Equipe Nintendo Blast responde: por que Pokémon é tão especial?

Comemorando o aniversário de 25 anos da franquia, nossos integrantes contam sobre momentos marcantes com a franquia.

Equipe Nintendo Blast responde por que Pokémon é tão especial?

Uma das franquias mais amadas de todos os tempos completa 25 anos. Ao longo dos anos, gerações foram capturadas pelo colecionismo e se aventuraram pelos mais diferentes continentes, de Kanto até Galar, em busca de monstrinhos, aventuras e o anseio de se tornar um campeão. No Brasil, fomos introduzidos ao universo dos monstrinhos de bolso pelo anime exibido na TV aberta pela Rede Record, no final dos anos 90, e pelos jogos Pokémon Red/Blue (GB). Desta forma, cada fã de Pokémon guarda um motivo único pelo qual a franquia é especial, seja pelas lembranças do anime ou pela primeira jornada Pokémon iniciada no portátil.


No decorrer dos seus 25 anos, Pokémon conseguiu tornar-se relevante ao inovar com a proposta de Pokémon GO (Mobile), introdução de DLC nos jogos principais da franquia e seus inúmeros eventos pelo mundo. Os fãs de Pokémon estão sempre almejando por mais, inundando as redes sociais com teorias, rumores e expondo seus desejos para o futuro da franquia. Com isso, os fãs conseguem demonstrar o grande apego nutrido ao longo desses 25 anos de Pokémon. 

Os motivos que justificam Pokémon ser especial são os mais diversos, tendo isso em vista, fizemos um levantamento em nossa equipe para conhecer as razões que tornam a franquia única. 

Daniel Morbi









Se hoje eu conheço e escrevo sobre videogames, tenho Pokémon a agradecer. A franquia foi responsável por me apresentar o universo dos jogos eletrônicos. A partir do anime, ao qual fiquei vidrado em questão de minutos, aprendi o que era Pokémon Vermelho/Azul, Game Boy, Cabo Game Link e, principalmente, Nintendo. Vendo amigos jogando o RPG em seus portáteis, senti pela primeira vez que aquilo era algo que eu precisava ter. A ideia de poder viver minha própria jornada Pokémon, assim como Ash fazia no desenho, era o suficiente para atazanar minha família até ganhar de presente um Game Boy Color com Pokémon Azul.

Tenho muitas memórias de conversar com colegas sobre os Pokémon que cada um tinha em seus jogos, de trocar monstros com o Cabo Game Link tomando muito cuidado para não desconectar (a não ser que o objetivo era clonar algum Pokémon forte), de duplicar itens usando o MissingNo, uma técnica que mais parecia mentira do que qualquer outra coisa, além de sofrer atravessando a Rock Tunnel sem Flash.

Com o tempo, fui descobrindo novos jogos e Pokémon acabou ficando um pouco de lado. Mas com os jogos de Switch ainda pretendo retomar minha carreira como Mestre Pokémon.

Felipe Lemos


Sendo Pokémon uma franquia extremamente especial para toda uma geração, no meu caso não é nada diferente. Como mais um entre os nascidos ao final dos anos 90, fui introduzido ao mundo Pokémon pela sua aguardada aparição nas televisões, pelo anime de Ash e companhia, um grande evento em várias casas brasileiras. Das telas para as telinhas, a franquia foi também minha porta de entrada para o mundo dos games, sendo, disparada, a dona da maior quantia de horas dedicadas dos meus finais de semana — mais até que qualquer outro jogo do Mario. 

Pessoalmente, a franquia representa um grande começo, dando o pontapé inicial para me aventurar, buscar conhecer mais sobre essa comunidade tão numerosa e desenvolver minha admiração pela Nintendo em suas várias derivações. Começando pelo Game Boy Advance e seguindo até o Nintendo Switch, Pokémon sempre me acompanhou e, mesmo em momentos de desapontamento com os títulos recentes, torço para que cada vez mais jovens tenham seus sonhos inspirados pelas aventuras na terra da pokébola.

Icaro Sousa


Meu primeiro contato com Pokémon foi através de emuladores, infelizmente. Eu não tinha PC na época, e para jogar, precisava ir à casa de um amigo. O vício no game fez com que frequentasse bem a casa dele, estreitando a amizade e o gosto pelos monstrinhos. Terminado o primeiro game - Pokémon Red (GB) - lembro da ansiedade pelo lançamento da segunda geração, em cada imagem publicada, nas novas e estranhas criaturas, em como esse universo poderia ser reinventado, ao mesmo tempo que mantinha suas origens.

Além disso, também tenho carinho especial pelo meu cartucho de Pokémon Alpha Sapphire (3DS), o primeiro game em que eu consegui completar a National Dex. Para esse feito, foi necessário todo um rolê envolvendo participar de grupos do Facebook, trocas combinadas e amizades novas que surgiram Brasil afora. Sendo um dos únicos jogos que me fez ter mais de 170 horas de save e ainda me manter interessado. Pokémon mantém seu lugar em meu coração gamer, ao ladinho de Zelda rs.

Juliana Paiva Zapparoli


Meu primeiro jogo da franquia - e favorito até hoje - foi Pokémon Gold (GBC), o qual ganhei com meu primeiro portátil da Nintendo, um Game Boy Color cor verde-azulado (teal). Isso foi em 2000, e lembro que estávamos passando férias com a família em Águas de Lindóia (interior de São Paulo). Se a memória não estiver me pregando uma peça, o interesse pela franquia já tinha aparecido alguns anos atrás, quando lojas como Ri-Happy já estavam vendendo o portátil com Pokémon Red/Blue (GB), e os clientes podiam jogar à vontade. Por vezes levei broncas porque eu ficava apenas jogando o videogame, em vez de passear na loja (risos). 

Lembro, também, que reiniciei o jogo três vezes - uma delas depois de derrotar a Liga Pokémon inclusive - até decidir qual seria meu inicial definitivo, e o escolhido foi o Cyndaquil. Na época, eu tinha nove para dez anos e pouquíssimo conhecimento de inglês, embora tivesse aulas do idioma na escola. 

Posso dizer, então, que Pokémon Gold (GBC) não foi apenas minha porta de entrada para o mundo Pokémon, mas também a maneira que encontrei para aprender inglês de um jeito divertido. Ah, foi também o único jogo antes de Pokémon X/Y (3DS) no qual me dediquei para completar a Pokédex, e para isso eu contava com a ajuda de um amigo, que tinha Pokémon Yellow (GB). Espero que o Bruno ainda se lembre dos dias em que trocávamos monstrinhos na escola e durante excursões (e das chamadas de atenção que levávamos por causa disso), porque foi graças à franquia que ele é um dos meus melhores amigos até hoje.

Nicholas Wagner


A franquia dos monstros de bolso foi uma das primeiras pelas quais me apaixonei, junto com Mario e Zelda. Durante muito tempo, tive um amigo que possuía dois Game Boys, e essa era a minha oportunidade de experimentar os jogos (é claro que eu sempre arranjava uma desculpa para jogarmos). A possibilidade de avançar pelo mapa e crescer junto em um time de monstrinhos foi o que sempre me prendeu e até hoje me cativa na franquia, uma fórmula simples, mas mágica.

Passaram-se alguns anos e tive a oportunidade de ter um Nintendo DS (e meu amigo também). Cada um tinha uma versão de quarta geração, e crescemos juntos trocando Pokémon, batalhando e comparando nosso progresso nas aventuras. Dali pra frente nunca mais paramos, batendo o ponto em todas as entradas da franquia. Hoje, o anúncio de um novo jogo e a possibilidade de um remake me dá até arrepios, pois Pokémon continua sendo uma das minhas franquias favoritas.

Pedro Sobral


Em 2005, quando estava na terceira série do Ensino Fundamental, um dos meus colegas de classe começou a levar um Game Boy Advance com Pokémon FireRed (GBA) para jogar nos intervalos e tempos vagos. Eu, então com 9 anos de idade, observava fascinado aqueles monstrinhos lutando e o protagonista andando pela paisagem de Kanto. Graças a essa experiência, eu decidi pedir o portátil e uma cópia de Pokémon FireRed (GBA) como presente de Natal naquele ano. Assim, em 25 de dezembro de 2005, chegava às minhas mãos o que seria minha primeira aventura em toda a franquia dos monstrinhos de bolso.

Pokémon não era algo completamente desconhecido para mim. Naquela altura da vida, eu já conhecia o anime através da televisão e das fitas cassetes que minha mãe alugava quando eu era bem pequeno. Além disso, o tema da minha festa de aniversário de 4 anos foi, justamente, Pokémon (aparentemente, o ano 2000 foi a primeira fase da minha "pokémania"). Até 2005, eu não sabia da existência de jogos da franquia, mesmo videogames já sendo algo bem presente na minha vida. FireRed foi a introdução ideal ao mundo eletrônico dos monstrinhos de bolso, pelo fato de ser um remake da primeira geração e por conter, na história principal, apenas os 151 pokémon originais, com os quais eu estava mais familiarizado. 


Essa aventura me proporcionou momentos inesquecíveis, como escolher meu Squirtle, atravessar o Rock Tunnel sem usar o Flash, me assustar ao ouvir a música de Lavender Town, não saber o que fazer para entrar no ginásio de Saffron City, me perder nas Seafoam Islands, encarar a Victory Road e, finalmente, vencer a Elite 4 após várias tentativas. O momento em que meu Blastoise acertou um Hydro Cannon no Arcanine do rival está indelevelmente marcado na minha memória e, sem dúvidas, representa uma das maiores alegrias proporcionadas por essa franquia. Mesmo após a vitória na Liga, ainda joguei por muito tempo o FireRed, graças às Sevii Islands, que me apresentaram diversos Pokémon da segunda geração, os quais ainda não conhecia. 

Ao longo dos anos, a franquia continuou se expandindo e mantive minha fidelidade, sempre comprando os jogos da série principal e me encantando com alguns spin-offs (nesse quesito, Pokémon Mystery Dungeon: Explorers of Sky (DS) e Pokémon Rangers: Guardian Signs (DS) são os mais marcantes para mim). 

A sensação de aventura ao iniciar uma jornada, o encontro com novos Pokémon nas diferentes regiões, a vasta lore e as possibilidades quase infinitas de teorias são, na minha visão, os aspectos mais importantes da franquia e o que continua me trazendo de volta a ela, mesmo após todos esses anos. Porém, talvez o que há de mais especial em Pokémon é a possibilidade de nos transformar novamente em uma criança de 10 anos que está pronta para escolher seu primeiro monstrinho e partir em uma inesquecível aventura mundo afora.

Victor Carreta


Essa é uma das perguntas mais difíceis para um fã da franquia. Vence até na escolha do inicial nas versões. Lembro-me exatamente quando e onde começou a paixão. O ano era 1999, eu tinha 8 aninhos, e Pokémon estava por todos os lados. 

Próximo ao natal daquele ano, meu vizinho chegou com um aparelho portátil transparente, dava até para ver os circuitos. Era um Game Boy Color e nele, o jogo Pokémon Red (GB). Eis que ele me pergunta: "Quer jogar um pouco?". Eu, super tímido aceitei e usei Surf em um monstrinho qualquer. A cena foi mágica e está viva em minha memória até os dias de hoje. De lá para cá, Pokémon praticamente me deu muitas coisas: amizades incríveis, momentos de alegria e frustração, dois padrinhos de casamento, sendo que um deles mora beeem longe, a oportunidade de jogar e vencer um torneio de duplas com minha namorada (hoje esposa) no Anime Friends de 2015, além de diversos churrascos regados a Pokémon Battle Revolution (Wii) que geraram memes inigualáveis. 

Sou eternamente grato aos monstrinhos também por me direcionarem ao aprendizado de uma segunda língua e se não fosse por Pikachu e cia, hoje não seria fluente em inglês. Ah, e a cereja do bolo foi poder ver o Empoleon na tela do Nintendo DS, afinal, esse pinguim é o melhor Pokémon de todos

Vítor M. Costa


Fora o nostálgico anime de Pokémon que eu assistia no Cartoon Network quando criança, meu primeiro contato com os games da série foi lá pelo final dos anos 2000, com Pokémon FireRed Version (GBA), um remake do primeiro Pokémon de Game Boy. Já um amante de RPGs, lembro desse jogo ter me fascinado pela possibilidade de gerenciar e alterar membros da party dentro ou fora de batalhas por turno e elaborar estratégias conforme seu tipo e atributos de uma forma que nunca tinha experimentado em um jogo do gênero (ainda não conhecia Shin Megami Tensei). E acredito que essa continua a ser a principal característica que me faz gostar de Pokémon, além do peso de sua estética nostálgica.

Depois desse remake do clássico de Game Boy, eu conheceria o meu jogo favorito da série: Pokémon SoulSilver Version (DS), remake do sucessor de Pokémon Red. Ele está no topo da minha lista Pokémon porque, além de trazer uma bela pixelart, uma boa biblioteca de monstrinhos de bolso e reviver meu sonho de ter um pokémon seguindo-me no mapa, o título também oferece a mais extensa história da série em duas regiões diferentes a serem exploradas e, ao meu ver, condensa as melhores mecânicas clássicas da franquia.

Pokémon SoulSilver Version (DS) definitivamente me motivou a continuar acompanhando Pokémon até hoje nos portáteis da Nintendo, embora cada vez mais eu sinta a necessidade de mudanças na franquia. Mas não, claro, a ponto de perder a essência de sua jogabilidade, o que envolve, entre outras coisas, aquela experiência que é talvez o que torna a série mais especial: a de combinar, de forma complexa, mas inocente e carismática, o ímpeto por colecionismo com mecânicas de RPG. Essa combinação certamente continuará a evoluir, ainda que lentamente, e nos trará muitas surpresas dentro das Pokébolas.

É notável a grande influência que Pokémon teve e continua tendo, no universo Nintendista principalmente, servindo como porta de entrada para outros games e aproximando pessoas. E pra você, o que faz Pokémon ser tão especial? Deixe nos comentários a sua resposta.

Revisão: Felipe Fina Franco

Doutorando em química, professor e treinador Pokémon nas horas vagas. Pode ser encontrado em algum lugar de Galar, em algum combate épico de Fire Emblem ou postando algo relacionado à química no Instagram (@prof.fagnermoura).
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