Top 10

Cuphead - The Delicious Last Course (Switch): Top 10 chefes mais difíceis

De insetos contrabandistas a uma gangue de pilotos caninos, os inimigos da nova aventura de Xicrinho e Caneco têm um truque ou outro na manga.

A expansão The Delicious Last Course introduz a quarta Ilha Tinteiro, recheada de novas batalhas contra seres insanos, incluindo a criativa série de desafios de aparada (parry), o Salto D’el-rei.

Ao todo, são 12 oponentes, contando o duelo secreto contra o Anjo e o Demônio. Como um dos pilares da gameplay de Cuphead é a dificuldade elevada, resolvi listar os 10 bichões mais trabalhosos de derrotar. Infelizmente, dois vão ficar de fora, mas nada nesse jogo é justo, né? Então vambora.

Aviso: esta lista contém spoilers de Cuphead - The Delicious Last Course.

Parece fácil, mas (ainda) é difícil

Repetindo o que eu disse na minha análise de The Delicious Last Course, a minha impressão é que, de modo geral, os chefes na Ilha Tinteiro IV são mais fáceis (ou menos difíceis, talvez seja mais adequado) que os do jogo-base.

Talvez esse seja um viés pessoal devido ao fato de eu obviamente já ter chegado nesta nova aventura com muito mais experiência com a fórmula Cuphead do que quando eu enfrentei os fujões do Diabo, mas realmente fica parecendo que o Studio MDHR pegou um pouco mais leve desta vez.




Seja esse o caso ou não, volto a recorrer à minha humilde review e deixo devidamente avisado que você não subestime por um segundo sequer a turma que guarda os ingredientes para a Tortuprema do Chef Pitadinha. Venha preparado para algumas combinações de ataque bem desagradáveis.

Antes de começar, fica a menção aos dois que ficaram de fora: Os Peões e O Cavalo, que apresentam desafios mais simples que os demais chefes novatos, ainda que também estejam dentro da média de indução de estresse do jogo.

Vamos à lista, com nível crescente de dificuldade:

10. O Bispo (The Bishop)

A inventiva mecânica de apagar todas as velas acesas antes de poder aparar a cabeça flutuante deste chefe não o salvou de ser um dos menos imponentes de The Delicious Last Course.




Um pouquinho de memorização do padrão que a cabeça do Bispo está seguindo e um olho atento aos sinos que ele dispara já são o suficiente para interromper esta missa profana.

9. A Torre (The Rook)

Para derrotar este gigantesco capataz, é preciso aparar as cabeças decepadas rosas que voam do seu machado, fazendo com que elas voem de volta para o inimigo. Além de evitar que as cabeças se espatifem no chão antes de acertar A Torre, o único desafio aqui é tomar cuidado com as centelhas que saem lentamente do machado.




Esse pequeno ato multitarefa não é grande coisa em comparação com o que estamos acostumados em Cuphead, mas o aumento na velocidade de produção das centelhas coloca este chefe à frente dos Peões, do Cavalo e do Bispo como o segundo chefe mais difícil do Salto D’el-rei.

8. A Rainha (The Queen)




Seguindo uma curva natural, A Rainha entra como o chefe mais desafiador do Salto D’el-rei por um único motivo: a dificuldade de acertar a aparada nas estátuas de leão que aparecem e rapidamente cruzam a tela — isso se você estiver jogando com Xicrinho ou Caneco; no caso da Senhorita Cálice, ele se torna um dos parries mais fáceis do DLC.

Claro, a profusão de pedras preciosas que A Rainha atira são um bullet hell bem inconveniente, mas mirar uma aparada certeira em um objeto vertical que se movimenta tão rápido é complicadíssimo se você não contar com o parry horizontal da personagem jogável estreante.

7. Gelaldo, o Mago (Mortimer Freeze)

Espero que todo mundo que passou maus bocados com este líder cultista de dar calafrios me perdoe, mas em comparação com os outros facínoras da Ilha Tinteiro IV, ele não tem muitos ataques em seu arsenal que ofereçam grande perigo.




A exceção está na combinação de ataques da segunda fase desta luta, na qual Gelaldo controla um monstruoso boneco de neve que rola de um lado da tela para o outro, arremessa cubos de gelo que se fragmentam, faz surgir lâminas afiadas do chão e solta uma revoada de picolés com asas de morcego.

Sua terceira fase também não é lá grande coisa. Basta um leve foco no posicionamento do olho que dispara raios verticais e nos pontos de onde estão surgindo os sorvetes voadores, e voilà: você derreteu um dos chefes mais fáceis de todas as Ilhas Tinteiro.

6. Gangue da Marvada (Moonshine Mob)

A poluição visual constante nas duas primeiras fases desta luta é o maior obstáculo para a vitória. A mistura maluca de bombas de teia, guardas soltando nuvens de dedetizador, capangas voando para os lados e uma ocasional lagarta voando pelo cenário dá uma bela canseira na vista.

Não melhora nem um pouco quando surge a pirilampo cantora, com seu gramofone dos infernos que produz ondas sonoras mortíferas e seus barris de aguardente atravessando o estágio.




A etapa do tamanduá gigante é substancialmente mais limpa visualmente falando, só que ainda é bem chatinho prestar atenção nos locais onde a tromba dele vai surgir e se ele vai esticar a língua por toda a extensão da fase — e para coroar um das maiores sacadas de todos os tempos postas em um videogame, surge o chefão caracol, que previsivelmente gerou compilados e mais compilados de pessoas caindo no falso anúncio de nocaute e largando o controle antes da hora (incluindo o trouxão que montou esta lista).

5. Anjo e Demônio (Angel and Demon)

Não deixe a atmosfera sinistra do cenário e a aparência assustadora destas figuras te intimidarem: os chefes secretos localizados no cemitério da Ilha Tinteiro IV são menos cruéis do que parecem.




O pulo do gato (ou da xícara, nesse caso) está mais em entender a mecânica de troca de lados, na qual o Demônio vai estar sempre encarando o jogador, do que na destreza necessária para desviar das bolas e pilares de fogo conjurados pelo coisa-ruim. Na verdade, a satisfação de resolver o enigma vale mais do que a luta em si, o que não tira o mérito de um combate bem caótico.

4. Monty Turrão (Glumstone the Giant)

O que complica este duelo a ponto de deixá-lo tão alto na lista são os malditos gnomos que ficam brotando da terra e tornam impossível pisar no chão em segurança durante a primeira fase do gigante das montanhas, te obrigando a ficar nos pilares móveis. É o tipo de truque que, sozinho, é tranquilo, mas em combinação com todo o resto se torna um suplício — uma especialidade Cuphead.

O sofrimento continua parcialmente no trecho seguinte, com essas pragas em miniatura agora saltando no ar enquanto o Monty brinca com seus fantoches de mão arremessando uma bola de pano. Outro excelente combo de obstáculos que individualmente seriam fracos, mas juntos resultam em mais uma sessão multitarefa.




A terceira fase mantém um bom nível de dificuldade, com coxinhas de frango voando pelo estômago do gigante e as plataformas sumidouras que requerem uma aparada meio complicada às vezes, mas no fim das contas o que vai te marcar a ponto de deixar um trauma de gente fantasiada de gnomo no Dia das Bruxas são as criaturinhas azuis.

3. Os Uivos do Vento (The Howling Aces)

Jamais pensei que eu sentiria um ódio tão grande de um único cachorrinho em qualquer videogame, mas eis que surge um esquadrão inteiro para representar a exceção à regra. 

Qualquer batalha em Cuphead que limita o espaço onde o jogador pode ficar, como o carrinho sobre trilhos no Expresso Fantasma, da Ilha Tinteiro III, provavelmente vai estar bem alto em muitos dos rankings e listas pessoais da galera. Porém, imagino que a fonte primária da minha pistolagem com esta matilha aérea seja a mesma da grande maioria que jogou The Delicious Last Course: a última fase do confronto.

O buldogue fortão que flexiona sua tatuagem de ossos cruzados e os filhotinhos que latem algumas letras voadoras já são bem traiçoeiros, mas o que mais vai te fazer recomeçar esta luta por motivos de óbito é a inusitada mecânica da líder saluki do grupo, que simplesmente vira a tela de lado e de cabeça para baixo enquanto desfere seus ataques.




A mudança de perspectiva sem dúvida é o que complica esse final, já que as ameaças que causam dano de fato não são tão complexas, apenas a cereja no topo de um bolo que embaralha completamente o seu senso de direção.

2. Maria Muunita (Esther Winchester)

Algumas das pelejas de avião estão entre as mais difíceis de todo o jogo (você agora está ouvindo dentro da sua cabeça a risada maníaca do Dr. Kalo), portanto era até esperado que o único combate do DLC que usa esta mecânica seguisse o padrão.

Se eu tivesse que escolher apenas um projétil da primeira fase da briga contra esta vaqueira insuportável como o mais enlouquecedor, provavelmente seria a dinamite fragmentada, mas a verdade é que tudo aqui tem potencial para tirar a sua sanidade. A confusão só não é maior do que a bagunça contra a Gangue da Marvada.




Infelizmente, as coisas não melhoram seguindo adiante. O aspirador sugador de dinheiro puxa para si um bullet hell que complica bastante sua mira, já que você vai ter que se concentrar muito mais em não levar dano. Mas o pior está por vir.

As latas de salsicha voadoras e os bifes cuspidos pela Maria Muunita processada no fogão são uma ótima prévia do final da batalha, com as irritantes tiras de salsicha se movendo para cima e para baixo enquanto você escapa pelos espaços deixados e as pimentas disparadas da boca da vaquinha na embalagem. Não fique surpreso se tiver vontade de ir a um rodízio de churrasco depois de terminar os trabalhos por aqui.

1. Chef Pitadinha (Chef Saltbaker)

Pode parecer óbvio que o chefe final de qualquer campanha seja considerado o mais difícil, mas nem sempre é o caso; eu não colocaria, por exemplo, o Diabo do jogo-base no topo do ranking. Mas o que importa aqui é o sádico Chef Pitadinha.

Curiosamente, a primeira fase do embate final de The Delicious Last Course é a mais atribulada das quatro, com as etapas subsequentes sendo acrescidas da complicação de você provavelmente já ter levado dano e, portanto, precisar ser ainda mais cuidadoso.


A profusão de rodelas de limão, cubos de açúcar, animaizinhos de massa e pedaços de morango dá uma dor de cabeça daquelas só de lembrar, e completando o caos, está aquela [CENSURADO] de labareda que fica saltitando pela tela.

Dito isso, não se preocupe: você ainda vai se divertir (risos) o suficiente com os pimenteiros da segunda fase, que cospem pequenos grãos de pimenta enquanto o Chef Pitadinha sopra folhas de abacaxi — Ah, e não se esqueça da ilustre presença da nossa amiga labareda.

Comparadas a essa primeira metade, as duas últimas etapas são um passeio relaxante rumo aos créditos; só não deixe essa ideia subir muito à cabeça e vai dar tudo certo no fim (ou não).




Esses são os adoráveis chefões de Cuphead - The Delicious Last Course. Concorda com a lista? Mudaria alguma coisa? Independentemente das posições em qualquer ranking, o que certamente une todos que escolheram abraçar o sofrimento nas Ilhas Tinteiro são as lágrimas de desespero que derramamos pelo caminho.

Revisão: Juliana Paiva Zapparoli

Apaixonado por jogos desde criança, principalmente pela Nintendo. Seja Indie ou AAA, os videogames vão estar sempre no meu coraçãozinho, com um espaço especial para multiplayers!
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


Disqus
Facebook
Google