Discussão

Altos e baixos da série Paper Mario

Com a proximidade do lançamento de um novo jogo, vale a pena relembrar os bons e maus momentos da série Paper Mario.


A Nintendo anunciou recentemente, sem que ninguém esperasse, um novo Paper Mario. O jogo será lançado em 17 de Julho deste ano e, por isso, o interesse dos fãs está em saber se The Origami King será mais um capítulo memorável ou uma experiência para esquecer. Aqui trago aqueles que considero os altos e baixos da série. E arrisco dizer que a maior parte dos jogadores tende a concordar comigo. Será?

Saltando alto

Dez em dez listas apontam Paper Mario: The Thousand-Year Door, lançado para GameCube em 2004, como o melhor jogo da série. E se você fizer a sua lista ele estará lá também. The Thousand-Year Door brilha nas mecânicas de combate e mescla muito bem a estrutura em turnos do RPG com as características do Reino do Cogumelo. Não bastasse isso, ele é divertidíssimo (ainda que essa seja uma tônica presente em todos os jogos), com personagens carismáticos e um ótimo vilão (que não é o Bowser). Sendo o segundo título nesse universo, The Thousand-Year Door sedimentou o imaginário ideal do que deveria ser seguido, algo que os fãs esperam a cada nova tentativa. Infelizmente, até agora, nada chegou perto.

E o primeiro jogo da série? Ele também é muito bom! Paper Mario, lançado para o Nintendo 64 em 2001, faz ótimo uso dos efeitos 3D e envelheceu muito bem, principalmente por conta da estrutura cartunesca da aventura. Já tínhamos experimentado uma jornada RPG de Mario no Super Nintendo, mas Paper Mario trouxe muitas novidades, incluindo a possibilidade de se jogar com a Peach. Uma experiência muito divertida, que colocou esse mundo de papel no caminho da Nintendo, exigindo uma sequência quase a cada novo console.

Super Paper Mario, lançado em 2007 para o Wii, foi o terceiro game e último a ser lembrado pelos fãs como um acerto. Abandonando os elementos de RPG, este jogo é muito mais uma aventura de plataforma. Apesar de destoar um pouco dos dois primeiros títulos, Super Paper Mario ainda é muito bem escrito, possui um bom uso dos controles do Wii e permite que joguemos com Mario, Luigi, Peach e Bowser. Além de alguns personagens inesquecíveis. Mas como disse antes, foi o começo da queda.

Caindo de cara no chão

Paper Mario: Sticker Star, lançado para o 3DS em 2012 e Paper Mario: Color Splash, lançado para o Wii U em 2016, são, de maneira unânime, os dois piores jogos lançados com esta marca. A única dúvida é qual se afasta mais do encanto dos três primeiros títulos. Paper Mario: Sticker Star foi o único dos cinco a ser lançado para um portátil. Graficamente é muito bonito, e apresenta um desafio consistente. No entanto, ao inserir a mecânica de combate baseada nos stickers e excluir completamente a presença de parceiros durante a aventura (uma característica marcante dos anteriores) esse game descaracterizou o que estava estabelecido anteriormente sem colocar no lugar algo que superasse os sucessos anteriores. O jogo foi tão mal recebido que o lançamento de Paper Mario: Color Splash foi uma surpresa.

Color Splash insere uma nova mecânica, obviamente baseada em cores, e insiste na ausência de outros personagens. Sem muito a oferecer, além do carisma e humor de sempre, e estando em um console que não vingou, esse game parecia ter enterrado a série Paper para sempre.



Mas não foi isso que aconteceu. Paper Mario: The Origami King já está batendo à porta e parece trazer de volta os elementos de RPG dos games mais antigos. No entanto, existe a inserção de novas mecânicas, mostrando que o desejo de inovar é algo constante dentro da Nintendo. Se será um ponto alto ou baixo, ainda não dá para saber. Mas certamente estamos todos ansiosos para verificar.
E, você, quais são os pontos altos e baixos de Paper Mario, na sua opinião? Compartilhe suas impressões nos comentários.

Pesquisador nas áreas de estética e cibercultura com Mestrado em Cultura e Sociedade (UFMA) e Doutorado em Comunicação (UnB). Além de escrever sobre jogos, produz o Podcast Ficções e tem um blog sobre literatura, filosofia e cotidiano.
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