Depois de 3 anos do primeiro
Dragon Quest Builders, chega ao ocidente (alguns meses depois do lançamento oriental), em 12 de julho,
Dragon Quest Builders 2, uma sequência promissora, cheia de melhorias e expansões, mas que ainda mantém a base divertidíssima do original.
O primeiro
spin-off que uniu Dragon Quest e o gênero de
Minecraft e
Terraria foi, certamente, muito bem recebido pelo público. Assim como vários outros
spin-offs da franquia, mesmo considerando seus problemas grandes (design em um nível macroscópico) e pequenos (performance, ajustes de progressão e melhorias de
quality of life), o jogo foi uma surpresa inesperada e agradável.
Felizmente, parece que em Dragon Quest Builders 2 muito disso foi revisto pelos desenvolvedores. Além de adições à fórmula, como a possibilidade de
multiplayer, continuação da história, novos personagens, itens, armas, meios de navegação (muito inspirados em Breath of the Wild) e, enfim, coisas a se fazer e construir, essa sequência considerou o
feedback de jogadores que viram algumas inconsistências nessa hibridização de gêneros.
O maior ponto de crítica foi o
reset dado ao se passar de capítulos. Realmente, o gênero Minecraftiano prevê uma progressão e acúmulo de
loot e equipamentos, o que entra em conflito direto com uma mecânica que tira todos os itens do jogador assim que ele entra em uma nova área / passa de capítulo. Agora, no segundo título da série, tudo se passará em um único mapa gigantesco, com várias ilhas, sem esses precipícios de transição.
Outras mudanças menores, mas também importantes, incluem: remoção da durabilidade de armas e ferramentas; mais utilidades para os NPCs; possibilidade de explorar ambientes aquáticos; maior diversificação na progressão do personagem; mais funcionalidades no modo de construção, etc.
Porém, algumas mudanças podem não agradar tanto alguns jogadores. Considerando que alguns NPCs poderão ajudar o jogador em batalhas, principalmente o seu fiel companheiro, Malroth, o poder bruto do jogador é diminuído para balancear o combate, o que pode causar frustração e tédio, visto que não há uma complexidade gigante nesse sistema. O que, por conta dessa mudança, indica que dificilmente o jogador poderá passar por cima de inimigos com facilidade, mesmo se ele estiver muito bem equipado.
Além disso, como há uma maior concentração de NPCs nas áreas, em alguns momentos haverá um foco muito maior em completar missões deles do que simplesmente construir coisas legais. Isso talvez seja uma marca inerente a esse híbrido e certamente será avaliado de maneiras diferentes por cada jogador.
Sobre a história, assim como o primeiro Dragon Quest Builders se baseou totalmente na de
Dragon Quest, a sequência se baseia na de
Dragon Quest II. É interessante a releitura desses enredos canônicos, mas há alguns
spoilers inevitáveis para aqueles que já jogaram o jogo da franquia original. Além disso, parece que as ferramentas narrativas continuarão as mesmas do primeiro título, de forma linear e leve, com alguns enredos menores opcionais.
Dragon Quest Builders 2 será lançado oficialmente no ocidente em 12 de julho, para o Nintendo Switch e PS4.