Meus jogos favoritos de 2019 — Farley Santos

Os redatores do Nintendo Blast falam sobre os títulos que mais curtiram entre os lançamentos deste ano.


Mesmo eu sendo majoritariamente um jogador multiplataforma, usei bastante meu Switch em 2019. Além do console ter sido o centro das atenções nos meus encontros com amigos com seus jogos multiplayer, experimentei alguns títulos do passado, como Octopath Traveler e Xenoblade Chronicles 2. Fora isso, joguei vários lançamentos interessantes, entre indies e alguns títulos grandes, e até mesmo o 3DS teve espaço. Sendo assim, separei alguns títulos, sem ordem definida, que foram destaque para mim em 2019 nos consoles Nintendo, confira:

Fight'n Rage

Gosto bastante do gênero beat ‘em up, principalmente por ter passado horas jogando clássicos como Final Fight. Figth’n Rage é um título que moderniza conceitos do gênero com um sistema de combate flexível que permite montar combos impressionantes, o que deixa as partidas bem divertidas. Dominar os sistemas é importante, pois a dificuldade é brutal — parte da graça é justamente entender as possibilidades de cada personagem. Além disso, ele conta com muito conteúdo, variados modos (com direito a multiplayer) e uma atmosfera retrô charmosa.


SteamWorld Quest: Hand of Gilgamech

A série SteamWorld é conhecida pela simpática aventura de escavação SteamWorld Dig, e a desenvolvedora constantemente experimenta novos gêneros. SteamWorld Quest: Hand of Gilgamech é um RPG tradicional combinado com montagem de baralhos: cada carta realiza ações diferentes durante os combates. Gostei bastante das várias possibilidades e sinergias disponíveis durante os embates, sendo que há muito espaço para experimentação. Como é de praxe da franquia, a ambientação se destaca com belíssimo visual 2D e texto bem humorado.


Blazing Chrome

O mundo foi dominado por máquinas e a única esperança da humanidade é um grupo de resistência com um plano ousado. Essa é a premissa de Blazing Chrome, jogo de tiro e ação 2D produzido pelo estúdio brasileiro Joymasher. A experiência é fortemente inspirada em Contra e apresenta tiroteios intensos por fases repletas de perigos. Minha característica favorita do jogo é a grande variedade de situações, como uma perseguição acelerada dirigindo uma moto, um trecho repleto de explosões a bordo de uma armadura ou uma fuga usando um jetpack por túneis. O visual pixel art 16 bits e o multiplayer local me levaram para a década de 1990 — não deixe de aproveitar com os amigos.


Tetris 99

De todos os gêneros que poderiam receber uma versão battle royale, Tetris é o que eu menos esperava. Mas, no fim das contas, achei ótimo o resultado em Tetris 99. Me diverti demais nas partidas com 99 jogadores, e a grande quantidade de participantes exige colocar em prática algumas estratégias distintas. Para mim, o melhor momento é ficar entre os dez melhores: eles são repletos de tensão empolgante, e é muito legal sair vitorioso desses embates intensos. Também apreciei que o jogo recebeu mais conteúdo com o passar do tempo, principalmente skins temáticas, o que me fez voltar nele constantemente. No fim, Tetris 99 é um ótimo exemplo de como modernizar um clássico.


Slay the Spire

Gosto bastante do gênero roguelike por causa da presença constante de elementos procedurais e dificuldade acentuada. Slay the Spire utiliza esses conceitos em um RPG de cartas viciante. No jogo, controlamos um herói que escala uma torre perigosa e enfrenta monstros em um combate baseado em cartas. Pelo caminho, fortalecemos o protagonista ao modificar seu baralho, e as possibilidades são vastas — é necessário estratégia e improvisação para criar uma boa seleção de cartas. Há muito o que ver na forma de inúmeros eventos, muitos desbloqueáveis e heróis com mecânicas distintas. Jogo Slay the Spire constantemente e sempre me empolgo e me surpreendo nas minhas jornadas.


Cadence of Hyrule

Cadence of Hyrule: Crypt of the NecroDancer feat. The Legend of Zelda é um crossover que me pegou de surpresa. O jogo combina mecânicas de Crypt of the NecroDancer e a exploração de Zelda para criar algo único. No título, controlamos Cadence, Zelda e Link em uma aventura de exploração regida pela música, em uma experiência que mistura ação, ritmo e puzzle. A ideia do crossover é estranha, mas me cativou ao pegar as melhores características das duas séries e combiná-las em algo conciso — é muito divertido explorar uma Hyrule repleta de segredos no compasso da música. Destaque especial para o belíssimo visual em pixel art e para a trilha sonora repleta de ótimos remixes de Zelda.


The Legend of Zelda: Link's Awakening

The Legend of Zelda: Link’s Awakening foi um dos títulos que mais joguei no Game Boy quando era mais jovem, e me aventurar no remake no Switch foi praticamente uma experiência nova, pois não me lembrava de praticamente mais nada do original. Gostei bastante da modernização desse Zelda, principalmente as várias alterações na interface e comandos, o visual incrível que lembra uma maquete e a trilha sonora retrabalhada (o tema de Tal Tal Heights ficou muito bom). E o conceito principal de Link’s Awakening com seu mundo compacto e personagens peculiares continua ótimo.


Sayonara Wild Hearts

Sayonara Wild Hearts é um “álbum pop jogável” que oferece uma experiência sem igual. Na pele de uma motoqueira mascarada, precisamos enfrentar manifestações malignas dos arcanos do Tarô enquanto coletamos os pedaços do coração partido da protagonista. O título mescla corrida, ação e ritmo em situações que parecem saídas de um extravagante clipe musical — o visual e áudio são sincronizados para trazer maior impacto em uma aventura com duração de álbum pop. Uma trilha sonora viciante repleta de electropop, muita cor, uma atmosfera estilosa, cenas impressionantes e câmera ousada são alguns dos motivos que me fizeram voltar constantemente a Sayonara Wild Hearts.

Persona Q2: New Cinema Labyrinth

Como fã de Etrian Odyssey e Persona, eu estava muito ansioso por Persona Q2: New Cinema Labyrinth, e não me decepcionei. O RPG dungeon crawler reúne os heróis dos jogos mais recentes da franquia em uma aventura densa e muito divertida. Os calabouços ficaram um pouco mais simples em relação ao título anterior, mas várias mudanças tornam a exploração mais ágil. Já o sistema de batalha foi expandido, apresentando mais possibilidades e estratégias, sem deixar de apresentar o alto desafio. Por fim, gostei bastante de ver tantos personagens distintos interagindo entre si em cenas divertidas e bem escritas. Este é provavelmente o último título notável lançado no 3DS e encerra de ótima maneira a vida do portátil.


Astral Chain


Um sistema de combate único e frenético foi o que mais apreciei em Astral Chain. No novo jogo de ação da Platinum Games, policiais usam criaturas acorrentadas para enfrentar ameaças de outra dimensão em um futuro pós-apocalíptico. É muito divertido coordenar os ataques entre os dois personagens em combos impressionantes e variados. Fora isso, o título conta com grande variedade de situações (como missões de investigação) e mundo intrincado com temática anime futurista.



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E vocês, jogaram alguns desses títulos? Me recomendam algum outro jogo? Não deixe de compartilhar nos comentários.

Revisão: André Carvalho

é brasiliense e gosta de explorar games indie e títulos obscuros. Fã de Yoko Shimomura, Yuzo Koshiro e Masashi Hamauzu, é apreciador de roguelikes, game music, fotografia e livros. Pode ser encontrado no seu blog pessoal e nas redes sociais por meio do nick FaruSantos.
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