
Então, esta prévia será escrita com base no material oficial, sem qualquer spoiler — apenas expectativas e aquele entusiasmo que todo fã de cultura japonesa conhece bem.
O Japão em guerra: o cenário perfeito para uma nova era dos Assassinos
Assassin’s Creed Shadows nos transporta para o turbulento período Sengoku, um dos capítulos mais intensos e sangrentos da história do Japão. A trama se passa por volta de 1579, época marcada por guerras civis entre senhores feudais (os daimyō), pela ascensão de figuras históricas como Oda Nobunaga e pelo início do processo de unificação do país.
De um lado, temos Naoe, uma ninja (ou shinobi) da província de Iga, cuja vila é destruída pelos exércitos de Nobunaga após o clã ninja resistir à unificação. Ela representa o lado dos oprimidos, lutando pela sobrevivência de seu povo e pela liberdade diante do poder militar feudal.
Do outro, está Yasuke, um samurai africano baseado em uma figura histórica real. Chegando ao Japão com missionários jesuítas portugueses, ele realmente conheceu Oda Nobunaga. No jogo, personifica o honorável guerreiro do sistema feudal, vivendo o choque cultural e político de uma era em transformação.
O encontro entre Yasuke e Naoe é o coração da narrativa. Dois mundos colidem — o da ordem e da lealdade, representado por Yasuke, e o da resistência e da liberdade, simbolizado por Naoe. Essa dualidade reflete perfeitamente o DNA da franquia Assassin’s Creed: o eterno embate entre controle e caos, samurais e ninjas, templários e assassinos.
Um espetáculo visual que empolga
Não dá pra negar: a Ubisoft sabe fazer trailers que deixam qualquer fã empolgado. Assassin’s Creed Shadows está visualmente impecável, com cenários ricos em detalhes e uma ambientação que realmente transporta o jogador para o Japão feudal. Um dos elementos mais interessantes é o impacto das estações do ano — não apenas estéticamente, mas também na jogabilidade.
Quando o inverno chega e os lagos congelam, por exemplo, nadar se torna impossível, obrigando o jogador a encontrar rotas alternativas. Já durante tempestades, o barulho do vento e da chuva cria uma oportunidade perfeita para infiltrações silenciosas — um toque de realismo que promete deixar as missões ainda mais imersivas.
Dois protagonistas, duas formas de jogar
O jogo apresenta dois protagonistas com estilos bem distintos, o que traz uma variedade interessante à experiência. Naoe representa o lado mais tradicional da franquia, com foco em furtividade e agilidade. Com ela, podemos escalar paredes usando o gancho, fazer parkour e eliminar inimigos de forma silenciosa — o clássico estilo Assassin’s Creed que os fãs conhecem bem.
Yasuke, por outro lado, é pura força bruta. Um samurai imponente, encara os inimigos de frente, derrubando paredes e usando golpes poderosos. Além da espada, é possível usar uma arma, e também arco e flecha para abater inimigos à distância. Essa dualidade entre o ninja e o samurai promete dar um ritmo dinâmico à narrativa e às missões.
E como fica no Switch 2?
Mas vamos à pergunta que não quer calar: como será o port de Assassin’s Creed Shadows no Nintendo Switch 2? Recentemente, vimos a Ubisoft lançar Star Wars Outlaws para o novo console da Nintendo — e, para surpresa geral, o resultado foi bastante positivo.
Claro, o jogo não escapou de algumas falhas gráficas e texturas estranhas no lançamento, porém nada que comprometesse a diversão. O desempenho foi estável e a Ubisoft ainda lançou diversos pacotes de atualização que deixaram a experiência ainda mais polida.
Com base nisso, acredito que o mesmo cuidado será aplicado a Assassin’s Creed Shadows. O trailer de anúncio já deixou uma boa impressão — o jogo parece rodar de forma fluida no Switch 2, e isso por si só já é animador. Não espero um port perfeito, mas confio que a Ubisoft está se esforçando para entregar algo de qualidade.
Desde que joguei Ghost of Tsushima no PS4, qualquer jogo ambientado no Japão feudal chama minha atenção. E, pelo que vimos até agora, Assassin’s Creed Shadows tem tudo para ser mais um título memorável desse gênero. Espero que o port para o Switch 2 receba o mesmo carinho e dedicação — e não dá pra negar que o novo console da Nintendo vem surpreendendo, rodando jogos de geração atual com desempenho impressionante.
Está nas mãos da Ubisoft
Depois de tudo o que vimos até agora, Assassin’s Creed Shadows parece ser exatamente o tipo de jogo que muitos fãs da franquia — e de histórias do Japão feudal — estavam esperando. Mesmo sem ter jogado ainda, só pelos trailers já dá pra sentir o cuidado e a ambição por trás desse projeto. O contraste entre Yasuke e Naoe, o uso das estações para influenciar a jogabilidade e o detalhamento do período Sengoku mostram que a empresa realmente quer entregar algo marcante.
E para nós, jogadores da Nintendo, a expectativa é ainda maior. Com o desempenho do Switch 2 e o recente Star Wars Outlaws da Ubisoft com um port bem otimizado, há motivos de sobra para acreditar que Assassin’s Creed Shadows chegará com uma experiência digna. Se tudo correr bem, teremos um título que não apenas homenageia a cultura japonesa como também marca um novo capítulo para os grandes lançamentos no console da Nintendo. Eu, sinceramente, mal posso esperar para vestir a armadura de Yasuke e o manto de Naoe e mergulhar nessa jornada épica.
Revisão: Alessandra Ribeiro
