O Último Dia: Jogo – Parte 1
Agora sim parece um fantasma. |
As ruas de Shibuya estão paradas, as pessoas estão inertes conforme passo por elas. Todas tem um único pensamento, nenhuma delas pensa por si só. Avanço por Statue of Hachiko, local onde encontrei os meus três parceiros, e adentro West Exit Bus Terminal, onde enfrentei aquele pássaro gigante na primeira semana. Admito que essas ruas carregam um sentimento nostálgico, e parece que deixei uma parte de mim em cada combate. Não quero ver essa cidade ruindo, e vou derrubar qualquer Ceifador que tente ficar no meu caminho.
Quando chego em Station Underpass, uma surpresa: a barreira que impedia o meu avanço em direção a Shibuya River foi completamente destruída. Isso me parece trabalho de Sho Minamimoto, afinal, o Ceifador Taboo fez o mesmo em Udagawa e Cat Street, mas não imaginei que ele teria força pra derrubar uma barreira deste porte. De qualquer forma, avanço em território totalmente desconhecido.
Mesmo me xingando ele tem estilo. |
Continuando pelos esgotos de Shibuya, alcanço Rubicon, e me deparo com o rio de Shibuya... E Sho Minamimoto na frente dele. O Matemático Sinistro diz que aquele rio é uma barreira forte demais, que nem o próprio Ceifador Taboo pode derrubar, colocada pela Game Master dessa semana. Beat pragueja a moça por se esconder ali, mas Sho rebate que ela não está atrás da barreira. “Seus zetta idiotas, vocês não perceberam?! Ela esteve com vocês...”, “...O tempo todo.”, diz outra voz.
De certa forma, ela realmente não saiu do lugar nos seis dias. |
A Dama de Ferro se prepara para atacar. |
Pela primeira vez a mulher se mostra irada, e tem como alvo apenas Beat. O plano dos Jogadores é se aproveitar disso para pegar de volta o botton de Rhyme. Em seguida, inicia uma cena com Konishi tirando seus óculos, deixando suas asas saírem e sua forma Noise aflorar, mostrando a verdadeira face da Ceifadora de sangue-frio: Tigris Cantus.
O embate acontece em Scramble Crossing, enquanto Neku luta no chão perto de uma colossal cratera branca de estática, Beat encara a tigresa no céu, sendo provavelmente um dos cenários mais incríveis do jogo. Como dizia a dica na SMS, preciso jogar Taboo Noises na cratera branca, o coração do caos, e isso deixa Tigris Cantus vulnerável aos ataques de Beat. Após alguns ataques, começa a segunda parte do combate, onde Neku entra na cratera e a luta passa a ser um revezamento entre as duas telas para minar o HP da oponente.
Depois de tudo que passamos, não vai ser umas ilusões que vão me parar. |
Enfim a última Game Master cai. |
Com o botton recuperado, o ex-Ceifador chora de felicidade, prometendo que vai trazer a irmã de volta ao seu estado normal. Mitsuki Konishi, antes de ser apagada, adverte o rapaz que as memórias de Rhyme quanto a ele eram o custo de entrada DELE, e não dela. Se ela voltar a vida, vai recuperar suas memórias, mas o que será que ela perdeu? Com essa afirmação, a Ceifadora desaparece. Pouco antes de eu avançar, uma nova SMS chega: “Vejo você na câmara do Compositor”. Quem poderia ter enviado? A mesma fonte da mensagem anterior? Mr. H? Bem, tenho de avançar para descobrir.
Antes de entrar, Beat adverte que a partir deste ponto, não há retorno (uma maneira de me avisar que é minha última chance de salvar o jogo). Assim o faço e então entro sem demora, pois o Compositor me espera.
Última chance de voltar atrás? Não, obrigado. |
O Último Dia: Jogo – Parte 2
O esmagador foi esmagado. Tão zetta irônico. |
Alguns passos mais à frente, deparo-me com uma das artísticas pilhas de sucata de Sho Minamimoto. Ao me aproximar, a surpresa: embaixo da pilha, o próprio Matemático Sinistro. Seja lá o que aconteceu, alguém conseguiu massacrar o Ceifador Taboo. Estranhamente, ele não desapareceu como os outros Ceifadores derrotados... Ele está vivo ainda. Só limparam o chão com ele. Beat comemora não ter de enfrentá-lo, mas Neku o lembra que terão de encarar alguém ainda mais forte por ter feito isso com aquele que se autoproclamava com o poder que rivalizava o do Compositor.
Fones Azuis x Fones Vermelhos |
O homem afirma que todos são ex-Jogadores, já que o jogo acabou; agora são apenas um bando de crianças mortas. Irritado, Beat clama por encarar o Compositor, mas o homem nega o pedido e diz que não permitirá que seres egoístas e sujos como eles sequer fiquem na presença de uma entidade pacífica e pura como aquele por trás dos jogos. Nisso, o oponente estala os dedos e Shiki avermelha os olhos: Red Skull. Possuída, ela não tem controle sobre si e avança junto ao líder dos Ceifadores.
Um aquário de piranhas no chão. Estilo. |
O negócio complica quando o Condutor profere: “Que o tempo fique parado!”. Neste comando, a tela fica em tons de cinza (sem piadas quanto ao livro, por favor) e o adversário marca toda uma sequência de ataques para me atingir quando o tempo voltar. Para completar, ele surge à minha frente e estende o braço em minha direção antes de proferir “Submeta-se!” e transformar o braço em um dragão, arrancando uma boa parcela do meu HP – exigindo muitos bottons de cura. Felizmente, eu já passei por coisa bem pior do que isso e não vou parar agora; após uma longa batalha e combinações ferozes com os bottons de fogo e corte, o oponente cai.
“Agora eu entendo porque Ele escolheu você...” são as últimas palavras de Megumi antes dele desaparecer diante de mim. Ele? Como assim? Antes que eu possa pensar, Shiki avança num feroz ataque contra Neku – ainda controlada pelo Red Skull -, mas Beat recebe toda a carga do golpe. O garoto se aproveita da abertura e parte o botton vermelho ao meio, deixando os dois parceiros desacordados e precisando agora avançar sozinho.
Uso o Player Pin e vejo que já uma porta oculta dentro dessa sala. Mesmo sem parceiros, devo continuar; é preciso chegar ao Compositor. É preciso acabar com essa loucura de uma vez.
Ótimo lugar pra esconder uma porta. |
O Último Dia: Jogo – Parte 3
"Eu não vou mais fraquejar. Você me ensinou melhor que isso." |
No fim do corredor, a última porta. O sacrifício de todos os meus parceiros me guiaram até aqui, agora sou eu e Neku sozinhos contra o destino. Bem, a queda deles não foi em vão, é chegada a hora de resolver isso de uma vez por todas. Adentro então a “Room of Reckoning”, que reconheço como a sala branca onde sou levado ao fim dos jogos – porém agora, totalmente negra. Ao avançar, Neku esbraveja clamando pelo Compositor, por Mr. H, mas sou apenas surpreendido pelo retorno de Megumi Kitaniji, o Condutor. Neku não entende como ele pode estar vivo, e o oponente apenas ri da situação: “Cá está você, na última fase, e ainda não entende quem está jogando o que”. Como assim?
A Shibuya utópica não é Shibuya. |
Após isso, Megumi pede para Neku ajudá-lo a criar um novo mundo, e tenho a oportunidade de escolher se quero ou não; claramente, decido que não. O mundo ideal pode até ser mais fácil, mas é uma falha utopia, falsa, sem vida. Em seguida, ele pergunta se agora Neku gosta das pessoas, e posso decidir a resposta mais uma vez (digo que sim). Irritado, o Condutor imobiliza Neku; sem um parceiro, ele tem praticamente poder nenhum. Nisso, ele rouba o Player Pin do rapaz e o destrói; era isso que impedia o Red Skull de controlá-lo. Agora, o caminho está livre para tomar a mente do rapaz...
...Ou não. Neku prossegue imune ao Imprint do Condutor. Este reclama: “Eu sou um tolo. Eu deveria saber que Ele não me deixaria atacar o seu escolhido”. Ele quem?! Megumi não pausa e resolve atacar diretamente, mas é interrompido pela chegada de Beat e Shiki, que tomam a frente e protegem o parceiro. Agora tenho em mãos um pacto triplo, com dois antigos parceiros; se sozinho eu era inútil, com eles tenho poder de sobra. Megumi percebe isso e resolve que é hora de lutar a sério; em uma animação sinistra com suas asas de Ceifador surgindo, o homem desaparece e deixa um corpo vermelho e escamoso tomar as telas.
Bem que eu achei que estava fácil demais. |
Sério, olha o tamanho dessa coisa. |
Após zerar o HP da fera, a batalha recomeça e agora eu uso Beat na tela superior. Os golpes continuam exatamente os mesmos, contudo, eu preciso manter o mesmo HP da batalha anterior e com os mesmos usos do botton de cura. Admito que fiquei muito preocupado quanto a isso, mas os golpes de Beat são muito mais brutais que os de Shiki, derrubando a fera mais rápido do que com a parceira feminina. Em poucos minutos, derrubo Anguis, o Condutor.
“Não... Eu preciso continuar lutando... Meu tempo está acabando...” diz o Condutor, e então uma voz conhecida ecoa ao dizer: “Estou de volta, Megumi”. Eis que Joshua entra em cena, de alguma forma vivo. Nesse instante, o Condutor mostra sua tenacidade ao disparar uma espécie de estrela ninja em direção ao rapaz de cabelos brancos, conjurando neste uma cruz e o puxando para si, fundindo-se ao Jogador que quebrou as regras ao entrar vivo. Como resultado da fusão, eis que surge uma serpente dourada com o corpo do garoto em seu peito e duas esferas laranjas, com Shiki e Beat, em suas mãos. Capturando meus parceiros e se fundindo a um deles, Anguis Cantus assume sua forma mais majestosa: Draco Cantus.
Ferrou. |
Okay, ISSO é gigante. |
Adquirindo um poder completamente desumano, Neku atinge o ápice que um Jogador pode alcançar e conjura um ataque colossal usando da união com seus amigos e o botton de ressonância, invocando o símbolo do Player Pin e um pilar de pura energia a desintegrar o dragão. É meus amigos, após este ataque, o último inimigo foi derrubado.
Game Over. |
"Mas eu pegarei um jogador para me representar." |
Megumi não se arrepende de seus feitos, e lamenta não ter sido capaz de salvar sua cidade que tanto amou. O contador zera e o Ceifador desaparece, deixando os Jogadores sozinhos perante aquele que agora assume ser o criador do jogo, o Compositor. Ele explica que precisava de um garoto do mundo dos vivos para jogar por ele, então ele escolheu Neku. A bala que o matou não foi a de Sho? Não. Aquela bala era para Joshua, pois Sho sabia que ele era o Compositor e queria o seu posto; infelizmente, não foi páreo para o rapaz e teve de recuar. Joshua gosta da atitude do Matemático, mas ele causou problemas demais e teve de ser abatido antes do final (ou seja, foi ele quem colocou o homem embaixo da pilha de entulho). Com essas palavras, Joshua devolve todas as memórias para seu representante no jogo, iniciando uma cena.
Matrix japonês. |
O verdadeiro jogo final. |
Após as revelações, o Compositor desafia Neku a um último jogo: cada um recebe uma arma, com uma bala. Eles contam até dez. Após a contagem, deverão atirar; quem sobrar de pé vence e fica com o título de Compositor. Neku empunha a arma e então se inicia a cena do confronto final. Joshua transborda confiança e mantém a arma em riste, mas Neku transborda lágrimas. Não posso culpá-lo, foi um turbilhão de emoções, eu mesmo não engoli ainda tudo que aconteceu. Após a ira tomar seu corpo, o rapaz ergue a arma e espera pela contagem final... Mas fraqueja no último instante. Ele abaixa a arma, o disparo ocorre. Neku cai pela segunda vez perante a arma de Joshua. Ele fecha os olhos, sentindo o corpo esfriar... Abre eles uma última vez, o suficiente para fitar Joshua ao lado de Mr. H, e ambos sorrindo de forma sincera para o rapaz. Ele enfim apaga.
O que Mr. Hanekoma estava fazendo ali..? |
Calma, Neku. Acabou. |
O Último Dia: Jogo – Epílogo
Sete dias depois. A cena narrada por Neku mostra que a sua vida continuou após toda aquela confusão. A seguir, exatamente o que ele diz:Udagawa, onde tudo começou... |
Shiki: “Deixe-me te entender e saber o que está pensando!”
Joshua: “Apenas deixando estranhos entrarem em nosso mundo que aprendemos novas formas de sermos nós mesmos.”
Shiki: “Eu estou assustada, com medo de ter outra chance!”
Beat: “É bom entender de primeira pois não vou pedir de novo: por favor, me ajude. Você precisa me ajudar a salvá-la.”
Shiki: “Neku... Essa é a primeira vez que você diz o meu nome!”
Joshua: “Mas, Neku, eu acho que você não pode se dar ao luxo de perder. Desista de si mesmo e desistirá de todo o mundo.”
Beat: “Você não é só meu parceiro, cara... Você é meu amigo.”
Shiki: “Quando você ver a verdadeira eu, ainda seremos amigos?”
...E Hachiko, onde todos se encontraram. |
E as vozes de Beat e Shiki ecoam. Os créditos rolam e mostram o encerramento com uma música maravilhosa e diversas fotos mostrando um pouco do encontro de Neku com seus mais novos amigos. Devo admitir que apesar da confusão desse final, foi uma experiência maravilhosa e instrutiva. Aprendi demais com esse jogo, aprendi novas formas de ser eu mesmo, aprendi novas formas de ver o mundo. E de coração, eu espero que todos vocês que leram e participaram tenham aprendido junto comigo. Obrigado a todos vocês e até a próxima oportunidade!
Até a próxima, pessoal! |
Assim, concluo este maravilhoso Blast Log, e digo que na próxima semana, trarei uma surpresa para vocês que acompanharam fielmente esta pequena saga. Não vou revelar nada, então espero vê-los aqui! Ah, no final dos créditos, Neku deixa de lado os seus fones de ouvido que tanto o isolaram no mundo, e deixam uma pequena mensagem para todos nós: o nosso mundo termina conosco, mas não seremos nada se não tomarmos a iniciativa e buscar a felicidade. O mundo começa com você.
Não viu as partes anteriores? A seguir a lista de capítulos:
- Parte 1: Que os jogos comecem! (Dias 1 e 2 da Primeira Semana)
- Parte 2: O preço da vitória (Dias 3 e 4 da Primeira Semana)
- Parte 3: Os mortos não mentem (Dias 5 e 6 da Primeira Semana)
- Parte 4: Sem descanso aos amaldiçoados (Dia 7 da Primeira Semana)
- Parte 5: O "x" da questão (Dias 1 e 2 da Segunda Semana)
- Parte 6: Por quem os sinos tocam (Dias 3 e 4 da Segunda Semana)
- Parte 7: Confissões profanas (Dias 5 e 6 da Segunda Semana)
- Parte 8: Não tema o ceifador (Dia 7 da Segunda Semana)
- Parte 9: Contagem regressiva final (Dias 1 e 2 da Terceira Semana)
- Parte 10: Memórias mortas (Dias 3 e 4 da Terceira Semana)
- Parte 11: Medo do escuro (Dias 5 e 6 da Terceira Semana)
Revisão: Ricardo Bach