O nome “Pauline” só foi oficializado em 1982, na versão norte-americana do arcade, em homenagem a Pauline Reade, esposa de um funcionário da Nintendo of America.
Uma presença apagada pelo tempo
Depois do sucesso nos arcades, Pauline sumiu por um tempo, até reaparecer com destaque no Donkey Kong de 1994, para Game Boy. Embora mantivesse o nome, a personagem ganhou uma repaginada: o jogo apresentou novas mecânicas, um visual mais moderno — incluindo o Donkey Kong com a famosa gravata — e consolidou a identidade definitiva de Pauline.
A partir daí, ela se tornou presença recorrente na série Mario vs. Donkey Kong. Apesar dos sequestros impulsivos de Donkey Kong, a dinâmica entre os dois é peculiar — ele nunca a machuca, sugerindo um misto de amizade e platonicidade que adiciona camadas à relação.
Ela é uma Super Estrela agora
Mesmo após se tornar uma figura recorrente em Mario vs. Donkey Kong, Pauline continuava à margem da fama, restrita a spin-offs que orbitavam duas grandes franquias. Tudo mudou em 2017, com Super Mario Odyssey. Prefeita de uma metrópole vibrante, a personagem voltou aos holofotes com um novo papel — e um outro brilho. Demonstrando talento como cantora, com liderança política e muito estilo, ela rapidamente conquistou o carinho dos fãs.
Um dos momentos mais marcantes desse retorno é a performance de "Jump Up, Super Star!", a animada música-tema de Odyssey. Interpretada por Pauline dentro do jogo, a canção simboliza sua transformação de personagem secundária à estrela carismática do universo Nintendo. Composta por Naoto Kubo, com letra em inglês de Rob Tunstall e vocais de Kate Davis (também creditada como Kate Higgins em algumas fontes), a faixa mistura o ritmo vibrante do jazz com o espírito festivo da big band — refletindo perfeitamente a energia pulsante de New Donk City.
Agora, Pauline terá um papel essencial em Donkey Kong Bananza, onde, após retornar da forma de Pedra Estranha, ela irá ajudar D.K para voltar de onde veio cantando o máximo que puder para ajudar o gorilão a atingir formas Bananza no novo jogo. Pauline ativa transformações Bananza em Donkey Kong — como formas de zebra (para correr sobre a água) ou avestruz (para voar e lançar ovos explosivos).
No modo cooperativo, ela é jogável, lançando projéteis explosivos baseados em materiais do ambiente, como ouro. Com vestígios de seu icônico vestido vermelho, Pauline conecta sua nova faceta jovem à sua história, levantando especulações entre fãs sobre ser uma prequela ou uma transformação mágica.
Cantando para a Glória
Agora, Pauline terá um papel importante em Donkey Kong Bananza. Depois de retornar da forma de Pedra Estranha, ela vai auxiliar Donkey Kong a voltar de onde veio — cantando o máximo que puder para ajudá-lo a atingir as transformações Bananza no novo jogo.
Desde Super Mario Odyssey, Pauline conquistou novos espaços. Tornou-se jogável em Mario Kart Tour e Mario Kart 8 Deluxe, além de participar de Mario Party Jamboree, onde exibe competitividade e carisma em diversos minijogos. Em Super Smash Bros. Ultimate, aparece como espírito. Cada nova participação destaca sua versatilidade — de prefeita elegante a competidora divertida, Pauline deixou de ser apenas a donzela resgatada para se tornar uma mulher forte, autônoma e cheia de carisma.
Hoje, ela finalmente brilha como merece — não apenas como a primeira donzela dos videogames, mas como um símbolo de reinvenção dentro da Nintendo. Entre microfones e corridas de kart, palcos e minijogos, ela mostra que o passado pode se transformar em força — e que personagens esquecidos podem voltar com mais vida do que nunca. Em um universo repleto de cogumelos mágicos, princesas e gorilas gigantes, Pauline é a prova de que toda história merece uma segunda chance — e que algumas delas ainda têm muito a contar.
E você, leitor? Por qual versão conheceu a Pauline: a donzela em perigo dos arcades ou a prefeita estrela de New Donk City? Seja qual for, é impossível ignorar seu brilho.
Revisão: Alessandra Ribeiro
