Pokémon Blast

Pokémon Brilliant Diamond/Shining Pearl (Switch): análise completa do trailer

Confira os mínimos detalhes do trailer de anúncio dos remakes da quarta geração dos monstrinhos de bolso.

As releituras da quarta geração foram anunciadas no Pokémon Day e a internet está frenética em relação ao assunto. Muitas comparações estão sendo feitas com outros remakes e jogos da linha principal. Agora, você conseguiu notar todos os detalhes presentes nos dois vídeos?

A região de Sinnoh é lar de muitos mistérios e para resolvê-los, chamamos nossa equipe especialista em análises para esmiuçar segundo por segundo, quadro a quadro o que foi apresentado na chamada. Curioso para saber o que lhe aguarda? Então se aconchegue, pegue uma bebida e embarque conosco nesse mundo de segredos. Boa leitura!

Console de Mesa x Híbrido

Como de praxe, todos os jogos da franquia Pokémon começam no quarto do protagonista, que, ou está dormindo, ou está navegando pela internet. Curiosamente, nenhum jogo começa com o personagem jogando o videogame presente no cômodo. Mas não pense que não vimos. Houve uma pequena troca de consoles - de Wii para o Switch.

Custa jogar um joguinho?
Seria legal se, ao menos uma vez, o protagonista aparecesse em tela jogando algum game da linha principal ou spin-off, agregando assim um nível de qualidade e polimento que, com certeza, seria notado pelos jogadores, assim como Mustard faz na DLC The Isle of Armor de Pokémon Sword/Shield, ao jogar o game Pokémon Quest.

Reunião entre amigos

Jogar Pokémon sozinho é legal, mas com os amigos é com-ple-ta-men-te diferente. Hora de pegar carona com Dialga e voltar 15 anos no tempo. Naquela época, em torneios espalhados pelo mundo, em seu condomínio ou na sua rua, a Union Room era o ponto de encontro dos treinadores, sendo a evolução do Cable Club das duas primeiras gerações.

No dia do lançamento, a Union Room ficará assim

Aqui, podemos trocar Pokémon, batalhar com os amigos, ver quantas estrelas cada um possui em seu cartão, além de conversar através do sistema de conversa fácil, ou Easy Chat System. Outro ponto interessante sobre a Union Room é a capacidade de salvar o Friend Code de um jogador após o encontro. Será que teremos a volta do Pal Pad para batalhas online?

Tem ou não tem neve?

Sabemos que, em sua grande maioria, os trailers de anúncio de novos jogos não representam o produto final e a distância entre o dia da revelação e lançamento efetivo do game reforçam essa ideia, ou seja, há muito polimento a se fazer. Conhecida por ser uma das cidades mais difíceis de obter acesso em toda a região de Sinnoh, Snowpoint fica ao norte do mapa e é completamente coberta pela neve.

Vai nevar ou tá difícil?

Nas versões originais, neva o tempo todo nas rotas ao seu redor e quando chegamos à cidade, há uma redução, porém continua nevando. No trailer, não foi possível observar essa característica, o que nos leva a crer que essa singularidade não será implementada ou não foi feita a tempo de ser exibida durante seu anúncio.

Para todos os lados

Ao longo dos anos, as mecânicas de movimentação do personagem foram se aprimorando até chegarmos ao resultado de Sword/Shield, que é o controle completo do andar e da câmera quando estamos na Wild Area. Como os remakes terão o padrão antigo, ou seja, a câmera será estática e vista de cima, não teremos como manipular certos ângulos. Porém, algo mudou: o personagem pode se mover em qualquer direção e não mais nas quatro básicas (cima, baixo, esquerda e direita) como era antigamente na época do D-Pad.

Andar na diagonal? Sim!

Uma outra e significativa mudança na movimentação é a indicação da rota em que estamos, através das placas presentes no jogo. Por conta do baixo poder de processamento do Nintendo DS, a imagem presente nessas plaquinhas era completamente ilegível, algo que não ocorre no Nintendo Switch, pois como podem ver na imagem acima, claramente é possível ler “201” na placa. Isso agrega um senso de direção muito maior para os novatos que não conhecem a região de Sinnoh, facilitando inclusive na hora de capturar algum monstrinho que não tenha uma rota fixa, como a Cresselia.

Agora sim lemos 201

O monstro está solto!

Não é de hoje que o Garchomp é considerado um dos melhores Pokémon do jogo. Sua combinação de tipos e atributos acima da média fazem com que o tubarão martelo de Sinnoh assuste até os lendários Dialga e Palkia. Em sua geração de estreia, apenas uma treinadora utiliza esse monstro: nada menos do que a campeã Cynthia, referência de muitos treinadores quando o tema é “apelação”. E não é para menos, já que sua equipe possui diversos Pokémon considerados estrelas em Sinnoh e que certamente dão um certo trabalho, até mesmo para equipes preparadas.

O sonho de qualquer treinador é encontrar um Garchomp

O curioso de tudo isso é que o Garchomp não pode ser encontrado em nenhum habitat selvagem de Sinnoh, somente sua primeira forma, Gible, na Wayward Cave e sua segunda forma, Gabite, na Victory Road. Caso seja possível encontrar o Garchomp selvagens nos remakes, com certeza diversos treinadores irão optar por capturá-lo, uma vez que com ele no time, as coisas ficam muuuuuito mais fáceis.

Pokédex ainda é tabu

De alguns anos para cá, essa palavra tem causado um certo alvoroço entre os jogadores da franquia. Isso porque, o conceito básico de Pokemon - gotta catch’em all - ou seja, temos que pegar todos, está meio deturpado pois não há a presença de todos os monstrinhos na Pokédex. Caso você não saiba, as versões Diamond/Pearl originalmente contam com apenas 151 registros e para piorar, nem Pokémon introduzidos na quarta geração estão presentes, como Electivire e Magmortar, que só figuram na National Dex obtida após vencermos a Elite Four e Cynthia.

Difícil de aguentar um desses...

Agora, um detalhe chamou nossa atenção: ao final da sequência rápida de golpes sendo desferidos pelos Pokémon, há um Porygon-Z soltando um Hyper Beam maroto em um Garchomp. O que mais intriga nessa imagem é que o pato cibernético de Sinnoh não faz parte da Pokédex original de Diamond/Pearl e sim, da expansão de 61 monstrinhos que chegou em Platinum, contemplando outros Pokémon oriundos da quarta geração. Será que foi um “erro do estagiário” ou teremos uma Pokédex maior nesse jogo?

Gratidão

Um dos primeiros detalhes percebidos pelos fãs da franquia e que gerou rebuliço foi a presença de um NPC na cidade Floaroma, criada pelo poderoso Pokémon mítico Shaymin. Inclusive, aqui no Nintendo Blast noticiamos um possível retorno do conteúdo de Platinum com base nessa personagem.

“Essa loirinha é meio suspeita...”

Porém, devemos ter calma quanto a esse tipo de conteúdo. A simples presença do NPC não garante a volta de Shaymin logo de cara. Conhecendo a Game Freak, um evento online via Mystery Gift pode ser realizado no lançamento, ou posteriormente, como um agradecimento - combinando muito com a temática do porco espinho de grama - habilitando assim o recebimento do item Gracidea, responsável por transformar o Shaymin em sua forma Sky.

Dialkia

Isso mesmo, você não leu errado. O título é Dialkia, ou seja, juntamos as duas entidades - Dialga e Palkia - em uma só. E olha que isso existe desde os tempos de Diamond/Pearl. Para quem não se lembra, nas versões originais, há uma estátua na cidade de Eterna que lembra os dois Pokémon lendários. Há quem diga que é possível observar apenas o Dialga na imagem, e mesmo não tendo um olho vermelho, temos o Luxray, capaz de ver além de qualquer ilusão.

Dialga ou Palkia?

Note que, pela imagem acima, é possível ver ambos na estátua. A cor dourada empregue nos jogos foi utilizada justamente para que os Pokémon não pudessem ser diferenciados e após aplicarmos um filtro de cores, é nítido que tanto Dialga como Palkia estão presentes. Ainda, no mangá essa estátua também é exibida da mesma forma em que aparece no trailer, ou seja, houve um cuidado maior em relação à representação de Dialga e Palkia nos remakes, já que agora o Nintendo Switch tem totais condições gráficas de renderizar a imagem contendo dois Pokémon. Veja a comparação:

Hora, minuto, segundo

Chega a ser “estranho” como o conteúdo presente nos jogos da quarta geração remetem ao tema de tempo/espaço. Graças à segunda tela presente no Nintendo DS, as versões Diamond/Pearl - e posteriormente Platinum - contavam com um recurso extremamente útil e de fácil acesso: o Pokéwatch ou Pokétch para os íntimos. Através de uma campanha realizada na cidade Jubilife, temos que procurar três palhaços pela cidade e responder um quiz. Acertando as três perguntas, ganhamos um cupom para cada, que poderão ser trocados pelo dispositivo.

Tá na hora, tá na hora!

Por conta da tela de toque, este era um recurso muito operado em virtude da vasta lista de aplicativos que poderiam ser utilizados a qualquer momento. Agora no Switch, não temos mais uma segunda tela e fica a pergunta: como será que esse aplicativo será feito? Talvez, algo parecido com o que tivemos no PokéGear em Heart Gold e Soul Silver?

E você, caro leitor, o que achou de cada um desses itens? Fez sentido para você? Deixamos escapar algum detalhe do trailer e gostaria de compartilhar com a gente? Mande seu comentário e vamos debater sobre este tema tão polêmico.

Revisão: Felipe Fina Franco


Fã de carteirinha da franquia Pokémon desde os oito anos de idade, teve seu primeiro contato com os monstrinhos de bolso no Game Boy Color e de lá para cá, são mais de 25 anos de alegria. Fanático por vídeo-games, gostaria de poder jogar mais tempo do que trabalha.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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