Motokura explicou que, desde o início do projeto, já havia a intenção de que Donkey Kong tivesse companhia nessa nova aventura. Apesar de não ter sido a primeira escolha, Pauline acabou se encaixando naturalmente:
“Sim, desde uma fase muito inicial do desenvolvimento de Donkey Kong Bananza, a equipe discutia que tipo de personagem seria melhor para acompanhar Donkey Kong em suas viagens. E já naquela fase, lembro que alguém sugeriu que Pauline poderia ser uma boa escolha, mas ela não foi implementada diretamente no projeto naquele momento.
O momento em que realmente percebemos que seguiríamos nessa direção aconteceu quando um artista criou uma arte conceitual da transformação em zebra. Vimos aquela imagem e achamos muito divertida, então imediatamente a prototipamos para testá-la no jogo. E quando nosso compositor viu isso, decidiu criar uma música específica para essa transformação.
E a música ficou tão boa que pensamos em expandir a ideia, transformá-la em uma canção e talvez Pauline fosse uma boa escolha para cantá-la. Então pedimos ao compositor para criar músicas para cada uma das transformações, e acho que foi isso que realmente consolidou o papel da Pauline. Muitas ideias se encaixaram depois que decidimos que ela seria a personagem acompanhante…”
Já Takahashi falou sobre o papel de Pauline como ponto de conexão entre o jogador e o universo excêntrico do jogo:
“Acredito que uma das coisas que funcionou muito bem na escolha da Pauline é que ela é humana, então fala uma linguagem que o jogador entende. E o nosso cenário é um estranho mundo subterrâneo, onde você interage com animais e até pedras que falam em alguns casos, então é muita coisa para absorver.É muito bom para o jogador ter outro humano visível na tela, que reage a essas coisas estranhas, percebe o que está acontecendo, aponta elementos e até dá dicas. E, em um jogo cujo foco principal é a destruição, há muitos objetos escondidos esperando para serem descobertos. Então é muito útil ter essas informações chegando ao jogador por meio de pistas sonoras, sem atrapalhar as informações visuais da tela.Também queríamos enfatizar o poder da música da Pauline neste jogo. Ela tem a habilidade de criar músicas que mostram caminhos que o jogador pode seguir — ou até abrir novas rotas. Temos um modo cooperativo que permite que um segundo jogador controle os disparos vocais da Pauline, que interagem tanto com o terreno quanto com os inimigos.(...) realmente acredito que muitas ideias surgiram a partir da escolha da Pauline como personagem acompanhante. Olhando para trás, acho que foi uma decisão da qual todos ficamos muito felizes.”
Quando questionados sobre o motivo de Pauline aparecer com apenas 13 anos no jogo, Takahashi e Motokura explicam:
Takahashi — “Bem, um dos papéis importantes que sabíamos que queríamos para essa personagem era acompanhar Donkey Kong em suas viagens e, em alguns casos, atuar como uma espécie de narradora. Considerando que teríamos tanto novos jogadores que estão conhecendo um jogo do Donkey Kong pela primeira vez, quanto pessoas que são fãs de longa data, tivemos a oportunidade de oferecer uma personagem familiar para os veteranos, mas com uma nova aparência que também poderia atrair o público novo.”Motokura — “Pensamos sempre no cenário, não apenas do mundo, mas também de cada personagem, e em como isso impactará na experiência do jogador no final.”Takahashi — “Agora, por que escolhemos especificamente a idade de 13 anos? Bem, isso é algo que queremos que os jogadores descubram e reflitam por conta própria ao longo da experiência.”
Na mesma entrevista foi revelado que, inicialmente, Donkey Kong Bananza estava sendo planejado para o Nintendo Switch original e que o título só existe por insistência do produtor de Super Mario Odyssey, que impulsionou a ideia de um novo título 3D para Donkey Kong.
Donkey Kong Bananza será lançado em 17 de julho, exclusivamente para Nintendo Switch 2.
Fonte: Nintendo Everything
