Porém, nos jogos da série Mario Kart, os Lakitus assumiram outro papel: um deles se tornou um personagem jogável desde Mario Kart 7, enquanto outro Lakitu é responsável por fazer a contagem de início das corridas e de cada volta, salvar jogadores que caíram das pistas e alertar aqueles que estão dirigindo na contramão. Hoje vamos falar especificamente sobre esse Lakitu “árbitro”, que em pouco tempo se tornou mascote dos jogos de corrida estrelados por Mario e seus amigos.
Apitando as corridas mais caóticas do mundo
Embora nunca tenha sido oficialmente confirmado que temos o mesmo Lakitu atuando em todos os jogos da série, os materiais promocionais, manuais de instrução e aparições consistentes reforçam que se trata de um Lakitu específico, uma figura responsável pela organização das corridas. Lakitu aparece em praticamente todos os títulos, com algumas pequenas variações de visual (como bandeiras ou apitos), mas sempre mantendo sua função principal.
O Koopa voador surge na largada para iniciar a corrida, avisa quando alguém dirige na direção oposta, resgata corredores que caíram das pistas e também aparece ao final, celebrando a classificação final da competição. Em alguns jogos, Lakitu também virou uma espécie de símbolo de tutorial da franquia, como em suas explicações de mecânicas e missões em Mario Kart Tour.
Voando e evoluindo com a série
A primeira aparição de Lakitu na série Mario Kart foi no seu primeiro título: em Super Mario Kart, ele aparecia no início das corridas segurando o semáforo de largada e voltava a surgir sempre que um corredor caía da pista, trazendo-o de volta com a ajuda de uma vara de pescar. Com o sucesso do game, Lakitu se consolidou como parte essencial da identidade da franquia. A partir de Mario Kart 64, sua participação como árbitro foi expandida: além de dar início às corridas e resgatar os pilotos que saíam da pista, passou a indicar quando o jogador estava dirigindo na direção errada (um verdadeiro — e necessário — fiscal da ordem nas corridas caóticas da série).
Em Mario Kart: Super Circuit, seu papel foi mantido com pequenas mudanças visuais. Já em Mario Kart: Double Dash!!, no GameCube, Lakitu ficou ainda mais expressivo e dinâmico: além de manter suas funções tradicionais, ele passou a acenar para os jogadores na linha de chegada e a comemorar com entusiasmo as vitórias. Em Mario Kart DS, o Koopa não realizava a contagem de início das corridas, mas repetia suas outras funções em jogos anteriores.
A partir de Mario Kart Wii, suas ações ficaram mais detalhadas: ele então tinha reações variadas dependendo do desempenho do jogador e mostrava mais emoção ao longo das corridas. Inclusive, esse é o único jogo da série em que Lakitu pode ser esmagado por um Thwomp caso esteja na tela no momento do impacto. O resgate aos jogadores também ficou mais demorado e dramático — uma forma de balancear a jogabilidade e criar tensão nos momentos decisivos.
Já a partir de Mario Kart 7, um outro Lakitu aparece como piloto jogável, retornando em Mario Kart 8 e Mario Kart 8 Deluxe. Enquanto isso, o Lakitu árbitro continuou como um rosto essencial na organização das competições. Nos dois últimos lançamentos da série, nosso árbitro voador também é responsável pela operação das câmeras nos replays de cada corrida. Um considerável acúmulo de funções, não?
3, 2, 1... VAI!
Apesar de ser membro de uma espécie conhecidamente comandada por Bowser, o Lakitu que aparece nos jogos da série de corrida rapidamente conquistou o carinho dos fãs. Seja como socorrista, bandeirinha, fiscal ou operador de câmeras, ele acabou se tornando um verdadeiro mascote da franquia Mario Kart: em Mario Kart World, além de retornar às funções, finalmente ganhou um lugarzinho na própria arte da capa do game!
Com o lançamento marcado para esta semana, em breve veremos novamente o comprometido árbitro em ação. Uma coisa é certa: enquanto houver Mario Kart, haverá um Lakitu pronto para regular a bagunça.
E você, leitor, também já foi salvo mais vezes do que gostaria de admitir por esse personagem carismático? Conte pra gente nos comentários.
Revisão: Beatriz Castro








