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Análise: Assassin’s Creed III (Switch) te coloca na pele dos assassinos Connor e Aveline mais uma vez

A máquina da Abstergo vai contigo para qualquer lugar e te faz reviver a revolução americana.



A Ubisoft trouxe Assassin’s Creed III Remastered para diversas plataformas este ano, seja para “tapar um buraco” deixado pela ausência de um novo game ou apenas para agradar aos fãs mais antigos. Entretanto, algumas dúvidas ficaram pairando no ar, como o remaster ser igual em todas as plataformas em que foi lançado. É isso que vamos ver aqui.

Assassinos em dose dupla

Assassin’s Creed III Remastered conta com dois jogos, Assassin’s Creed III e Assassin’s Creed Liberation — que foi lançado originalmente para PS Vita em 2012, e um pouco mais de um ano depois recebia sua versão em HD —, além de um pack com todos os DLCs. Também é possível baixar (gratuitamente) os idiomas em espanhol, francês e português do Brasil. Tudo isso pelo preço de US$ 39,99 dólares americanos ou US$ 49,99 dólares canadenses.


Para quem tem dificuldade com inglês, é só escolher as opções do nosso idioma

Apesar do game ter sido lançado há seis anos, não trarei spoilers de sua história, o intuito aqui é entregar uma análise mais prática e comparativa com sua versões. Talvez com essas informações a sua escolha de qual versão comprar no final fique mais fácil. Vou me ater apenas a dizer que a campanha não é tão extensa quanto os remasters de Ezio, que contava com três jogos e teve desenvolvida uma personagem mais tranquila e carismática. Assassin’s Creed III revive a revolução americana na pele de Connor, um índio americano que entra para o credo dos Assassinos para proteger o seu povo e dar um fim à guerra contra os Templários.

Connor visualizando a paisagem na zona portuária de Boston

Novidades

Quando temos um remaster — versão melhorada —, sempre ficamos com um pé atrás, já que as mudanças nem sempre são significativas como num remake — versão feita do zero para geração de consoles atuais. Ainda assim, sempre ficamos de olho nas melhorias aplicadas ao jogo, principalmente se o original teve complicações como bugs diversos, quedas na taxa de quadros, entre outros.
E essa maçã aí flutuando?!

Este remaster traz a resolução de 1080p em modo docked e 720p no modo handheld — portátil —, algumas melhorias na iluminação (pequenas demais) e uma palheta de cores mais vivas, ou pelo menos é o que a Ubisoft diz. Existem cenas dentro de instalações que são tão escuras que fiquei um tempo procurando uma porta para sair, forçando os meus olhos a se adaptarem ao ambiente, mas irei falar sobre seu visual mais tarde.
Alguém me consegue uma vela?

Nesta versão, o touchscreen funciona bem para o menu e o mapa, também podemos utilizar o HD Rumble — sensores de vibração extremamente precisos —, mas que poderia ter sido melhor empregado. Imagine puxar a flecha e sentir a pressão da corda de seu arco? Mas apenas o básico mesmo foi utilizado: quedas de alturas que lhe cause danos ou quando recebe danos diretamente de inimigos. Falando em arco e flecha, o giroscópio agora lhe ajuda na hora de mirar, assim como com as armas de fogo, pena que não é tão preciso e é bem lento. Na maioria das vezes, prefiro utilizar o direcional antes que receba dano ou que o inimigo fuja e a missão seja um fracasso.

Versão pobre

Por falar em fracasso, o visual de Assassin’s Creed III Remastered no Switch, se comparado com as suas versões para a geração atual, é de longe a pior. A iluminação deixa a desejar em certos ambientes, como mencionei anteriormente, mesmo no dock em 1080p e os 30 fps — que possui quedas durante o gameplay. A melhor experiência de jogo é no modo portátil, assim as falhas não ficam tão óbvias. Outra coisa que fica evidente é que a versão do Switch se aproxima muito mais da sua versão original lançada no Wii U, inclusive com seus vários bugs, como ficar invisível, objetos flutuando, ou NPCs que em meio às missões param e não deixam dar continuidade na campanha, fazendo assim você ter de voltar ao último save.
Sim, o rapaz está abraçando o Connor que resolveu ficar invisível
Uma pena, pois o Switch recebeu alguns ports muito bons, como Wolfenstein 2: The New Colossus, Resident Evil Revelations e Revelations 2 e mais recentemente, Resident Evil 0 e 1, que utilizam bem o HD Rumble, giroscópio e os Joy-Con — Resident Evil 0 e 1 deixam a desejar quanto aos Joy-Con por não dar suporte ao giroscópio —, além de visuais bem agradáveis e iluminação excelentes com poucas quedas de frames.

Dito isto, você deve comparar as versões e decidir o que lhe agrada mais. É certo que a campanha irá lhe oferecer algumas horas de diversão, seja lá qual versão escolher. Tendo em mente que a versão do Switch é a única que te permitirá jogar onde quiser com certa facilidade, contudo, sendo muito mais fraca se comparada com PS4, XBO e PC, mas ainda assim, acima da versão do Wii U, PS3, Xbox e PS Vita.
E você, tem fé?!

Prós:

  • Dois jogos pelo preço de um;
  • Pacote de DLCs e idioma em português.

Contras:

  • Versão muito mais fraca entre as plataformas atuais;
  • Iluminação ruim;
  • Bugs de suas versões originais;
  • Quedas nos frames.
Assassin’s Creed III Remastered — Switch/PS4/XBO/PC — Nota: 6.5
Versão utilizada para análise: Switch
Análise produzida com cópia digital cedida pela Ubisoft 

Leandro Alves é especialista em designer estratégico pós-graduado pela Unicarioca. Diretor Geral e também diretor editorial e diretor de artes das revistas GameBlast e Nintendo Blast, iniciou a sua paixão em The Legend of Zelda A Link to the past, fã da Nintendo, porém não esconde a sua satisfação pelo PlayStation e as séries Kingdom Hearts, Pokémon, Splatoon, The Last of Us, Uncharted e Naruto Storm. Está no Facebook, Twitter e Instagram.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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