Blast from the Past

Nice Par! Mario e sua turma se unem para as emocionantes partidas de Mario Golf: Toadstool Tour (GC)

Relembre o excelente jogo da Camelot para o GameCube!


Apesar de não ter feito muito sucesso e de não ter ganhado a preferência da maioria do público gamer na sexta geração de consoles, o GameCube foi uma ode aos nintendistas. Sem muito apoio das third parties, a Nintendo fez de tudo para conseguir suprir a carência de jogos do console através de suas próprias franquias. E o resultado desse esforço foi um dos consoles mais queridos pelos fãs da empresa. De Eternal Darkness: Sanity’s Requiem a The Legend of Zelda: The Wind Waker, o sistema recebeu excelentes títulos de diversas franquias queridas da empresa. Como sempre, Mario foi um dos atores principais da geração. E entre o controverso Super Mario Sunshine e os divertidos títulos da franquia Mario Party, estava Mario Golf: Toadstool Tour, sequência do incrível Mario Golf (N64), que abusava do potencial do cubo mágico da Big N.



Parceria de sucesso

Assim como ocorreu com Mario Golf e com toda a franquia Mario Tennis, o desenvolvimento de Toadstool Tour ficou por conta da Camelot, parceira de longa data da Nintendo e uma empresa que sempre rendeu bons frutos aos jogadores. A desenvolvedora até tentou diversificar o estilo de suas produções com a franquia de RPG Golden Sun (GBA/DS), mas, apesar da excelente qualidade e da boa quantidade de fãs angariados, por ser de um gênero de nicho, este jogo acabou não emplacando tão bem como os jogos de esportes do encanador italiano, que sempre foram polidos ao extremo e sempre tiveram um maior apelo para os jogadores.

Apesar da qualidade, Golden Sun se limitou a um nicho de fãs

Festa no Reino do Cogumelo

Assim como acontece em quase todos os spin-offs da franquia do encanador, os eventos deste jogo se passam quando tudo está bem no Reino do Cogumelo. Tão bem, que os moradores da região decidem tirar o dia para realizar uma competição de golf entre eles. Com todos preparados para se divertir ao longo de partidas amistosas deste esporte, Bowser surge e decide impor a sua participação, e assim inicia-se o torneio.

Mario e sua turma decidem diversificar um pouco suas atividades
Com 16 personagens disponíveis, cada um com pontos positivos e negativos, o título contava com uma enorme variedade de modos e cenários, o que contribuía muito para que o jogador sempre retornasse ao jogo, que já tinha um fator replay quase infinito, graças ao seu eternamente divertido modo multiplayer.

Um jogo para todos

Assim como a maior parte dos jogos da Nintendo, Mario Golf: Toadstool Tour é um título que, apesar da jogabilidade simples e inclusiva, possui tanta profundidade quanto qualquer simulador respeitado de sua época, como, por exemplo, os jogos de então da franquia Tiger Woods (Multi). Cada personagem possui atributos que influenciam seu desempenho nos campos e que podem ser evoluídos no decorrer da sua carreira como jogador. Para se aperfeiçoarem cada vez mais, os jogadores podem treinar tacadas e aprender as nuances de habilidades de cada um dos personagens disponíveis, de maneira que, com o tempo, eles possam se tornar verdadeiras lendas do golf; pelo menos no Reino do Cogumelo.

Toadstool Tour pode parecer simples, mas a sua jogabilidade é muito profunda
Mas não pense que o jogo era impiedoso com quem não mergulhasse no universo das estatísticas e tacadas brilhantes. Como já dito, a jogabilidade simples do título permitia que qualquer um fosse capaz de jogá-lo sem grandes problemas. Todos se divertiam da mesma forma que qualquer jogador obstinado a conseguir tacadas perfeitas e a maximizar os atributos de seus personagens. A inteligência artificial dos adversários contribuía muito para que o jogo fluísse de forma tão boa, já que ela nunca se mostrava burra demais para que o jogador se sentisse subestimado, e nem parecia muito aguçada a ponto de frustrá-lo.

A mais difícil das competições

Por ser um jogo que se passa no universo de Mario, certamente não poderíamos esperar dar de cara com campos pouco curiosos. Até o mais simples deles, Peach Castle Grounds, que nada mais é do que um campo situado nos arredores do castelo da Peach, possui obstáculos, como Chain Chomps, para atrapalhar seu desempenho. As coisas só se tornam piores com fases cercadas de poços de lava ou até mesmo com campos em locais fechados, que limitam a força e a intensidade das tacadas.

Como sempre, Mario é o personagem mais balanceado do jogo
A disposição das fases fazia com que o jogador tivesse que rever a sua estratégia a cada partida para que saísse vitorioso nas competições, já que nem sempre os atributos que garantiram uma vitória em algum campo eram aposta certa em outros. Além dos desafios que os cenários proporcionavam, tudo se tornava ainda mais divertido com as variações, já que os jogadores nunca imaginavam quais seriam os desafios que estariam a sua espera e qual ambiente icônico da franquia seria homenageado no próximo campo.

Beleza incontestável

Se havia uma coisa no GameCube que surpreendia a qualquer um que resolvesse testá-lo, esta era a sua capacidade de gerar gráficos belíssimos para os padrões da sua época. Mario Golf: Toadstool Tour não foge à regra, e é um jogo muito bonito em todos os sentidos. Desde a linda cutscene inicial até as partidas, propriamente ditas, o visual é muito caprichado. A modelagem dos personagens segue o mesmo padrão de qualidade visto em Super Mario Sunshine e StarFox Adventures, e os cenários, mesmo que imensos, são detalhados e coloridos.

Os campos eram balíssimos e variados
A trilha sonora, que conta com remixes de canções clássicas e com algumas composições inéditas, dá o tom de descontração e festa que a Camelot tentou promover. Algo que é complementado com as divertidas, e já muito conhecidas, vozes dos personagens, que, como em todo jogo da franquia, neste título também só abrem a boca em certos momentos, como em comemorações ou provocações a outros competidores.

O golfista está voltando!

Apesar da qualidade incontestável da franquia, que já havia sido bem sucedida no Nintendo 64, a Nintendo e a Camelot deixaram a série de lado durante a sétima geração, de maneira que nem o Wii e nem o DS receberam títulos da franquia. Contudo, após o sucesso de Mario Tennis Open (3DS), a desenvolvedora decidiu retomar a série com Mario Golf: World Tour, que será lançado em maio para o portátil da Big N. Pelo que foi divulgado até agora, o jogo contará com cenários ainda mais exóticos, incluindo um debaixo d’agua, e virá com ainda mais modos do que a versão para GameCube. O terror de Tiger Woods está voltando, e mal posso esperar por isso.

Ele está voltando!


Revisão: Samuel Coelho
Capa: Daniel Silva

Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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