Que ano foi esse! Para mim, foi um ano de muitas reviravoltas — tanto na minha vida pessoal quanto em relação aos jogos que joguei. Acredito, sem exagero, que este tenha sido o ano em que mais joguei videogame. Com o lançamento do Switch 2 e minha entrada para a equipe do Nintendo Blast, joguei como nunca antes.
Também foi um ano de revisitar jogos de anos passados que receberam atualizações para o Switch 2, além de remasters de clássicos que todo mundo sempre comentou, mas que eu nunca tinha jogado. Acho que vocês já devem estar imaginando de quais jogos estou falando, mas chega de suspense e vamos para a minha lista!
Two Point Museum
Eu tenho um carinho especial por este jogo, já que foi a minha primeira análise no Nintendo Blast. Passei horas gerenciando o museu e, antes dele, nunca tinha jogado um game de gerenciamento — e a experiência foi extremamente positiva.
Sempre gostei muito de história (posso dizer que sou meio nerd nesse assunto), então a mecânica de enviar funcionários em expedições para encontrar fósseis e artefatos para expor no museu me conquistou completamente. Confesso que virei um colecionista maluco dentro do jogo. Quero muito revisitá-lo no futuro para tentar fazer 100%.
Hyrule Warriors: Age of Imprisonment
Esse jogo foi uma surpresa para mim, inclusive desde o anúncio. Seu antecessor já era muito bom e eu tinha curtido bastante no Switch. Porém, a história do primeiro não é exatamente canônica — quem jogou sabe do que estou falando.
Neste novo título, a história é totalmente canônica e nos leva diretamente à Guerra do Aprisionamento, mostrada nas memórias de Tears of the Kingdom, agora com muito mais detalhes sobre o que realmente aconteceu naquele período.
O jogo segue o estilo musou, um gênero que não me incomoda. Porém, preciso pontuar algo: há uma quantidade absurda de missões secundárias. Quanto mais você faz, mais aparecem, e parece que nunca acabam. Eu queria fazer 100%, mas isso acabou me desanimando. Dito isso, as cutscenes são puro cinema. A cena final é de arrepiar. Sério, apenas joguem.
Assassin’s Creed Shadows
Outro jogo que me surpreendeu por estar rodando bem no Switch 2. Eu já estava de olho neste título desde o anúncio, principalmente por gostar muito da cultura japonesa, e ainda tive o prazer de recebê-lo para análise.
Claro que o jogo tem seus defeitos de performance no Switch 2, mas nada que chegue a prejudicar a experiência. Pelo contrário, ele acaba mostrando bem o poder do pequeno gigante.
A jogabilidade é muito divertida, e a exploração é um dos pontos fortes. O mundo é enorme, vivo e sempre há algum lugar onde você pode entrar sorrateiramente para encontrar itens que ajudam na campanha. Invadir castelos é uma das partes mais legais do jogo, mas não só isso: usar o Yasuke como um verdadeiro “tank”, partindo para cima dos inimigos sem medo, também é extremamente satisfatório.
Super Mario Galaxy + Super Mario Galaxy 2
Esse é um daqueles clássicos que todo mundo sempre diz que é obrigatório jogar, especialmente se você é fã de Mario. E confesso: essa foi a minha primeira vez jogando Super Mario Galaxy.
E dá para entender facilmente por que ele é tão aclamado. As fases são visualmente lindas, a jogabilidade é simples e muito gostosa de jogar, e a mecânica de pular de planeta em planeta, com a gravidade te puxando de formas diferentes, é genial. Até os minigames, que te incentivam a buscar todas as estrelas, acabam se tornando viciantes. Ainda não consegui terminar o jogo, mas com certeza vou finalizar antes do lançamento do filme.
Mario Kart World
O jogo de lançamento do Switch 2 e o primeiro Mario Kart em mundo aberto. Esse foi um dos jogos que mais joguei neste ano, principalmente com o meu cunhado. Passamos horas jogando online no modo eliminatória, sempre com muita diversão e boas risadas.
O mundo aberto também é muito legal de explorar, especialmente para encontrar os painéis espalhados pelo mapa — inclusive, já consegui completar todos. Agora só me faltam os interruptores “P” e os medalhões da Peach.
Outro ponto positivo é como a Nintendo vem tratando o jogo. A empresa ouviu as reclamações dos fãs e está trazendo várias atualizações que melhoram a experiência. Acredito que, com o tempo, Mario Kart World vai se tornar um jogo ainda melhor do que era no lançamento.
Donkey Kong Bananza
Um dos pontos altos deste ano! Donkey Kong Bananza foi um jogo lindo de se jogar. A história é simples, mas cativante, e a Pauline como personagem de suporte foi algo muito legal de se ver — algo que, acredito eu, ninguém esperava.
O foco do jogo é basicamente realizar o sonho dela de se tornar cantora e é muito bacana acompanhar essa evolução ao longo da campanha. No começo, Pauline demonstra vergonha de cantar, mas, conforme a história avança, ela ganha confiança e, no final, já não pensa duas vezes antes de soltar a voz.
A jogabilidade também é um grande destaque: quebrar tudo pelo caminho para conseguir cada vez mais ouro e mais cristais de banandium é extremamente satisfatório e viciante. O pós-jogo é enorme, oferecendo bastante conteúdo para quem quer continuar explorando, e a trilha sonora é simplesmente fantástica. A música de encerramento, inclusive, fiquei ouvindo por um bom tempo depois de terminar o jogo.
O novo visual do Donkey Kong, mais cartunesco, no estilo do filme do Mario, combinou muito bem com o personagem. Agora é só ficar na expectativa pelo próximo jogo do nosso amado Gorilão!
Pokémon Legends: Z-A
Depois de três anos sem um jogo novo e já cansado de jogar Scarlet & Violet, esse jogo foi um verdadeiro respiro. E digo respiro no sentido literal: eu já não aguentava mais ficar tanto tempo sem um Pokémon novo. Nesse final de ano, foquei praticamente só nele — estou tão viciado que já estou quase fazendo 100% do jogo.
Pokémon Legends: Z-A trouxe uma mecânica que muitos fãs aprovaram: as batalhas em tempo real. Eu, particularmente, achei uma adição muito boa para a franquia. As batalhas por turno não são ruins, mas desse jeito tudo fica muito mais dinâmico e divertido.
Claro que a franquia Pokémon nunca fica longe de polêmicas, e aqui não foi diferente. A DLC foi anunciada antes mesmo do jogo ser lançado, o que não agradou muita gente — e eu confesso que também não gostei muito dessa decisão, apesar de a DLC em si ser bem divertida.
Mesmo assim, Pokémon tem aquele “molho” difícil de explicar. O jogo é divertido. Não é perfeito, tem sim suas falhas, ainda mais vindo de uma empresa grande como a Game Freak, mas para quem ficou três anos sem um jogo novo da franquia, Pokémon Legends: Z-A conseguiu, pelo menos para mim, acabar com a abstinência.
The Legend of Zelda: Breath of the Wild & Tears of the Kingdom
Esses dois jogos, apesar de já serem mais antigos, foram alguns dos que mais joguei este ano também. E acho que todo mundo já sabe o porquê, né? Para mim, são praticamente os melhores jogos que já joguei na vida — até agora. Com a atualização para o Switch 2, não tivemos apenas melhorias gráficas e de desempenho, mas também a adição do português do Brasil. Foi ótimo revisitar esses dois jogos totalmente localizados!
A exploração desse mundo aberto é simplesmente viva. Em qualquer lugar que você vá, sempre há algo novo para encontrar: uma montanha para escalar, um baú escondido para abrir, um novo inimigo para enfrentar. Breath of the Wild já tinha sido uma experiência incrível na primeira vez que joguei, trazendo uma sensação que nenhum outro jogo de mundo aberto conseguiu me proporcionar até hoje. Esses dois títulos me deixaram “mal acostumado” nesse aspecto, a ponto de eu sempre acabar comparando outros jogos com eles.
Quando Tears of the Kingdom foi anunciado, achei que não teria como o jogo ficar melhor. Mesmo extremamente animado com a continuação, acabei me surpreendendo mais uma vez com a Nintendo, que conseguiu deixar tudo ainda maior e mais refinado. São jogos que todo fã da franquia precisa jogar — e até mesmo quem não é fã pode acabar se tornando um.
Com a atualização do Switch 2, também foi lançado um novo aplicativo que ajuda a completar 100% do jogo. Ainda não consegui finalizar tudo, mas com toda certeza pretendo fazer isso.
A história e a trilha sonora nem se fala: são lindas. As cutscenes são emocionantes e, quando você termina ambos os jogos, fica aquela sensação agridoce de tristeza e satisfação ao mesmo tempo. Esses são jogos que entram facilmente na minha lista de, se algum dia eu perder a memória, é só me colocar para jogar de novo e me deixar ser feliz.
Um ano para comemorar — e outro ainda mais promissor
E esse foi o meu ano! Acredito que tenha sido um ano excelente para a Nintendo e, mais ainda, para nós, fãs da Big N. E, sinceramente, tudo indica que o próximo ano pode ser ainda melhor.
A última Direct já deixou isso bem claro, mostrando vários títulos interessantes que chegam no ano que vem: Final Fantasy VII, Mario Tennis Fever, o DLC de Super Mario Bros. Wonder, um novo Fire Emblem, Pokémon Pokopia — além das comemorações de 30 anos da franquia —, Resident Evil Requiem, Elden Ring e muitos outros jogos que ainda vão desembarcar no Switch.
O resultado disso tudo? Um backlog que chora e uma carteira que sofre, porque vai ser praticamente impossível acompanhar todos esses lançamentos.
Revisão: Beatriz Castro
