Porém, com puzzles um pouco confusos e uma narrativa cuja mensagem nem sempre é percebida de primeira, aventurar-se pela obra da vida de Mortis Ghost pode resultar em algumas dificuldades. Pensando nisso, nós do Nintendo Blast reunimos nesta matéria algumas dicas para os iniciantes neste curioso e inventivo RPG. Então assuma a sua missão sagrada, caro leitor, e confira a seguir os nossos conselhos para se dar bem nessa aventura!
Exploração é a chave
“Explorar” e “RPG” são duas palavras que costumam andar bastante juntas no universo dos jogos eletrônicos, mas vale reforçar a dica: em OFF, a exploração é a principal chave para a progressão. Isso porque muitos segredos e detalhes da narrativa estão escondidos em diálogos opcionais ou rotas fora do caminho principal.
Da mesma forma, graças à natureza RPG Maker da aventura, interagir com objetos aparentemente decorativos e irrelevantes, como simples caixas, pode render informações, itens e até respostas para enigmas. Sem entrar no campo dos spoilers, um exemplo disso é o puzzle inicial do game — a sequência em que os botões devem ser apertados está escrita no andar de baixo do prédio. Logo, não tenha dúvidas: vale a pena gastar um tempo explorando cada cantinho de cada zona.
Converse com todos os personagens possíveis
Em OFF, os personagens não-jogáveis frequentemente dão pistas valiosas não só para a progressão, mas também para entender a estranha lógica do universo do jogo. Portanto, conversar com todos os NPCs sempre que possível é uma dica importante para entender as mensagens do game e também a sua missão enquanto purificador.
Por fim, não se restrinja à primeira conversa ou impressão: vale lembrar que muitas falas mudam dependendo do seu progresso na aventura e da quantidade de interações com determinados personagens. Use isso ao seu favor para fazer escolhas mais assertivas quando for necessário. E tocando nesse assunto…
Aceite o desconforto
OFF foi idealizado de modo a mexer com as convenções narrativas usuais, como fica claro em seus movimentos de quebra da quarta parede. Logo, a chave para aproveitar ao máximo a aventura é deixar-se levar pela estranheza, sem tentar antecipar (muito) os próximos acontecimentos.
Inclusive, com três finais diferentes para a campanha, a reflexão é inevitável, então não se preocupe em “errar” — cada experiência de conclusão acrescentará algo à compreensão da história, e você provavelmente vai querer jogar de novo para ver os outros fechamentos.
Novidades no sistema de batalha
Uma das grandes novidades da remasterização de OFF foi a repaginada no sistema de batalha do lançamento original de 2008: o modo automático foi removido e agora os inimigos possuem novos indicadores e movimentos durante os confrontos. Honestamente, a simplicidade característica de um jogo desenvolvido em RPG Maker continua bastante perceptível aqui, mas vale a pena entender como funciona a preparação e o critical hit — as duas maiores novidades desta releitura.
Falando primeiro da preparação, de modo similar a RPGs mais modernos, agora há um medidor ao lado das criaturas que sinaliza quando um inimigo está perto de atacar. Sabendo disso, na maioria das vezes, vale a pena mirar primeiro nos espectros mais velozes, que atacam mais vezes por turno — o dano residual pode cobrar um preço elevado em batalhas mais longas, afinal.
Já sobre o critical hit: se o protagonista, algum membro da party ou inimigo estiver brilhando, significa que o seu próximo golpe dará dano crítico. Logo, aproveite essas dicas visuais para se defender ou atacar nas horas mais recomendadas e assim triunfar com mais facilidade sobre os desafios do game.
Pense fora da caixa, sempre!
De modo bastante peculiar, OFF mistura seus puzzles com a narrativa. Logo, se em algum momento você travar, o maior conselho é tentar interpretar o jogo e a situação em si, pois o próprio processo de solução foi concebido como parte da experiência.
Alguns itens, por exemplo, podem parecer comuns, mas terão sua utilidade provada em momentos específicos. Da mesma forma, cartazes e símbolos audiovisuais provavelmente não estão ali por acaso; muitos deles dão pistas ou antecipam eventos, de modo que “pensar fora da caixinha” é uma abordagem praticamente obrigatória para ver a conclusão (ou as conclusões, se você jogar mais de uma vez) da saga do batedor.
E talvez seja esse o grande charme da obra: mais do que um simples RPG, OFF é sobretudo uma experiência narrativa marcada pelo surrealismo e pela constante quebra de expectativas — características exóticas e que ajudam, em parte, a explicar a sua influência em tantas obras lançadas após a sua despretensiosa estreia em 2008.
Fazendo jus a todo esse legado, sua remasterização de 2025 disponível para Switch é a grande oportunidade de descobrir (ou revisitar) a obra e a visão original de Mortis Ghost. Logo, espero que estas dicas ajudem a começar e a aproveitar melhor um dos indies mais influentes da última década!
E estas foram as nossas dicas para OFF. O que achou, caro leitor? Tem alguma outra sugestão para quem vai conhecer este intrigante RPG pela primeira vez? Deixe nos comentários e até a próxima!
Revisão: Vitor Tibério







