Blast from the Past

Retrospectiva Fire Emblem - Parte 5: Switch e o futuro da série

Nestes 32 anos da franquia, relembre os jogos que a tornaram famosa — mas e quanto ao seu futuro?

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Fire Emblem surgiu em abril de 1990, há 32 anos. Nestas três décadas, 16 jogos principais marcam a história da franquia criada pela Intelligent Systems para os consoles da Nintendo e, para comemorar esse aniversário para lá de especial, resolvemos criar matérias especiais sobre a retrospectiva desses jogos ao longo dos anos.


Nesta última parte, relembraremos Three Houses, o único jogo principal até o momento disponível no Switch, e também abriremos espaço para uma discussão a respeito do futuro da série.
Retrospectiva Fire Emblem
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Três reinos, três pontos diferentes de um mesmo conflito

Fire Emblem Fates (3DS) foi o primeiro jogo a introduzir a possibilidade de escolher de qual lado ficar em um conflito, modelo que Three Houses resolveu adotar para sua própria narrativa. Na pele de Byleth, que representa o avatar do jogador, assumimos o posto de docente na Academia de Garrech Mach e ficamos responsável por uma das três classes: Black Eagles, liderada por Edelgard; Blue Lions, de Dimitri; e Golden Deer, sob comando de Claude.

Na primeira metade do jogo, vivemos na Academia, ensinando os alunos e tentando recrutá-los para nossa casa escolhida. Contudo, as coisas mudam de figura quando uma terrível guerra assola o continente de Fódlan e, de repente, somos obrigados a enfrentar aqueles que antes chamávamos de amigos.

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Three Houses trouxe um novo viés para a narrativa de Fire Emblem, algo antes visto apenas em Fates. Chama a atenção, porém, o fato de o 16º jogo não apresentar uma "rota cooperativa" ou “definitiva”, como o DLC Revelations de Fates, e uma vez escolhido nosso lado, seguimos nele até o fim.

Three Houses ainda trouxe não apenas três pontos de vista para o conflito principal em sua trama, mas também ramificações em suas rotas. Ou seja, além de seguirmos as convicções do líder escolhido, também descobrimos novos motivos por trás da guerra em Fódlan.

O jogo também conta com diversas mudanças em seu sistema, como se tivesse reunido as características positivas de seus antecessores em uma grande colcha de retalhos. Temos diferentes classes que podem ser habilitadas de acordo com as aptidões de cada personagem, um sistema de suporte entre eles e melhorias durante o combate, algo de que a série precisava com certa urgência.

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E o futuro?

Ficamos sem notícias a respeito de um novo Fire Emblem desde 2019 — ou 2020, se considerarmos o DLC Ashen Wolves. Embora fãs tenham especulado um possível remake da série Jugdral, devido ao lançamento de Genealogy of the Holy War no catálogo de SNES do Nintendo Switch Online e também a inserção de inúmeros personagens do quarto e quinto jogos em Fire Emblem Heroes, tudo não passava de wishful thinking.

Eis que então, durante o Nintendo Direct no começo de abril deste ano, foi anunciado o lançamento de Fire Emblem Warriors: Three Hopes, um título musou a cargo da Koei Tecmo, sucessor do primeiro Fire Emblem Warriors, e que traz uma nova história ao continente de Fódlan. Mesmo assim, ainda se trata de um spin-off (assim como Hyrule Warriors: Age of Calamity) e não um jogo principal, algo que possivelmente não veremos tão cedo.


Ainda assim, Fire Emblem continua marcando presença em diversos outros jogos, sobretudo a série Super Smash Bros., mas o que será que teremos depois de Three Hopes, que nem ao menos é uma continuação canônica e oficial de Three Houses? Infelizmente, a franquia tem um futuro incerto pela frente e não temos como prever o que virá a seguir.

Continuaremos apenas com spin-offs e DLCs ou a Intelligent Systems está planejando algo neste meio-tempo, usando Three Hopes como uma distração temporária — tal qual Warriors foi entre Shadows of Valentia e Three Houses? Especulações e rumores não faltam, mas as respostas parecem inexistentes por ora.

Revisão: João Pedro Boaventura
Capa: Juliana Paiva Zapparoli

Também conhecida como Lilac, é fã de jogos de plataforma no geral, especialmente os da era 16-bits, com gosto adquirido por RPGs e visual novels ao longo dos anos. Fora os games, não dispensa livros e quadrinhos. Prefere ser chamada por Ju e não consegue viver sem música. Sempre de olho nas redes sociais, mas raramente postando nelas. Icon por 0range0ceans
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