Depois de um longo período recheado de grandes expectativas (e ansiedade) por parte dos fãs de Hollow Knight, sua tão aguardada sequência, Hollow Knight: Silksong, foi lançada nesta última quinta (04) para diversas plataformas. Em pouco tempo de jogo, já podemos notar que Silksong veio para mostrar que essa espera valeu a pena. A seguir, compartilhamos nossas primeiras impressões sobre a nova aventura estrelada por Hornet.
O vasto mundo de Fiarlongo
A jornada de Hornet não se passa em Hallownest, como no jogo anterior: ela explora Fiarlongo, local gigantesco repleto de regiões como o Vale dos Ossos, os Campos Longínquos e as Docas Profundas. A exploração, por sinal, manteve-se praticamente idêntica a Hollow Knight, com áreas interconectadas e um mapa com o mesmo visual do que era utilizado pelo Cavaleiro.
Logo de início, somos apresentados à trama principal: Hornet foi capturada por insetos misteriosos e levada até Fiarlongo. Ao escapar, ela encontra diversos personagens que a auxiliam com dicas, itens compráveis e explicações sobre o local e seus habitantes. Por sinal, a impressão que fica é que novos personagens e diálogos aparecem com muito mais frequência do que no jogo anterior.
Amigos e inimigos aos montes
Explorar Hollow Knight foi uma experiência única, mas entender sua história sempre foi complexo para mim. Por outro lado, Silksong parece se preocupar mais em inteirar o jogador sobre o mundo ao seu redor e os objetivos (ao menos os principais) de Hornet em sua jornada. Sendo assim, há muitos NPCs para se interagir, com suas vozes e grunhidos bem característicos.
Alguns desses personagens também oferecem missões secundárias, chamadas de “Desejos”. Hornet pode conceder um Desejo completando determinadas tarefas, e ganhando boas recompensas no processo. Acompanhar o andamento dessas missões também ficou bem mais simples, com uma tela própria no menu.
Já os inimigos também são diversos, cada um com sua movimentação e padrões de ataque específicos. Nesse sentido, a herança de Hollow Knight fica evidente, e o combate continua satisfatório e desafiador. Há inimigos que arremessam projéteis explosivos, que avançam sobre Hornet ou que até mesmo não notam sua presença até que sejam atacados. Quando derrotados, rendem fragmentos de carapaça ou rosários (que substituem o Geo do jogo anterior como moeda de troca em lojas).
Visual e trilha sonora impecáveis
Desde os primeiros minutos, com a cutscene inicial e o início da gameplay, Silksong impressiona muito visualmente. Cada cenário é repleto de detalhes que enchem os olhos; há muitos objetos que podem ser removidos, como pedaços de grama, pedras, estacas e por aí vai. Isso contribui para uma imersão ainda maior no mundo de Fiarlongo.
Ainda no início do jogo há também uma boa variedade de cenários: passamos por telas com temas mais florestais, e em pouco tempo exploramos ambientes que remetem a fábricas repletas de poços de lava. Tudo é realmente impressionante: desde o desenho das plataformas até as partículas voando em cada ambiente.
A música e os efeitos sonoros também causam uma ótima impressão: há momentos silenciosos, alguns cenários contam com músicas mais suaves e, claro, as lutas com chefões trazem um impacto sonoro perfeito para a situação (e induzindo aquele estresse e nervosismo típico de Hollow Knight).
Uma nova forma de se movimentar
Hornet conta com movimentos bem diferentes do Cavaleiro do primeiro jogo: além de atacar para baixo na diagonal ao invés de na vertical, a personagem conta com sua icônica agulha, que pode ser aprimorada para ser lançada em inimigos e obstáculos. Os movimentos são muito responsivos e precisos, como é essencial em jogos do gênero metroidvania.
A protagonista também sobe em plataformas automaticamente caso encoste em uma parede numa altura próxima à beirada: isso ajuda muito caso o jogador não calcule sua trajetória perfeitamente antes de pular, além de facilitar a exploração no geral. O ataque para baixo na diagonal também é usado em vários momentos da exploração para ultrapassar espinhos ou buracos mais extensos no cenário.
Há também o brasão de Hornet, onde podemos equipar ferramentas e amuletos. Um grande diferencial do jogo anterior é que, apesar de esses itens serem menos numerosos do que em Hollow Knight, há tipos específicos que podem ser equipados um de cada vez em espaços próprios no brasão. Dessa forma, cabe ao jogador organizar da melhor forma as combinações de ferramentas, amuletos e itens.
Atingindo as expectativas e indo além
Hollow Knight: Silksong já está nos surpreendendo positivamente, mas não esperávamos menos do novo título da Team Cherry. Mesmo com pouco tempo de jogo, já ficou claro que a equipe trabalhou duro para entregar uma experiência completa, que realmente impressiona os jogadores com novas ideias e surpresas.
Claro, é difícil não comparar Silksong com seu antecessor. Afinal, estamos falando de aventuras que se passam no mesmo universo e que contam com visuais, mecânicas e jogabilidade bem semelhantes. Apesar disso, Hollow Knight: Silksong parece não só aproveitar o que já funcionava muito bem em Hollow Knight, mas também inovar e expandir ainda mais o que cativou milhares de fãs ao redor do mundo.
E você, leitor? Já está jogando o título? Fique ligado, pois em breve traremos nossa análise completa da jornada estrelada pela valente Hornet.
Revisão: Vitor Tibério









