Blast from the Past

Blast from the Past: Banjo-Tooie (N64)

Se com Banjo-Kazooie a Rare mostrou que era uma das produtoras que mais sabia utilizar o hardware do Nintendo 64, foi com Banjo-Tooie ... (por Gustavo Assumpção em 01/01/2011, via Nintendo Blast)

Banjo TooieSe com Banjo-Kazooie a Rare mostrou que era uma das produtoras que mais sabia utilizar o hardware do Nintendo 64, foi com Banjo-Tooie que foi possível perceber o apogeu dessa habilidade. Nenhum outro game da produtora é tão grande, complexo e belo quanto esse (talvez Conker’s Bad Fur Day quase chegue lá). E é essa incrível aventura que vamos relembrar no Blast from the Past de hoje:

Banjo-tooieO retorno de Gruntilda

Como continuação direta do primeiro game, a história de Banjo-Tooie (uma brincadeira entre a palavra two e Kazooie) começa exatamente onde o primeiro game termina. Na trama, alguns anos após o enterro da grande vilã Gruntilda no final do primeiro game, Mingella e Blobbelda, duas personagens ausentes em Banjo-Kazooie, conseguem ressuscitar a grande Gruntilda, que começa a espalhar o horror por todas as partes.

Com uma trama que parece retirada de um livro de histórias infantil, o game se desenrola de uma maneira extremamente prazerosa. Como em todo bom game de plataforma, o enredo só existe para ser pano de fundo para que o jogador explore cada uma das fases.

E, em Banjo-Tooie, esse acaba sendo o principal trunfo do game. Cada uma das nove fases foi construída com grande riqueza de detalhes e volume de segredos. Além de grandiosas, as temáticas escolhidas foram extremamente bem sucedidas. Abaixo você confere um resumo de cada uma delas:

270px-Mayahem_TempleMayahem Temple – A primeira e consequentemente mais simples fase de todo o jogo. Sua ambientação foi inspirada (obviamente) em um templo maia cheio de segredos. É logo nesse começo que o jogador aprende três novos movimentos (Egg Aim, Breegull Blaster e Grip Grab) e tem a possibilidade de treinar a perspicácia essencial para encontrar todos os itens perdidos.

 

270px-GlitterGulchMineGlitter Gulch Mine – A segunda das fases de Tooie se passa dentro de uma mina subterrânea –e mais uma vez guarda uma quantidade imensa de itens escondidos. Engraçado é que essa fase originalmente estaria presente no primeiro Banjo-Kazooie, mas foi excluída por não ter ficado pronta a tempo. É considerada uma fase fácil, apesar de exigir que o jogador fique atento aos objetos interativos que podem passar desapercebidos.

270px-Witchyworld_entryWitchyworld – Uma das melhores fases do game, Witchyworld é um parque de diversões dos mais complexos. O lugar, que é propriedade de Gruntilda, foi fechado pelas autoridades devido ao risco que representava. É dividido em quatro partes grandes: Space Zone, Haunted Zone, Wild West Zone e Area 51. Ou seja, teoricamente são quatro fases com ambientações diferentes dentro de um mesmo lugar.

270px-Jolly_Rogers_Lagoon_entryJolly Roger's Lagoon Jolly Roger’s Lagoon é uma espécie de cidade submersa cheia de mecanismos interativos – parecendo ser claramente inspirada no mito de Atlântida. O local é de propriedade do bonachão Jolly Roger’s, que chegou a fazer ponta em outros games da Rare como Banjo Pilot e o mais recente da game da série, Banjo-Kazooie: Nuts & Bolts. É um local onde vários itens importantes para a aventura podem ser adquiridos.

270px-Terrydactyland_entryTerrydactyland – Uma das melhores ambientações do título, esse é um mundo que possui uma temática meio pré-histórica, com a presença de dinossauros e homens da caverna. O engraçado é observar que aqui os dinossauros são tão evoluídos que até falam (!). Possui algumas das melhores batalhas contra chefes de todo o game. Ah, Terrydactyland ainda guarda um dos minigames mais viciantes, o clássico Inside Chompa's Belly Shootout.

270px-Grunty_Industries_entryGrunty Industries – O sexto mundo de Banjo-Tooie é a fábrica de Gruntilda, local onde a malévola produz tudo o que há de mau no jogo. É a fase que mais exige do jogador, já que contém longos 6 andares cheios de desafios e puzzles complexos. É considerado por muitos jogadores como o mais difícil de todos os mundos, tamanha é a grandiosidade das locações presentes aqui.

 

270px-Hailfire_Peaks_entryHailfire Peaks - Este é o mundo responsável por interligar dois ambientes diferentes do game – o fogo demoníaco e o gelo congelante. Talvez seja a fase mais sem graça do game, já que não possui uma ambientação tão definida quanto as demais. Mesmo assim, o desafio é alto, com o jogador sendo constantemente bombardeado por bolas de fogo/gelo vindas do alto. Um segredo está relacionado a isso…

270px-Cloud_Cuckooland_entryCloud Cuckooland – Outra grande fase de Banjo-Tooie, Cloud Cuckooland é uma enorme ilha flutuante sobre as nuvens, recheada de segredos. Para chegar até lá, é necessário utilizar uma bolha d'água (!). Vale ficar atento para a trilha sonora, que aqui é uma espécie de mistura entre a trilha do Banjo-Kazooie original com músicas novas presentes em Tooie. O resultado é uma fase bem nostálgica, principalmente para os fãs da série.

270px-CauldronKeepCauldron Keep - A última fase do jogo é mais curta, coesa e simples do que o jogador está acostumado. Essa é a única localidade onde não há Jiggies e nem itens para serem coletados – e você vai comemorar isso. É aqui que Banjo e Kazooie enfrentam Klungo e Gruntilda e suas irmãs em um quiz demoníaco. Após vencer, é hora da batalha final para salvar o mundo da maldade da bruxa afetada.

Ainda mais grandioso

536px-BanjoKazooieTooie4Se o primeiro Banjo-Kazooie conseguiu ser um dos mais longos e complexos games de plataforma feitos até então, Tooie superou o predecessor em todos os níveis. A base da jogabilidade continua basicamente a mesma: ainda é preciso coletar itens para abrir novas fases e chegar até a porcentagem perfeita. Só que aqui ainda é possível aprender vários novos movimentos especiais. Em cada uma das fases, ao menos um novo golpe/ ataque é aprendido.

Outra novidade interessante é que a jornada é muito menos solitária. É possível perceber a presença de mais de meia dúzia de personagens novos, responsáveis por momentos chave da trama. Além das irmãs de Gruntilda (Blobbelda e Mingella), ainda temos Humba-Wumba (a índia que cumpre o papel que era de Mumbo Jumbo no primeiro game); Jamjars (a nova marmota responsável por ensinar os movimentos novos aos jogadores); Rei Jingaling (o comandante dos Jinjos); Mestre Jiggywiggy (o líder dos pedaços de quebra-cabeça (?)) e Honey B (que concede energia extra aos nossos heróis.

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Aliás, uma das maiores novidades aqui é que Mumbo Jumbo se tornou um personagem controlável em alguns momentos decisivos. É interessante observar que o design mais aberto e focado na variedade deixou o game muito menos repetitivo que o seu antecessor. São quarenta movimentos diferentes, várias novas transformações, a possibilidade de se controlar Banjo e Kazooie separadamente – isso sem contar que há momentos em que o game se torna um autentico FPS.

Para aqueles que gostam de multiplayer, ainda existia um modo de disputa com tela dividida para até quatro jogadores. Infelizmente, esse modalidade é bem simples e não era um atrativo assim tão grande.

Um universo vivo

Se existe algo em Banjo-Tooie que está acima de qualquer suspeita, isso é a trilha e os efeitos sonoros. Nenhum outro game do gênero conseguiu oferecer canções tão condizentes com o universo de jogo, melodias tão ricas e bem compostas. Some isso ao som hilário utilizado para emular a voz dos personagens e você terá uma trilha memorável do início ao fim.

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Visualmente, esse é um dos mais belos games do Nintendo 64. Efeitos de luz e sombra, texturas e animações mostram que a Rare foi mesmo o time externo que mais conseguiu usufruir dos recursos do N64 – mesmo que aqui eles tenham utilizado o famoso expansion pack de 4MB (que já havia sido obrigatório em Donkey Kong 64).

O grande defeito de Banjo-Tooie acaba sendo o framerate. Com uma quantidade tão grande de detalhes, parece que a utilização do hardware foi um pouco além do que o console suportava. São constantes as quedas de framerate, principalmente em momentos chave como lutas contra chefes. É o grande problema do game, sem dúvidas.

No mais, Banjo-Tooie consegue – graças ao seu carisma – se tornar um dos melhores games do Nintendo 64. É gigantesco, desafiador e complexo na medida. Mesmo os probleminhas existentes não conseguem esconder o brilho dessa aventura. Dá saudade só lembrar…


Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


  1. Ahh, eu fui rever vídeos das fases e fiquei morrendo de saudade! :( Queria jogar de novo, mal lembro das coisas >_> Mas pela minha memória eu acho o Kazooie mais legal que o Tooie! Haheuaheuahe xD

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  2. Eu acho Banjo-Tooie mais melhor do que Banjo-Kazooie, tem mais coisas, itens, sapatos, ovos, mira em 1º pessoa...
    Estou jogando Banjo-Tooie ainda não zerei(estou em Grunty Industries), estou jogando no emulador(droga de emulador, o jogo fica travando toda hora) mal posso esperar meu Wii/3DS, ai vai ser o fim de jogar no computador HAHAHAHAHAHA(voz da Gruntilda,quando dá Game Over).
    Pena que a Rare não está mais na Nintendo, mas foi legal jogar BK e BT, são ótimos jogos. >,A,\/,>,A,\/ (Song of Time).

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  3. manja a série crash bandicoot? É muito boa, mas é pura copiação de banjo-kazooie e banjo-tooie :)
    -
    Bons tempos :DD

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  4. Cara... Já tirei meu N64 do armário, encontrei as 2 fitas do Banjo (Kazooie e Tooie) e a partir de amanhã vou jogar a saga com meu filho de 4 anos pra matar as saudades... Sensacional artigo, parabéns !

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  5. Gustavo, só não concordo com quando você diz que o multiplayer tem pouco atrativo. Cada um dos vários mini-games do jogo vira um capítulo do multiplayer, nao me lembro de quntas horas perdi com meus amigos jogando isso.

    Outra coisa, acho que a opção de jogar contra os bosses a qualquer hora tambem deveria ser citada, no primeiro game fez falta e nesse review tambem.

    ;)

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  6. Bem lembrado Rafael!

    Mas eu ainda acho as disputas multiplayer fraquinhas, fraquinhas...

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  7. Devo concordar,esse jogo da um trabalho danado,irei rejogar quando puder..Modo batalhar contra os bosses,Multiplayer,acho que esse jogo foi bem pensado,as quedas de framerate são algo que eu não dava a minima,só queria e quero continuar jogando!

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  8. Esse jogo era foda, eu achava muito dificil passar pelas missoes, daih um desses dias fui jogar ele pra 360 e vi que ta tao impossivel quanto antes e desisti de jogar.

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  9. O que mais marcava nos jogos do Banjo era as vozes dos personagens. Uma mais engraçada que a outra. kkk'

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  10. Ahh, lembro que eu tinha 5 aninhos, quando papai chegou com aquela pequena caixinha de papelão, toda colorida, e dentro o cartucho lindo...
    Joguei por horas e horas sem piscar ^^
    Esse jogo é com certeza um dos melhores que existem, apesar de ter um enredo bem infantil, é mto envolvente
    Francamente, a versão do 360 nem chega aos pés desse clássico xD

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  11. desde que a Rare foi pra M$ aprontou terriveis,tirando que o remake do Conker ficou muito bom,realmente,Banjo,decaiu e afundou no mar!

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  12. "Eu acho Banjo-Tooie MAIS MELHOR do que Banjo-Kazooie", sem comentários Super Mario Bros. HUAHSUHAUDGSAUD.

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  13. Já jogaram o "Banjo" do XBOX 360 ?
    Tem gráficos super legais ,porém
    é muuuito chato !Digo pq tenho esse
    jogo des de que comprei o XBOX e nunca
    mais joguei,a RARE só se dava bem com
    a Nintendo mesmo !!!

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  14. Eu ainda tenho o meu 64 velho, e a fita do BT, mas ela vive travando, mal consigo começar um jogo, mas me lembro de bons tempos, eu corria da escola, largava as coisas em algum lugar e já ligava o 64, adorava correr só de Kazooie, com o cheat de velocidade(o Banjo é lento demais...) era frenético, com um run-jump-spin-double jump, eu conseguia até pegar o Jiggie de Jolly Roger's Lagoon que precisava do Glide, ou ainda massacrar todos com Grenade Eggs(que não tinham no BK, o que era chato...), ou até cantar o Eekum Bokum com o Mumbo, bons momentos... Banjo Tooie, Super Mario 64 e o Majora's Mask são uns dos games que eu não consigo esquecer do 64

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  15. Eu tenho o N64 e o cartucho do Banjo-Tooie, era meu jogo preferido xD

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  16. depois do DK64, ese é o meu game preferido. ja zerei 6 vezes 100% e acho que o q masi chama a atença eh a trilha e efeitos sonoros. cada fase tem uma musica, que eh dividida em sub-musicas, que possuem o mesmo tempo e ritmo da principal, de acordo aonde vc esta. da até medo quando voce chega nos calaboussos da gliter gulch mine,com aquela musiquiinha do mau.

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  17. @Vicentebaiaribe: Crash Bandicoot cópia de Banjo-Kazooie? Como ele é uma cópia se ele foi lançado antes? Pesquise mais antes de falar besteira ¬¬

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