Ah, nada como conhecer uma vila portuária, ensolarada e repleta de caminhos escondidos a serem explorados... É o que se esperaria de uma viagem de férias para visitar uma cidade comum, mas Rogueport está longe disso. Em Paper Mario: The Thousand-Year Door e seu remake para Switch, Mario conheceu o local em circunstâncias complexas e percebeu rapidamente que turistas não eram tão bem-vindos assim por ali. Hoje conheceremos mais sobre a cidade que conecta todas as localidades principais na aventura do bigodudo para coletar as sete Crystal Stars.
Uma cidade de malandros, ladrões e pobreza
Mario chega a Rogueport logo no início de sua aventura em Thousand-Year Door: enquanto visitava a cidade longe dos cuidados de seu fiel mordomo Toadsworth, a princesa Peach compra um misterioso mapa que prometia um tesouro lendário a quem o seguisse. Sem pensar duas vezes, ela envia o mapa para a residência dos irmãos italianos. Mario parte de barco rumo a Rogueport para encontrar a princesa, mas, ao chegar lá, descobre que ela está desaparecida.
Os primeiros minutos do bigodudo na cidade já são tensos — Lord Crump, um dos líderes dos misteriosos alienígenas X-Nauts, está importunando a esperta Goombella para obter informações sobre as Crystal Stars. Mario acaba entrando no meio da briga, e assim começamos a entender a dinâmica da cidade: a falta de hospitalidade, a atuação de gangues rivais e diversos segredos milenares são a essência de Rogueport.
O local é habitado por moradores diversos: Toads, Bob-bombas, Goombas, Piantas, Lakitus, Boos e Bandits são alguns rostos conhecidos encontrados na cidade; mas há também os menos conhecidos (e exclusivos da série Paper Mario) Doogans, Craws, Little Mousers e Ratooeys. A maior parte dos habitantes de Rogueport não é muito simpática ao conversar com o encanador — inclusive, somos roubados por um Bandit pouco depois de chegar à cidade. Essa atmosfera é completamente diferente do que observamos na pacífica Toad Town, hub principal do título anterior, Paper Mario (N64).
Porém, isso é um grande reflexo da forma como o local foi sendo construído e populado: por séculos, Rogueport sofreu as consequências de um desastre que destruiu o local, que antes prosperava e crescia. Ao longo dos anos, uma nova cidade foi erguida por uma população pobre sobre as ruínas da antiga civilização. Nas ruínas, agora localizadas no subterrâneo do local, se encontra a lendária Thousand-Year Door, grande portão milenar que só pode ser aberto com o uso das sete Crystal Stars.
Muito a se fazer e muitos locais a explorar
Rogueport é composta de diversas grandes áreas, e todas cumprem algum propósito na conexão da cidade com os locais principais da aventura visitados por Mario e seus amigos. Ao longo da aventura, vamos ganhando acesso a cada vez mais locais escondidos e caminhos diferentes.
O porto de Rogueport é o primeiro local visitado pelo encanador: a área é habitada principalmente por marinheiros Bob-ombas e Toads, e navios como o S.S. Flavion e o Black Skull atracam no porto entre suas viagens. Ambas as embarcações têm papel essencial para que Mario possa chegar à ilha de Keelhaul Key em buca da Crystal Star do local.
A praça principal é a área central da cidade. Nela, há uma sinistra plataforma com uma forca (supostamente utilizada nas sentenças de morte dos criminosos do local), além de duas lojas principais: o Toad Bros. Bazaar, mercado comandado por dois irmãos Toads, e a Lovely Howz of Badges, loja especializada na venda dos Badges equipados por Mario. A casa da cozinheira Zess T. também fica na área central.
Ainda na praça principal, encontramos o bar do idoso Podley (frequentado por marinheiros e figuras suspeitas), que abriga um albergue no andar de cima — onde o preocupado Toadsworth fica hospedado durante os eventos da aventura. Assim como em boa parte das áreas da cidade, Mario consegue acessar o telhado de vários dos prédios de Rogueport, encontrando itens e personagens escondidos.
Ao sairmos da praça principal pela direita, encontramos o lado leste da cidade. Aqui, há diversos pontos de interesse: a casa do prestativo Professor Frankly (que auxilia Mario em sua busca pelas Crystal Stars), do mago Merlon e até mesmo do marinheiro Bob-omba Admiral Bobbery. O Trouble Center, local onde podemos cumprir missões opcionais em troca de recompensas, também se encontra nessa área; e, por fim, uma das casas abriga a gangue Robbo Thieves, liderada pelo caracol Ishnail — grande rival de Don Pianta, mafioso que lidera a gangue que domina o lado oeste da cidade.
E falando no oeste de Rogueport, só conseguimos acessar a área após comprarmos novas lentes de contato para a estressada Zess T.; como recompensa, ela passa a cozinhar diversas receitas em troca dos itens certos. A área oeste da cidade, talvez por conta do domínio de Don Pianta, é muito mais limpa e organizada do que o restante de rogueport: há uma fonte e uma pequena praça florida.
No local, encontramos a loja Westside Goods, que serve de fachada para o covil do temido mafioso Don Pianta, líder do Pianta Syndicate. Logo ao lado, temos o Pianta Parlor, um cassino comandado pela gangue e repleto de minigames e máquinas caça-níqueis. O lado oeste também conta com alguns prédios residenciais e, ao norte, temos a entrada para a estação de trem de Rogueport (onde podemos embarcar no Excess Express rumo à cidade de Poshley Heights ou no dirigível que aterrissa em Glitzville).
Logo abaixo, uma outra cidade
Além das regiões principais da cidade, há ainda o imenso subterrâneo de Rogueport: suas diversas áreas (repletas de esgoto) dão acesso a locais como Petalburg, Boggly Woods, Twilight Town e Fahr Outpost — e todos são essenciais para a jornada de Mario por contarem com Crystal Stars escondidas ou protegidas por seus habitantes.
O subterrâneo também é onde se localiza a temida masmorra de cem andares, conhecida como Pit of 100 Trials. E, claro, o ponto de interesse mais importante do local é a Thousand-Year Door, onde a localização da próxima Crystal Star é revelada ao final de cada capítulo da história. O subterrâneo da de Rogueport conta com três andares, cada um repleto de áreas menores com itens e inimigos escondidos.
Também encontramos, em meio às ruínas da antiga Rogueport, a loja de itens Deepdown Depot, o bar Herb T.’s Place e a casa da vidente Merluvlee (onde Mario pode receber dicas sobre a localização de Shine Sprites e Star Pieces). O simpático Dazzle também é encontrado no subterrâneo, vendendo Badges diversos em troca de Star Pieces.
Por fim, ao longo da aventura, o subterrâneo passa a contar com canos especiais que funcionam como atalhos para cada um dos locais principais visitados por Mario no título. Na versão de GameCube, os canos são distribuídos em duas salas que só podem ser acessadas ao destruirmos grandes blocos com versões aprimoradas do martelo usado pelo bigodudo. Já no Switch, as salas foram substituídas por uma única e maior câmara, onde os canos são desbloqueados a cada capítulo completado.
Uma cidade essencial, marcada pelo passado
Apesar de pouco acolhedora, repleta de pichações e decorada por lixo, Rogueport é o local mais importante da aventura de Mario em Paper Mario: The Thousand-Year Door. É a partir da cidade que temos acesso a todos os locais visitados na aventura e, principalmente, à Thousand-Year Door — grande foco da trama e dos eventos finais do título. Mario também recebe ajuda de incontáveis habitantes da cidade (inclusive de criminosos e figuras inicialmente suspeitas como Don Pianta e o marinheiro Flavio, que, ao final, mostram ter um bom coração).
Isso tudo mostra que, apesar de seu passado turbulento, Rogueport merece a chance de crescer e prosperar novamente e, quem sabe, isso se tornou possível após Mario e seus amigos derrotarem as forças malignas que ameaçavam destruir a cidade mais uma vez.
Revisão: Beatriz Castro






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