Para consertar as relações entre EA e Nintendo a receita é simples: vender mais consoles

Pelo menos isso é o que dizem o representante de comunicações da Nintendo of America e o presidente da EA Labels (responsável pela publica... (por Lucas Palma Mistrello em 15/06/2013, via Nintendo Blast)

Pelo menos isso é o que dizem o representante de comunicações da Nintendo of America e o presidente da EA Labels (responsável pela publicação de jogos de desenvolvedoras subsidiárias dela e que recebem o selo EA), Frank Gibeau, questionados durante a E3 pelo portal Joystic. Para o representante da Big N no Novo Mundo, a relação da empresa com as thirds-parties passa por um momento difícil, e que isso se deve, realmente, ao ainda pequeno número de jogadores com o novo console da Nintendo:
"A EA é uma grande parceira nossa, eles fizeram jogos para nós em nossas plataformas antes. Eles querem o que todas as thirds querem: a base instalada crescer. [...] Estados confiantes que uma vez que os jogos anunciados na E3 sejam lançados entre o final do ano e 2014, eles ajudarão muito no crescimento da base instalada do console, e isso fará a plataforma ser mais atrativa às thirds." 

Para comentar a declaração acima, o portal foi arás do representante já citado da Eletronic Arts, que respondeu com muita sinceridade, ao lembrar das baixas vendas dos consagrados títulos que a desenvolvedora já lançou para o Wii U no início da vida do console:
"Vejam, a única coisa que eles podem fazer para consertar isso [relação com a EA] é vender consoles. Nós somos uma empresa racional, nós vamos onde a atenção está. Nós publicamos jogos onde nós achamos que podemos fazer um grande jogo pode estourar e conseguir uma grande popularidade, e ganhar dinheiro. [...] Este é o porquê de estarmos aqui, e é o porquê de termos uma indústria."
"Para o Wii U nós publicamos quatro jogos. Distribuímos Madden, FIFA, Need for Speed e Mass Efect. De fato, o último Need for Speed [Most Wanted U] foi lançado há 60 dias, foi sucesso de crítica, foi um bom jogo, não foi um um port preguiçoso - nós realmente colocamos um esforço grande para fazer tudo funcionar corretamente - e ele não vendeu bem porque simplesmente não há consoles."
"A Nintendo é uma boa parceira e nunca podemos deixá-los totalmente de lado. Nunca faremos isso, no entanto, no momento estamos focados no Playstation 4 e no Xbox One, e temos perspectivas de observar o Wii U. Nós continuaremos a observá-lo, e se ele se transformar em uma plataforma viável para nossos padrões de popularidade, nós vamos voltar a apoiá-lo."
Esta foi, talvez, a única declaração mais ou menos sincera da Eletronic Arts em relação às diferenças com a Nintendo. Nada de jogar a culpa na Frostbite 3 ou chamar o console de "lixo". O farol vermelho para a Big N já está acesso nesse sentido, nesta E3 a Ubisoft anunciou dois arrasa-quarteirões (The Crew e The Division) que, por enquanto estão de fora do Wii U, e a Square Enix portará Deus Ex: Human Revolution - Director's Cut para Xbox 360 e Playstation 3 para não receber prejuízo no desenvolvimento da nova edição do aclamado título.

No entanto, isso não justifica inteiramente a posição da Eletronic Arts, que publica jogos - especialmente os esportivos - para uma infinidade de plataformas (até mesmo para o morto e enterrado Wii) e a pouca base instalada do Wii U não seria de tanto prejuízo, ainda que levando-se em conta a dificuldade de se programar para o console.


Fonte: Joystic


Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


  1. Apesar de haver lógica nesse pensamento da EA games, eu ainda acho que isso é uma posição muito arrogante. As third-parties esperam que a base instalada que compra seus games surja como mágica, sem que eles precisem fazer nada. Se eles não tomarem a iniciativa de lançarem seus games (decentes, não ports com qualidade inferior), a base instalada continuará sendo a mesma até o fim da vida do console.

    Os jogos lançados até agora pela EA para o WIi U são ports de games que já haviam sido lançados há meses antes do lançamento do console da Big N, para consoles concorrentes. Muitos gamers já possuem suas versões de Mass Effect 3 para PS3 ou Xbox 360, então mesmo que tenham um WIi U, não teriam por que comprá-lo (isso sem falar na coletânea com a trilogia incluindo DLCs não presentes na versão de WIi U, pelo que ouvi falar).

    E não adianta falarem que não venderam bem porque não há consoles. Monster Hunter Tri G/Ultimate vendeu tanto que chegou a dar um boost nas vendas do WIi U no Japão e no Ocidente. Se seus jogos fossem bons, eles venderiam. Como não são, só quem os compra é a sua tão desejada "base instalada", ou seja, os fãs mais fiéis que não se importam com o lixo que a EA produz e nem de pagar mais por conteúdo que deveria ser seu por direito (a.k.a. DLCs).

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Concordo com você, eles não deram um jogo novo pra pelo menos testar como ele iria se saír no Wii U, e deram apenas o Need que já perdeu a sua grandeza a muito tempo, então é fácil falar, os consoles da Sony e Microsoft não vendiam bem no começo mais estavam cheio de jogos da EA, então EA, fecha o cú pra falar da Nintendo.

      Excluir

Disqus
Facebook
Google