O 3DS já está entre nós... rumores começam a surgir sobre quando finalmente serão divulgadas notícias sobre o sucessor do Wii, ainda mais com o presidente da Nintendo, Satoru Iwata, dizendo que não será tão cedo assim. Com uma nova e revolucionária geração de console portAntes de começar a ler, entenda que não ordenei a lista pelas “melhores” nem as “piores” lembranças, mas sim pelas mais nostálgicas. No decorrer do texto, citarei vários relatos pessoais, mas com as quais estou certo de que muitos de vocês, principalmente gamers de longa data, se identificarão.átil sobre nós e as expectativas por mais novidades, nossa atenção está voltada para o futuro. Mas pode ser que todas estas novas tecnologias também nos façam pensar no passado... em pequenas (ou não tão pequenas) coisas que foram sofrendo alterações ou até mesmo sendo deixadas com o passar do tempo e a evolução dos videogames. Com isto em mente, fiz uma viagem pelas minhas lembranças desde um pequeno gamer, reunindo as dez memórias mais nostálgicas.
10. Multiplayer? Chama a galera!
Então veio a conexão com a internet e esculhambou com tudo. Não me entendam mal, eu acho que o fato de games poderem se conectar à internet é fantástico, não só porque podemos nos conectar com outras pessoas, mas também por podermos fazer downloads de jogos e outros conteúdos. Mas todos sabemos que não é o mesmo dar risada da cara de alguém quando ganhamos a partida do que quando o fazemos a distância... mesmo usando headsets e coisas do tipo. Simplesmente não é a mesma coisa. E tem mais. Quando jogamos com os amigos, sempre tem aquele jogo que você sabe que você é o melhor e dificilmente alguém ganhará de você e você dá até uma risada esnobe quando alguém sugere colocar tal jogo. Mas no mundo online a coisa não é bem assim... você pode até achar que é muito bom em um determinado jogo, mas você em seguida descobre algum indivíduo de terras estranhas e desconhecidas que te rebaixa ao nível de um garotinho de três anos que nunca encostou em um joystick na vida. A mesma coisa com os high-scores: estando limitado a apenas você e seu círculo de amigos, você consegue lutar por aquele primeiro lugar, gerando até umas disputas bem acirradas e divertidas. Mas não se atreva a entrar no ranking online! Depois de passar horas e horas suando a camisa para chegar a uma pontuação que você considera perfeita, você a compartilha com o resto do mundo... apenas para descobrir que há só 243458 pessoas que já fizeram mais pontos que você. E então você joga o controle pela janela, furioso por ter desperdiçado tanto tempo e nunca mais põe aquele jogo. A não ser quando vem aquele seu amigo de quem você tem certeza que irá ganhar.
Enfim... o mundo online tornou-se, sim, algo essencial para os games. Mas não dá para negar que de vez em quando bate uma saudade de uma competição mais simples e cara-a-cara. Ainda bem que a Nintendo sempre valorizou muito a socialização entre pessoas e nunca deixou de disponibilizar excelentes oportunidades para isto, muitas vezes colocando o fator online em um segundo plano.
9. Cuidado com o fio!
Felizmente agora já não precisamos nos preocupar com isso. Mesmo assim, ainda existem engraçadinhos que, mesmo usando controles sem fio, teimam em gritar “cuidado com o fio!” quando alguém está passando, com a intenção de fazer graça. Ha-há, isso foi engraçado nas duas primeiras vezes. Agora chega.
E havia também a clássica cena de quando os fios dos controles se enroscavam uns nos outros, impossibilitando saber qual era o do primeiro jogador. Agora só falta inventarem uma forma para que todas as conexões do console (com a TV, fonte de energia, etc.) sejam também sem fio, assim podemos nos livrar daquele emaranhado monstruoso e empoeirado atrás da TV.
8. Cima, Baixo, Start, Esquerda, A, B, Direita...
Mais uma vez, não é algo que foi completamente extinto... mas que certamente sofreu com o passar do tempo. Ah sim, e não posso deixar de fazer uma menção honrosa ao famoso código da Konami... todo mundo junto agora: cima, cima, baixo, baixo, esquerda, direita, esquerda, direita, B, A, Start!
7. Assopra que funciona!
Mas uma coisa que esta lembrança nos faz recordar também é uma época em que os consoles eram menos “frescos”. Podíamos enfiar os cartuchos violentamente, tirá-los sem usar o botão eject, e até derrubar o console (talvez graças a um daqueles desastrados que citei acima) que dificilmente o aparelho estragava. Hoje, entretanto, os consoles parecem ser muito mais sensíveis, principalmente com leitores de discos que são doidos para sujarem e estragarem.
6. Rá! Meu videogame tem mais bits que o seu!
Hoje, o poder dos videogames é medido por várias outras características, como velocidade do processador principal e do processador gráfico, memória interna, resolução da imagem e outras coisas. Eu nem faço idéia quantos são os números de bits de um Wii, de um PlayStation 3 ou de um XBox 360, se é que ainda existe isso. E... pra falar a verdade... eu nunca soube o que realmente significavam os tais “bits”. Pra mim, sempre foi um tipo de substância mágica que tornava o console mais poderoso. Talvez alguém possa me iluminar no verdadeiro significado do “número de bits”? Ou talvez seja uma pergunta para a pedra sábia.
5. Game Over. De verdade.
4. Isto é uma letra “o” ou é um zero?
E acontecia então que, depois de um grande esforço para passar de uma parte particularmente difícil, o precioso password aparecia na tela, tal qual oásis em um deserto. Percebíamos então que não tínhamos papel e caneta à mão e corríamos em disparada em busca dos tão importantes materiais. Não que houvesse pouco tempo para anotar a senha, mas o desespero de perder algo tão valioso gritava mais alto. Nem preciso falar sobre o trabalho para encontrar uma caneta ou lápis, pois todos sabemos sobre os misteriosos gremlins que escondem esses objetos quando mais os precisamos. Até que finalmente conseguíamos o que precisávamos (provavelmente um guardanapo usado e um lápis com a ponta gasta e quase quebrando) e anotávamos os benditos caracteres. Mas, ironicamente, assim que desligávamos o videogame, a nossa preocupação com o password parecia sumir quase que completamente, pois largávamos o papel por aí mesmo. Afinal, o que é que podia acontecer com ele? Voltávamos mais tarde, então, para continuar jogando e o papel não estava mais lá.
- Mãããããããe!! Você viu um papel que estava aqui?!?!?
- Que papel, filho?
- Ah... tinha umas letras escritas.
- Se não está aí, deve ter ido pro lixo!
De volta para o começo do jogo.
Ah, mas não era sempre que perdíamos o papel. Nããão... muitas vezes, lá estava ele, com aquela valiosa combinação de letras, números e símbolos. Colocávamos, então, a senha. Estava incorreta. Eis que surgia outro clássico problema: entender o que estava escrito. Será que aquilo era uma letra “o” ou um zero? Era uma letra “l” ou o número um? E coisas do tipo. Então tínhamos que tentar inúmeras combinações, substituindo estes caracteres, até acertar. Muitas vezes a culpa era, realmente, de nossas escritas garranchadas. Em outras, entretanto, a própria fonte usada para a senha do jogo era extremamente confusa.
É... o uso de passwords imensos não é algo que vai nos fazer falta.
3. Será que este jogo é bom?
Dificilmente nos arriscávamos muito ao comprar um jogo, mas aconteceu muito comigo de alugar um aparentemente interessante e ficar extremamente decepcionado... mas não citarei nomes – cooof cof Mario is Missing cooof. E lembram-se da caixa do jogo Phalanx, para SNES? Pra quem não se lembra, ou não conhece, é essa imagem que está ali em cima. Um velho caipira barbudo tocando o banjo. Isso te dá alguma idéia de como era o jogo? Ora, era um shooter espacial, é claro! O que mais poderia ser?!?
Pegar um jogo na sorte, sem saber se era bom ou não, não deixará saudades... bom, talvez apenas aquela sensação de agradável surpresa ao se deparar com um bom jogo quando não dávamos nada para ele.
2. Cadê o meu save?!?
Uma verdadeira revolução no mundo dos games, não é mesmo? Mas, como nem tudo é perfeito, um novo problema veio acompanhada desta incrível invenção. Tudo bem, se o jogo era seu, não havia muito com o que se preocupar. No máximo você tinha que ter cuidado para um irmão ou amigo descuidado apagar “acidentalmente” o seu save. O verdadeiro pesadelo estava nos jogos alugados. Muitos de nós já nos encontramos na situação de alugar o mesmo jogo repetidas vezes para poder terminá-lo. E, se por acaso este jogo usava memória interna do cartucho, isso significava ficar com o coração na mão toda vez que íamos para alugar o jogo novamente. Será que o save ainda estaria lá??? Afinal, quantas pessoas poderiam ter alugado o jogo desde a última vez que ele esteve com você? E estas pessoas poderiam muito bem ter apagado todo o seu precioso progresso. Ah! Mas havia uma técnica para se prevenir contra este terrível destino! Bom, talvez não prevenir, mas pelo menos diminuir as chances disso acontecer. A técnica consistia em, quando o jogo disponibilizava vários espaços para salvar diferentes jogos e aquela bela opção “copiar”, simplesmente selecionar o seu save e copiá-lo em todos os espaços disponíveis! Dessa forma, mesmo que alguém usasse um dos espaços, você ainda teria uns saves na reserva. A não ser, é claro, que essa bendita outra pessoa tivesse a mesma brilhante idéia e usasse também todos os espaços disponíveis.
Moral da história: sejamos extremamente gratos pelos cartões de memória e memória interna do console.
1. O poder da revista de games em suas mãos
Uma das lembranças mais fortes que tenho sobre isso é relacionada ao Super Mario 64. Eu já havia encontrado 119 estrelas, faltando apenas uma para completar o jogo. Eu imaginava que a estrela restante estivesse escondida em algum lugar do castelo da princesa, pois já tinha as oito estrelas de todas as fases, mas já havia revirado o lugar de canto a canto sem encontrar nada. Pra piorar as coisas, eu tinha o jogo em japonês, então qualquer pista que pudesse haver no próprio jogo não me servia de nada, pois não entendia sequer uma palavra que estava escrita. Assim eu fiquei por muito tempo, buscando, buscando, sem encontrar a estrela e sem nenhum guia para me dar a resposta. Até que um belo dia eu entrei em uma banca de revistas e lá estava ele: o guia completo para o jogo, com as grandes palavras estampadas na capa: “Encontre todas as estrelas do jogo”! Virei as páginas rapidamente ali na banca mesmo e não demorou para encontrar a resposta que tanto buscava (para quem ficou curioso, a estrela que faltava era aquela de terminar o escorregador da princesa em menos de 21 segundos). A recompensa dada pelo jogo por encontrar as 120 estrelas não foi lá grande coisa (sério? 100 vidas, agora que não preciso mais delas?... só valeu a pena mesmo pra ver o Yoshi e ver as estrelinhas no pulo triplo), mas nem preciso dizer como foi grande a satisfação de finalmente atingir aquele objetivo.
Muitos se lembrarão, por exemplo, dos guias completos da série Gamers Book. Guias desse tipo são algo difícil de ser ver nos dias de hoje... o que é justificável, já que, pela internet, temos acesso a muito mais conteúdo, muito mais rapidamente. Quem não viveu a época de ouro das revistas impressas pode muito bem dizer que elas realmente não fazem falta, mas quem as comprava e/ou colecionava, sabe que não é assim. Pode ser que muitos dos que estão lendo isto estejam agora pensando em um guia de estratégias em particular, que o ajudou a passar de algum jogo que ficou marcado na memória, ou então alguma edição onde saiu alguma notícia especial... enfim, alguma revista que provavelmente ficou com as folhas amassadas e desbotadas de tanto folhear, mas que ficou guardada com carinho. E é por isso que as revistas de games levam o primeiro lugar neste Top 10.
Ah, mas ainda bem que existe a Nintendo Blast, para misturar a tecnologia dos dias de hoje com o formato clássico das revistas impressas!
E assim chegamos ao fim deste Top 10.
E você? Que lembranças você tem das antigas gerações de consoles?