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Análise: Borderlands Legendary Collection (Switch) é um pacote completo

Port traz os três primeiros jogos da série para o Switch em um pacote sólido que faz valer os mais de dez anos de espera.


Já é repetitivo, mas eu não canso de dizer que o Switch merece o título de “O Console dos Ports”. São poucos os jogos já lançados para outros consoles - sejam eles da Nintendo ou não - que não passaram pelo radar de publicação para o console híbrido.


A ilustre presença da vez é a série Borderlands, que está ganhando uma edição especial que reúne seus três primeiros lançamentos em um pacote só. Os jogos são todos FPSs carregados de ação e uma extensa história para lá de bem humorada. Antes mesmo de nos aprofundarmos já devo dizer: esse é um port bem executado!

Para essa análise vamos falar um pouco de cada jogo, o que cada um deles traz para o conjunto e, por fim, comentar sobre o pacote como um todo. A análise será livre de spoilers, então não se preocupe em lê-la por completo.

O que são as Borderlands?

Antes de tudo vamos contextualizar os jogos: caso você não esteja familiarizado com a série, Borderlands se passa em um futuro em que a humanidade já está com tecnologias avançadas o suficiente para colonizar e explorar outros planetas.

A Atlas Corporation, uma das várias megaempresas que financiam essas colônias de exploração encontrou um Vault (traduzido como Arca, nos jogos) carregado de armas e tecnologia alienígenas que garantiram à empresa grande vantagem para avançar nas explorações e deixar os competidores comendo poeira.



Acontece que o planeta Pandora (nome bem significativo, não?) apresentou vestígios da mesma tecnologia alienígena. Então rapidamente Pandora foi tomada pela Dahl Corporation, outra mega-empresa focada em conseguir lucro com o Vault. Mas como as buscas não tiveram frutos, logo a colônia foi abandonada pela corporação e os colonos mais ricos, deixando apenas os mais pobres no planeta.

Como a companhia não se responsabilizou mais pelo planeta, o lugar se tornou uma terra devastada comandada por gangues, animais selvagens perigosos e várias construções de ferro velho e sucata. Mesmo com essa expedição não dando certo, o Vault se manteve como uma lenda, que atraiu os ‘Vault Hunters’, mercenários que buscam encontrar os Vaults para se apossarem das armas alienígenas.

Borderlands: The Game of the Year Edition

E o contexto acima é a base para adentrarmos no primeiro jogo da série. Tudo o que eu disse acima nos é apresentado assim que apertamos o botão A de nosso controle, quando descobrimos que iremos assumir a função de um dos Vault Hunters do jogo. 

Temos quatro personagens-base para escolhermos, sendo que cada um opera uma função no jogo enquanto grupo. Eles não somente têm uma arma de especialidade, mas também possuem habilidades especiais que ajudam em diversos momentos da jogatina, são eles:

  • Brick the Berserker, um personagem estilo tanque de guerra, leva bastante dano e ataca à curta distância. Sua habilidade é entrar em um modo de fúria que lhe garante um aumento no dano em seus ataques com armas brancas e um aumento momentâneo da barra de vida. Se dá melhor com armas explosivas;
  • Lilith the Siren, possui poderes alienígenas e é capaz de se tornar invisível. Nesses momentos, ela é capaz de se mover rapidamente, mas não inflige dano. Lilith também solta uma onda que causa dano nos inimigos ao entrar e sair do seu modo invisível. As armas mais aconselháveis para ela são armas elementais e pistolas-metralhadoras;
  • Mordecai the Hunter: capaz de lançar seu bichinho de estimação, Bloodwing, uma inteligência artifical que ataca os inimigos ao redor do jogador, sem precisar de nenhum comando adicional. Suas habilidades combinam mais com snipers e pistolas;
  • Roland the Soldier: sua jogabilidade é melhor acompanhada de rifles e espingardas. A habilidade especial dele é uma arma que atira automaticamente, o que dá cobertura para o jogador se esconder e se recuperar.
As habilidades são atualizadas através de três árvores de upgrade, que vão expandindo a eficácia dos poderes do jogador, não ficando focadas somente ao ataque especial, mas também aos danos causados com as armas comuns.



As classes não se diferenciam tanto de um jogo para outro, apenas mudam de nome e, como temos personagens diferentes, eles ganham habilidades diferentes. Contudo, eles ainda seguem com quatro personagens iniciais, cada um com uma especificidade para uso de armas específicas e uma função dentro do time. Esse formato lembra bastante os FPSs estilo Battle Royale.

Depois de quebrar a cabeça tentando escolher quem você irá controlar, a história começa. O jogador é apresentado ao melhor personagem de toda a série: Claptrap, um robozinho engraçado e extremamente carismático que irá te guiar para a cidade, que mais parece uma vila, chamada Fyrestone.

A partir daqui é quando começa a caça pelo Vault. O jogador irá realizando as missões dos habitantes daquele planeta e, aos poucos, encontrando mais vestígios de como chegar até às armas alienígenas.

Ao passo que realizamos as missões, vamos ganhando mais experiência e tunando o nosso personagem. A parte boa de Borderlands é que você pode montá-lo como quiser, escolhendo quais armas combinam mais com seu estilo de jogo, enquanto foca em quais poderes vai dar prioridade durante a jogatina.

O que não falta no jogo são baús e caixas com armas, as cores sobre elas apontam a sua raridade.
Mesmo com as quatro opções de personagem, o jogo não faz distinção entre eles durante o desenvolvimento da história, pois ela foi idealizada como se os quatro estivessem protagonizando-a ao mesmo tempo. Então, se você começou uma campanha e não curtiu um personagem e/ou gostaria de testar outra classe, pode criar outro no menu inicial.

Mesmo com essa flexibilidade, não é possível prosseguir na história alternando os personagens. Ou seja, se você trocar um personagem, não é possível continuar de um ponto que o outro estava. Pode parecer chato, mas evita que o jogador se valha de uma vantagem que algum deles possa apresentar para uma missão específica.

“Então, por que eu teria mais de um personagem, se não há história diferente?” você se perguntaria. É porque podemos jogar partidas soltas competitivas e/ou a história no modo multiplayer, com até 4 jogadores ao mesmo tempo, seja local ou online. Ainda não pude realizar nenhuma jogatina dessa forma, mas ela certamente deve transformar o jogo em algo infinitamente mais divertido, não somente pela bagunça que viraria, mas também pela facilidade na realização de algumas missões.

Essa imagem mostra o multiplayer em ação, com quatro jogadores simultâneos
Por se tratar do primeiro jogo da série, há muitas mecânicas com espaço para serem exploradas — o que de fato acontece nos jogos subsequentes —, mas ainda é um título sólido que não apresenta falhas significativas. 

Borderlands 2


Na segunda entrada de Borderlands eu percebi que a série tem uma pegada bem Nintendo de guiar os seus jogos: a famosa fórmula da receita de bolo. Começamos com um jogo que dá muito certo e a cada nova edição dele, é mantém-se o que funciona, acrescentando tudo o que pode torná-lo ainda melhor.

Os eventos dessa sequência se passam alguns anos depois dos ocorridos no primeiro game. Agora, Pandora é comandada por Handsome Jack (Jack Bonitão, na localização), dono da Hyperion, mais uma megacorporação que assume o controle do planeta.

Como há rumores de outros Vaults espalhados por Pandora, novos Hunters viajam até lá em busca de encontrá-los. Acontece que Jack explode o trem com eles dentro e os deixa para morrer em uma tundra. Eles são resgatados pela última unidade operante do Claptrap, que os guia até a cidade Sanctuary, onde eles poderão encontrar ajuda para derrubar o vilão e sua exploradora empresa.



A ambientação inicial da sequência deixa os desertos devastados e agora vai as geleiras devastadas. Esse novo território apresentou também novidades: agora temos novas formas de personalizar os nossos personagens. Não se limitando a acessórios pequenos e cores da roupa, agora podemos mudar o visual completo deles.

Também houve mudanças no gameplay. Além das árvores de upgrade para as habilidades especiais, o jogador também tem a possibilidade de atualizar o Badass Rank, que consiste na aprimoração dos stats, podendo aumentar a eficácia do seu escudo, armamento, ataques com armas brancas, velocidade, etc. Anteriormente, essa característica era fixa quando se subia de nível, agora o jogador se pode focar em aprimorar o que achar necessário para sua estratégia de jogo.

Acima uma das árvores de upgrade de habilidade especial.
Os poderes elementais foram aprofundados. Além das armas possuírem efeitos de fogo, eletricidade e corrosivo, os inimigos que possuírem essas características sofrerão menos dano caso o ataque seja de seu respectivo poder elemental. Para tornar tudo ainda mais divertido, há elementos de cenário interativos, como plantas que emitem eletricidade se alguém tocar ou atirar nelas ou ainda botijões ou tanques cheios que causam efeitos similares às armas elementares. Essas adições trouxeram ainda mais surpresas à jogatina, pois não somente os inimigos podem variar, mas também é preciso ficar atento se os ataques deles não podem te causar um dano forte dados os elementos do cenário.

Outro ponto legal é a criação de uma moeda alternativa para a compra de expansões de armamento. No primeiro jogo, já podíamos comprá-la com a moeda padrão do jogo, mas ela é deveras escassa e também tem uso para outras coisas como arsenal e medicamento.

Ao todo, podemos escolher quatro Hunters nessa sequência:
  • Axton, the Commando: pode invocar uma arma que atira automaticamente, servindo como suporte. Análogo ao Roland, do primeiro jogo;
  • Maya, the Siren: é capaz de parar os inimigos com uma bolha de energia que os imobiliza por alguns segundos. Ela se assemelha à Lilith;
  • Salvador, the Gunzerker: consegue segurar duas armas ao mesmo tempo por um tempo limitado e infringir duas vezes mais dano. É o Brick desse jogo;
  • Zer0, the Assassin: invoca um holograma de si para confundir os inimigos, além de poder andar invisível e causar danos sem ser visto. Ele se parece com o Mordecai.
Como foi dito anteriormente, os Hunters principais se parecem com os do título anterior, mas com algumas mudanças aqui e ali. A novidade, contudo, é que não há somente eles para jogar dessa vez, também temos dois personagens por DLC no painel, na versão que chegou ao Switch, ambos já estão disponíveis logo de cara.
  • Gaige, the Mecromancer: uma mecânica com capacidade de trazer o seu robô Deathtrap para o campo de batalha, que causa dano adicional e tirar o foco dos inimigos do jogador;
  • Kreig, the Psycho: é a oportunidade dos jogadores encarnarem o personagem da capa do jogo. A habilidade dele o possibilita a atacar somente com seu machado, assim como os inimigos da classe Psycho. Nesse estado, seus ataques ficam mais fortes e, sempre que um inimigo é morto, seus pontos de vida se regeneram completamente.
Como uma continuação, Borderlands 2 cumpre o seu dever., Ele traz novidades a um título que se estabeleceu com o que já tinha apresentado, e trouxeram novas camadas à jogabilidade, mas sem sacrificar nenhum elemento original. É realmente aquela sensação de estar jogando o mesmo jogo, mas ainda como se apenas tivesse passado para uma nova etapa da história, mesmo para quem acabou de jogar o primeiro. Isso é algo ruim? De forma nenhuma, o jogo é ótimo e segue os passos de um título tão bom quanto.

Borderlands: The Pre-Sequel!


Devo admitir que esse é o título que mais me volta à cabeça enquanto redigia essa análise. Não somente por ter sido o último que joguei e, por isso, ele está mais fresco em minha mente, mas também porque a equipe de desenvolvimento lapidou esse título de uma forma que ele se destaca dentre os três.

Trata-se do prelúdio de Borderlands 2, que conta como Jack se tornou o vilão do segundo título da série. Nele voltamos às memórias de Athena, uma das protagonistas, que narra como foi a sua jornada em Elpis, a lua de Pandora, quando outros Vault Hunters iam para a estação Helios, mas foram emboscados pela coronel Zarpedon e seu grupo, o Lost Legion (Legião Perdida). A vilã assume o poder de Elpis e agora cabe aos Hunters derrubarem-na e assumirem controle sobre a lua novamente.

É aqui que a Pre-Sequel começa a se destacar dos outros jogos da série: como Elpis não é um planeta terraformado como Pandora, nós temos que jogar em baixa-gravidade, como se caminhássemos na lua da Terra. Isso traz novas características à jogatina. Por exemplo, pular e caminhar na lua traz aquela sensação de leveza.Também foi legal que a equipe de desenvolvimento “embalou os itens a vácuo”, e quando abrimos os tubos, os objetos saem voando. Em contrapartida, as construções fechadas imitam a gravidade normal do jogo, o que não é nada inovador, mas é um cuidado bacana.



Outra coisa bacana é a nossa demanda por oxigênio. Afinal, a lua não possui atmosfera, então precisamos estocar o ar que nos é tão precioso. Primeiro nós precisamos conseguir um capacete que nos garante respirar fora das casas cobertas nas crateras da lua. Esses lugares, cheios de gás, aparecem como manchas mais escuras no mapa no intuito de ajudar o jogador. Quando acaba o gás do capacete e não encontramos uma fonte de oxigênio, a tela vai escurecendo até morrermos.

Além disso, temos as adições de novos inimigos habitantes da lua e armas à laser e com poderes elementais de gelo, o que aumenta ainda mais o lore do jogo. De resto, as mecânicas seguem as mesmas: atirar e roubar todos os itens que ir encontrando no caminho.

Nessa iteração, outros quatro Vault Hunters assumiram o protagonismo do jogo:

  • Athena, the Gladiator: é uma personagem Soldado. Sua habilidade faz com que ela se proteja utilizando seu escudo. Se usarmos essa habilidade uma segunda vez, o escudo é arremessado contra os inimigos, causando dano;
  • Wilhelm, the Enforcer: o grandalhão utiliza dois drones. Enquanto o vermelho causa dano, o branco dá suporte ao jogador e aos companheiros;
  • Nisha, the Lawbringer: uma atiradora de elite, sua habilidade possibilita o jogador focar em inimigos automaticamente e realizar todos os movimentos de combate de forma mais rápida enquanto o efeito durar;
  • Claptrap, the Fragtrap: sim, o robozinho agora é um personagem jogável! Ele tem uma habilidade única que analisa o conflito em que o jogador está e escolhe o melhor “Pacote de Ação” que garante bônus e estilo de batalha apropriado para sobreviver ao combate. Além disso os companheiros também podem ganhar bônus.
Assim como Borderlands 2, este título possui dois personagens adicionais:
  • Jack, the Doppelganger: uma cópia exata do Handsome Jack, ele invoca dois Digi-Jacks, robôs dele mesmo que lutam como aliados enquanto o efeito da habilidade durar;
  • Aurelia, the Baroness: uma mulher riquíssima cujo poder é enviar um fragmento de gelo que causa dano contínuo a um inimigo. Caso este inimigo morra, o efeito persegue outros oponentes enquanto durar.
O mais legal desses personagens é que todos eles, em todos os jogos, fazem aparições em outros títulos da série, sejam como NPCs, sejam como inimigos de certas missões, algo que ajuda a amarrar as pontas das histórias e dar um corpo ainda maior a ela.

Borderlands: The Handsome Collection

Além de todas as adições às mecânicas, Pre-Sequel traz uma atualização nos gráficos do jogo, saltando aos olhos de quem a joga. Mas há um preço a se pagar: o título não renderiza os gráficos tão rapidamente como os outros dois anteriores, então temos rápidos momentos em que as texturas aparecem como borrões na tela que, aos poucos, vão se atualizando.

Esse é o único título a sofrer com esse problema, mas é um preço baixo a se pagar para o jogo que temos em mãos, já que a qualidade artística não sofreu nenhum revés. Contudo, não se engane, trata-se de uma questão puramente cosmética que só irá causar algum incômodo nos primeiros momentos, depois o jogador se acostuma. Além do mais, o título ainda é divertido ao extremo.

Pre-Sequel é o mais vistoso dos três jogos do conjunto, mas ele não se sustenta sozinho. Muito de seu charme vem de tudo o que foi estabelecido pelos dois primeiros. Combinando as três experiências, chegar em Pre-Sequel se torna um título prazeroso que eleva a “trilogia” do pacote.

Sabe quem sou eu? História disfarçada!

Bem, não ia ser possível realizar essa análise sem comentar sobre a história de Borderlands. Isso não diz respeito à sua estrutura, mas à sua apresentação. O que acontece é que o jogo tem uma história bem escrita e extensa, mas acontece que ela está sempre acontecendo em segundo plano dentro do jogo, mesmo quando ela deveria estar em primeiro plano.



Isso porque Borderlands quase não possui cinemáticas não-interativas. Tudo o que acontece no jogo nos é passado ou por diálogos com os personagens em nossa frente, ou por áudios, sejam através de transmissões, ou por gravações nos dispositivos ECHO.

O que isso significa? Que a ação não é cortada mesmo quando chegamos em momentos cruciais da história. As falas dos personagens vão ecoando em nossas cabeças enquanto caminhamos pelo cenário. Essa escolha evita que a jogabilidade tenha quedas no ritmo da ação, já você não precisa esperar a discussão dos personagens acabar para seguir o seu caminho. 

Em contrapartida, muitas vezes você esquece de prestar atenção na história exatamente por isso, já que ele vai falando enquanto você está tentando sobreviver contra inimigos, se concentrado na procura de algum item perdido ou simplesmente tentando chegar ao destino da próxima missão. Isso não é algo que acaba com a experiência do jogo como um todo, mas pode ser que as mil distrações na tela acabem por ofuscar o desenrolar da história. É uma pena, pois as interpretações são ótimas e o texto bem escrito.

Borderlands: The Handsome Collection

Pessoalmente, acredito que esse recurso poderia ter o acompanhamento de algumas cutscenes de vez em quando, o Pre-Sequel apresenta poucas, mas mais do que os outros dois primeiros. Outra parte boa é que o seu personagem interage com os NPCs, coisa inédita até então, o que ajuda a focar na história.

O pacote

Para finalizar, o pacote que chega ao Switch é uma coletânea muito bem feita. Os três títulos chegaram para o console híbrido em um port que mostra zelo pelo produto final. Os títulos rodam como manteiga no console e, mesmo com o delay na atualização das texturas, a experiência como um todo é para lá de satisfatória.

Enquanto jogatina, aconselho que o jogador busque aproveitar o jogo no modo Dock e, de preferência, com o Pro Controller. Jogar um FPSs com o Switch no modo portátil é um pouco complicado, primeiro porque os controles são apertados demais para os mil comandos que podemos fazer. Além disso, a tela do console é pequena demais para as outras mil coisas que ocorrem ao mesmo tempo durante uma luta.



Todos os jogos da franquia são recheados de ação que te fazem ficar na ponta da sua cadeira, com olhos fixos na tela para sobreviver àquele confronto e poder contar história. Mesmo com suas falhas, a história é divertida e os personagens transbordam carisma. A estética cartunesca, que dá uma cara de HQ adulta ao jogo, amarra muito bem com o estilo dos lançamentos mais “maduros” que vêm chegando ao Switch.

A parte boa é que, se você não conhece a série e não quiser investir no pacote completo, é possível comprar os títulos separadamente. O primeiro jogo pode ser adquirido solto, enquanto o número 2 e sua prequel são vendidos juntos. Ainda assim, é uma forma de investir em etapas para ver se vale a pena.

De qualquer forma, trata-se de uma série que demorou para chegar aos consoles da Nintendo — com exceção de Pre-Sequel, que chegou ao Wii U. Entretanto, como temos os três primeiros títulos em um único pacote, ele pode ser uma boa porta de entrada para quem quiser conhecer essa série, que vai trazer boas horas de ação em um jogo de tiro bem estabelecido.

Prós

  • Pacote que traz três jogos completos pelo preço de um;
  • Ports bem feitos para o Switch, rodando sem comprometer a experiência;
  • Jogo com horas de ação intensa;
  • A maioria das DLCs previamente lançadas estão inclusas no pacote;
  • Modo história pode ser aproveitado tanto single como multiplayer.

Contras

  • História apresentada somente em narração, sem cutscenes;
  • Problemas em renderizar as texturas em certos momentos, ocorrendo com mais evidência na Pre-Sequel;
  • Sem localização para o português.
Borderlands Legendary Collection - Switch - Nota: 9.0
Revisão: João Pedro Boaventura
Análise produzida com cópia digital cedida pela 2K Games

Estudante de Sistemas da Informação que gostaria de aprender todas as línguas existentes, mal sabendo lidar com as duas que já fala. Descobriu seu amor pela Nintendo ao conhecer Super Mario 64 e desde então nunca mais largou os cogumelos, karts e rúpias que encontrou em seu caminho.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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