O ano de 2025 foi intenso para os amantes de videogames, em especial para os fãs da Nintendo — e não tinha como ser diferente. A longa expectativa pelo lançamento do Nintendo Switch 2, assim como de títulos aguardados há muitos anos, finalmente culminou em lançamentos catárticos. A grande quantidade de jogos originais, remakes e indies de peso também ajudou a rechear o ano com jornadas memoráveis e muita emoção.
Esta lista de jogos favoritos de 2025 é exatamente sobre isso: em um ano repleto de experiências únicas, algumas conseguiram se destacar ainda mais dentro da plataforma que tanto amo.
Xenoblade Chronicles X
A criação da Monolith Soft foi um dos jogos aos quais mais dediquei tempo neste ano. A imensa quantidade de possibilidades de personalização de equipamentos e habilidades dos personagens, aliada às mecânicas de combate divertidas, conquistou-me rapidamente. No entanto, o que realmente me prendeu ao título foi algo pelo qual a desenvolvedora se tornou conhecida por executar com excelência: um mundo aberto gigantesco e vívido.
O mundo de Mira é imenso e riquíssimo, repleto de ruínas e biomas variados, habitados por criaturas únicas, de diferentes escalas de tamanho e níveis. Isso torna a jornada ainda mais emocionante, já que, independentemente do seu nível, o desafio é praticamente constante. A riqueza de Mira despertou minha curiosidade e meu desejo de explorar — e foi exatamente isso que fiz, sem olhar para trás.
Quando percebi a quantidade de tempo que já havia investido no jogo, seja em missões de afinidade, conexões com NPCs, personagens jogáveis ou simplesmente explorando Mira, mesmo após já tê-lo finalizado uma vez, ficou claro: este era um dos meus jogos favoritos do Switch. A Monolith Soft, por sua vez, tornou-se instantaneamente uma das minhas desenvolvedoras do coração.
Pokémon Legends: Z-A
A primeira vez que vi Pokémon Legends: Z-A, não posso dizer que fiquei imediatamente empolgado. Confesso que meu saudosismo e minha preferência pelas tradicionais batalhas Pokémon por turno falaram mais alto no início. Ainda assim, decidi deixar esses sentimentos um pouco de lado e retornar à cidade de Lumiose mais uma vez — e que decisão acertada foi essa. O que encontrei ali foi uma experiência surpreendentemente divertida e envolvente.
O jogo tem um foco claro no combate, e essa ênfase é valorizada por uma gameplay inédita dentro da série principal. O sistema de batalhas mais dinâmico não apenas funciona bem, como também dá novo brilho às mega evoluções, que se mostram ainda mais impactantes nesse contexto. Além disso, fui rapidamente capturado pela estratégia de dividir certas atividades de acordo com períodos específicos do dia. Essa escolha de design contorna com inteligência o espaço limitado em que o jogo se passa, criando a sensação de uma cidade viva, repleta de eventos, desafios e possibilidades, apesar de sua escala mais contida.
O retorno das mega evoluções, aliado à presença de personagens conhecidos e linhas narrativas diretamente conectadas à sexta geração da franquia, me conquistou de vez. Para mim, esses elementos funcionam quase como um fechamento de ciclo — algo que parecia ter ficado em aberto nos jogos anteriores. Por fim, o destaque finalmente dado ao Zygarde foi especialmente satisfatório, trazendo o reconhecimento narrativo que o Pokémon merecia.
Super Mario Galaxy + Super Mario Galaxy 2
Nunca fui o maior fã de jogos com controle de movimento e tive pouquíssimo contato com o Wii em sua época. Por isso, acabei não jogando Super Mario Galaxy em seu console original — algo que sempre senti como uma lacuna, já que sempre amei os jogos 3D do bigodudo. Quando os títulos foram anunciados, decidi que não deixaria a oportunidade escapar, e foi uma das decisões (e compras por impulso) mais acertadas do ano.
Finalmente pude entender, na prática, o motivo de esses jogos serem tão aclamados. Entre todos os seus pontos positivos — a beleza gráfica, as músicas incríveis e a inesquecível Rosalina — o maior destaque vai para a jogabilidade. Trata-se de um dos Super Mario mais gostosos e divertidos de se jogar; sua jogabilidade é simplesmente inacreditável e me fez lamentar não ter experimentado os originais antes (algo que, até então, eu encarava com tranquilidade).
Se alguém me perguntasse hoje qual jogo de plataforma 3D do Mario eu recomendaria, sem sombra de dúvidas seriam Super Mario Galaxy e Super Mario Galaxy 2 — e isso já diz tudo.
Metroid Prime 4: Beyond
Metroid é, sem exagero, uma das minhas franquias do coração. Não consigo descrever completamente a sensação de jogar Metroid Prime pela primeira vez: explorar aquele mundo em primeira pessoa foi algo chocante e marcou definitivamente a presença de Samus na minha imaginação. A partir dali, passei a acompanhar a série Prime de perto.
Acredito que minha reação ao primeiro anúncio de Metroid Prime 4 tenha sido a mesma da maioria dos fãs: uma explosão de empolgação, seguida por anos de expectativa, frustração e silêncio. Até que, quase como aconteceu com o anúncio surpresa de Metroid Dread, Beyond finalmente ganhou forma, informações concretas e, por fim, chegou às nossas mãos — e valeu a pena.
Beyond é um dos jogos mais bonitos do Switch original e, certamente, até agora, um dos destaques visuais do Switch 2. A jogabilidade está entre as mais fluidas da série Prime, e a musicalidade atmosférica que sempre acompanhou as aventuras de Samus segue presente e impactante. Não é um jogo perfeito, é verdade, mas entrega com competência a experiência esperada de um título da série Prime.
Hollow Knight: Silksong
2025 também foi um ano de grandes “surpresas”. Assim como aconteceu com Metroid Prime 4: Beyond, o tão aguardado Silksong finalmente foi lançado — e valeu completamente a espera. A jornada de Hornet por Fiarlongo é maravilhosamente bem construída e, arrisco dizer, um dos jogos mais bem-feitos do ano.
Hollow Knight sempre foi um bom jogo — divertido e desafiador —, mas havia diversos aspectos que não me agradavam plenamente. Em Silksong, fica evidente que a Team Cherry é agora uma equipe mais experiente e segura de sua visão criativa. Praticamente tudo evoluiu: do design das fases às músicas.
O sistema de emblemas, que altera movimentos, controla habilidades e define equipamentos utilizados por Hornet, é um dos elementos mais divertidos do jogo. Ele permite experimentar inúmeras combinações e aumenta consideravelmente o desejo de continuar jogando e explorando novas possibilidades.
O mundo de Fiarlongo é rico e vibrante, com biomas bem definidos, cheios de cores, detalhes e vida, um contraste marcante com o tom mais homogêneo que permeia quase todo Hollow Nest. Enquanto o Hollow Knight original brilhava principalmente nas batalhas contra chefes, Silksong se destaca em praticamente todos os aspectos.
Com todas essas melhorias em relação ao seu antecessor, Silksong não apenas foi mais jogado por mim, como também se tornou o título single-player ao qual mais dediquei tempo em 2025, tanto em sequência quanto em número total de horas.
Um ano rico em jogos
Olhando para trás, fica claro que 2025 foi um ano extraordinário para os videogames, especialmente para quem acompanha de perto o universo da Nintendo. Foram lançamentos de altíssima qualidade, experiências marcantes e jogos que não apenas atenderam às expectativas, mas muitas vezes as superaram. Cada título citado aqui representa, à sua maneira, aquilo que tanto amo em jogos e que marcaram o meu ano.
Revisão: Beatriz Castro





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