Blast from the Past

Blast from the Past: Zelda II – The Adventure Of Link (NES)

em 16/11/2011

Com grandes sucessos vêm grandes sequências. Ok, nem sempre essas sequências são grandes o suficiente ou relevantes para o legado iniciad... (por Anônimo em 16/11/2011, via Nintendo Blast)

Com grandes sucessos vêm grandes sequências. Ok, nem sempre essas sequências são grandes o suficiente ou relevantes para o legado iniciado com o primeiro título. Mas o controverso The Legend Of Zelda II: The Adventure Of Link possui muitas qualidades para se destacar: uma dificuldade ridiculamente alta, um sistema de jogo que fugia muito de seu antecessor, mas o mais importante foi o fato de que Zelda II era um game diferente que tentou se renovar em muitos de seus aspectos, assustando muitos jogadores, mas agradando a vários outros.

 

 

 

É inegável o sucesso estrondoso da primeira aventura de Link. Foram cerca de 6.5 milhões de cópias do game vendidas ao redor do globo. Zelda II tinha, obviamente, uma enorme responsabilidade em seu caminho. O game foi lançado em janeiro de 1987 e logo chamou a atenção por conter poucas semelhanças com o título anterior. Agora havia pontos de experiência que Link acumulava para aumentar seus status, algo criado para tentar ligar a aventura a alguns RPGs de sucesso da época. Além disso, a visão aérea instalada no primeiro game se resumia apenas aos momentos onde “passeávamos” pelo mapa entre uma cidade e outra, mudando para a muito questionada visão lateral nos momentos de ação onde enfrentávamos os inimigos e explorávamos as cidades e outros locais. Eram apenas nesses momentos de side-scrolling que Link poderia ser ferido ou até mesmo morto – resultando em um óbvio game over. Durante as batalhas, o game se assemelhava muito a jogos da época, onde usávamos de pulos e ataques para derrotar os monstros. Esta jogabilidade era dura, não tinha a fluidez de games parecidos, mas isso só acrescentava mais estratégia e habilidade do jogador nesses momentos complicados.

A história se passa alguns anos após o primeiro título. Link – agora com 16 anos – nota uma marca na parte de trás de sua mão esquerda que se assemelha muito ao emblema de Hyrule. Com a ajuda de Impa, Link segue para descobrir o que isso significa, e acaba se deparando com o Castelo do Norte onde há uma porta magicamente selada. Impa coloca a mão de Link na porta a abrindo instantaneamente. Lá dentro está Zelda, adormecida, o que faz com que Link seja o herói escolhido para quebrar a maldição, restaurar os cristais mágicos a seus devidos palácios e assim acordar a princesa e salvar mais uma vez o dia.

Pode não parecer, mas a profundidade do game para a época o destacou bastante, ainda mais para quem jogou a primeira aventura. Brincar de “bela adormecida” enquanto vaga por um mundo cruel cheio de inimigos cujo único pensamento é lhe destruir, somando a sensação de solidão mesmo quando entrávamos nas cidades fazia com que Zelda II fosse difícil de ser esquecido. Além disso, a dificuldade presente no game era considerada alta mesmo para uma época na qual quase todo game era muito difícil. Após se matar para terminá-lo, o jogador podia criar um novo save onde a grande maioria dos upgrades e pontos de experiência já estariam disponíveis, mas os itens e heart pieces teriam que ser novamente adquiridos.

O mais interessante de Zelda II foi a intenção desde sua criação. Shigeru Miyamoto juntou uma equipe completamente diferente da que trabalhou no primeiro game. Sua ideia era trazer algo novo desde o começo. Deu certo. Mesmo com fãs (até hoje) reclamando da transformação brusca, The Adventure Of Link vendeu cerca de 4.38 milhões de unidades, ainda é considerado um dos games mais difíceis do NES, e um dos que muitos jogadores ainda se envergonham de não terem terminado.

Zelda II trouxe muito para a série, mas o mais importante foi ter trazido algo como um lema que foi corajosamente empregado em todos os outros games: Inovar sempre, pois a estagnação poderia ser algo devastador para a franquia. Isso me deixa muito feliz, já que após isso tivemos exemplos como Wind Waker e o novíssimo Skyward Sword.

Obrigado, Link.


Revisão: Alberto Canen


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