A difícil transição de gerações: Análise do apertado ano fiscal da Nintendo

Conforme noticiamos previamente, ontem foi o dia em que a Nintendo matriz, no Japão, divulgaria os seus resultados do ano fiscal de 2012... (por Lucas Palma Mistrello em 25/04/2013, via Nintendo Blast)


Conforme noticiamos previamente, ontem foi o dia em que a Nintendo matriz, no Japão, divulgaria os seus resultados do ano fiscal de 2012, encerrado neste último março, e hoje paramos para analisá-los. E, como os consultores econômicos haviam previsto, o resultado não foi tão positivo. De fato, em relação apenas as vendas de jogos e consoles a Big N teve um prejuízo de 36,4 bilhões - ou mil milhões para os leitores portugueses - de ienes. Todavia, ao serem computados todas as fontes de renda, a Nintendo, por pouco, não fechou no vermelho. Com a ajuda da desvalorização do Iene, a empresa terminou 2013 lucrando pouco mais de 7 bilhões de ienes.

Entenda como se desdobrou o desempenho da Nintendo entre abril de 2012 e março de 2013 nesta análise que preparamos para vocês!

Os números

Neste último ano a Nintendo conseguiu faturar mais de 635 bilhões de ienes (cerca de 12 bilhões de reais ou 4,9 bilhões de euros) nas vendas de jogos e consoles, resultando em uma queda de 1,9 % em relação ao ano passado. Mas desses números de vendas, foram deduzidos 495 bilhões de ienes do custo de produção (aproximadamente R$ 10 bi ou 3,8 mil mi €) , resultando em um lucro inicial de 140 bilhões de ienes (aprox. R$ 2.8 bi e 1,08 mil mi €) , o que por sua vez é necessário ser deduzidos das despesas administrativas relacionada às vendas. Ao serem subtraídos esses valores - 176,764 bi de ienes (R$ 3,5 bi ou 1,3 mil mi €) - o resultado foi um prejuízo operacional de 36,4 bilhões de ienes (R$ 735 mi ou 281 mi € . Isto é, em relação única e exclusivamente em relação somente às vendas, a Nintendo receberia essa última quantia em prejuízo real.

No entanto, as vendas - o chamado lucro operacional - não são as únicas formas onde a empresa fatura. Contando com as demais fontes de faturamento - investimentos, transações, importações, processos - a Nintendo conseguiu lucrar 7,099 bilhões de ienes, aproximadamente 143 milhões de reais ou 54 milhões de euros. E o patrimônio da Nintendo - no geral, contando com prédios, maquinários, terrenos, patentes, ações e etc - aumentou de 1 trilhão e 360 bilhões de ienes para 1 trilhão e 447 bilhões, passou de cerca de 27,6 para 29,2 bilhões de reais ou de 10,5 para 11,1 mil milhões de euros.
A matemática resumida das vendas da Nintendo em 2012. Ainda assim, a empresa lucrou 7,099 bilhões de ienes (aproximadamente 143 milhões reais ou 54 milhões de euros)
Um fato curioso é que boa parte desse lucro "por fora" da Nintendo deveu-se à desvalorização do Iene em relação às demais moedas estrangeiras, um dinheiro que saiu da cartola do Iwata. Por exemplo, hipoteticamente durante uma das transações, os valores foram acertados em determinadas cifras de iene, mas as mercadorias compradas em dólares ou euros. Com a flutuação do valor do iene, ao término da negociação, os dólares ou euros chegam ao Japão valendo muito mais ienes do que quando toda a barganha começou. Bacana, não? Dinheiro feito por mágica. É uma das maravilhas do capitalismo e do desregulamento financeiro do mundo, a (des)serviço da humanidade.

Iwata foi para a presidência da Nintendo of America, e confirma a meta de 100 bilhões de Ienes de lucro operacional para 2013/2014.
Para o próximo ano a Nintendo mantém a meta de 920 bilhões de ienes em vendas (R$ 18 bi ou 7 mil mi €), crescimento de 44,8%, com lucro operacional de 100 bilhões de ienes (R$ 2 bi ou 770 mi €) e lucro total de 55 bilhões de ienes  (R$ 1,1 bi 420 mi €), um gigantesco aumento de 674,7 % nos rendimentos.

As promessas para o próximo ano

Seguir-se-á a transcrição em tradução livre do trecho do relatório em que a Nintendo diz qual será a política para que o ano fiscal de 2013, que se fechará em Março de 2014, faça a empresa aumentar em mais de 670% nos lucros:
Em relação ao "Nintendo 3DS", nós continuaremos a oferecer jogos e serviços que tirem vantagem das características únicas do sistema "Nintendo 3DS" e se esforçaremos em criar "momentos de vendas" fortes o suficiente para expandir a base de consumidores nos mercados fora do Japão. 
Além de melhorar o desempenho do hardware do sistema "Wii U", que foi lançado no último ano, nós iremos enriquecer sua biblioteca de jogos, a que podemos fazer ao demonstrar a natureza do console, e utilizar a nova rede social chamada "Miiverse" para alastrar o valor único do "Wii U" e popularizar o produto.  
Em adição ao apresentado acima, para adaptarmos as mudanças no ambiente que envolve o mercado dos videogames, aumentar o número de vendas e melhorar o desempenho, nós iremos expandir nossos negócios digitais na força de distribuir conteúdo adicional pago e jogos em forma digital. 
Nós reorganizamos as divisões de desenvolvimento para aumentar a eficiência no desenvolvimento de jogos e consoles, e nos esforçarmos para fortificar a concorrência a médio e longo prazo. 
Ainda mais, para podermos oferecer vários novos jogos, nós vamos aprimorar o desenvolvimento conjunto com desenvolvedoras de fora e criar um novo ambiente, como a "Nintendo Web Framework", que habilita os desenvolvedores a criarem jogos para o "Wii U" utilizando "Web Tecnology".


Comentários: Recentemente a Nintendo se mostrou bastante contente com as vendas digitais do 3DS, dizendo que 11% das vendas dos jogos disponíveis tanto fisicamente como digitalmente foram compradas pelo eShop, e no caso de Fire Emblem: Awakening, possivelmente o melhor jogo do console até o momento, foram 1/3 das vendas por meios virtuais. Esse sucesso do eShop, aparentemente, fará com que a Nintendo aumente sua comercialização de DLCs para os jogos (o "conteúdo adicional pago"), algo que por si só já causa frio na espinha da maioria dos jogadores dada as experiências com outras desenvolvedoras.

Resta confiarmos que a Nintendo disponibilizará DLCs como conteúdos realmente adicionais, pequenos luxos ou mimos aos jogadores mais aficionados por determinados jogos. E não como conteúdos que caso não comprados prejudiquem a experiência do jogo inicial - nem DLCs que já venham no disco!

E o foco para o futuro da Nintendo aparenta ser o rápido desenvolvimento de jogos a médio e longo prazo. A reestruturação ocasionada pela fusão das divisões de portáteis e de consoles de mesa pode ajudar a deixar as equipes de desenvolvimento menos engessadas. E assim, não afastando desenvolvedores que desejem tentar algo um pouco mais diferente do que estão trabalhando há algum tempo, privilegiando a criatividade de suas equipes

A Big N também pretende ampliar o interesse de estúdios independentes para desenvolverem para seus consoles disponibilizando mais facilmente seus kits de desenvolvimento, além de permitir e incentivar intercâmbio de informações entre as diferentes criadoras (se elas colaborarem também, claro). Compartilhando as possibilidades e avanços dos jogos.

As vendas da Nintendo:

  • Nintendo DS: Consoles / Jogos - Ano passado: Consoles / Jogos

Japão:  10.000 / 5.060.000 - 230.000 / 7.770.000 
Queda de 95,6% na venda de consoles / Queda de 34,8% na venda de jogos
Américas:  2.110.000 / 17.630.000 - 2.620.000 / 32.950.000
Queda de 19,5% na venda de consoles / Queda de 46,5% na venda de jogos
Resto do Mundo: 230.00 / 10.680.000 - 2.250.000 / 20.110.000
Queda de 89,8% na venda de consoles / Queda de 46,9% na venda de jogos

Total 2012: 2.350.000 / 33.380.000 - Total 2011: 5.100.000 / 60.820.000
Queda de 54% na venda de consoles / Queda de 55,2 % na venda de jogos

Jogos mais vendidos no ano: Pokémon Black & White 2: 7,81 milhões 

Vendas desde o início da vida:
153.870.000 consoles / 933.690.000 jogos

Previsão 2013: 10.000.00 jogos
Queda de 71,1% nas vendas de jogos

Durante o ano fiscal de 2013 (Abril 2012 - Março 2013), foram lançados para o DS 17 jogos no Japão, 44 nas Américas e 74 nos demais continentes. Até o momento foram vendidos mais de cento e ciqüenta milhões de DS ao redor do globo e quase um bilhão ou mil milhões de jogos. A Nintendo prevê vender mais dez milhões de jogos até Março de 2014.

Comentários: Como era de se esperar, as vendas do DS caíram pela metade, tanto para consoles quanto para jogos, mas ainda assim, a venda de softwares mantém o fôlego dada a retrocompatibilidade do 3DS, e claro, o lançamento de Pokémon Black & White 2. Tudo isso ajudou o portátil se consolidar como console mais vendido de todos os tempos. O destaque é o alto número de vendas do console e seus jogos nas Américas, muito maior que nas demais regiões, enquanto isso, o novo mundo teve um aumento menor que o japonês em vendas de 3DS. Aparentemente, nosso continente é o local onde mais se resiste à transição geracional dos portáteis da Nintendo.

Mas, para a tristeza do público nintendista, a Nintendo não tem previsão de vendas de hardware para o próximo ano, dando a entender que a fabricação do DS deve ser descontinuada ao longo de 2013/14.

  • Nintendo 3DS: Consoles / Jogos - Ano Passado: Consoles / Jogos

Japão: 5.690.000 / 21.160.000 - 4.790.000 / 11.130.000
Aumento de 15,9% na venda de consoles / Aumento de 90,1% na venda de jogos
Américas: 4.270.000 / 16.170.000 - 4.670.000 / 12.640.000
Queda de 8,6% na venda de consoles / Aumento de 21,9% na venda de jogos
Resto do Mundo: 4.000.000 / 12.280.000 - 4.060.000 / 12.220.000
Queda de 1,5% na venda de consoles / Aumento de 0,5% na venda de jogos

Total 2012: 13.950.000 / 49.610.000 - Total 2011: 13.530.000 / 36.000.000
Aumento de 3,1% na venda de consoles / Aumento de 37,8% na venda de jogos 

Jogo mais vendido: New Super Mario Bros. 2: 6,42 milhões

Vendas desde o início da vida: 31.090.000 consoles / 95.030.000 jogos

Previsão 2013: 18.000.000 consoles / 80.000.000 jogos
Aumento de 29% na venda de consoles / Aumento de 61% na venda de jogos

Ao decorrer do último ano fiscal (Abril 2012 - Março 2013), foram lançados 97 jogos do 3DS no Japão, 77 nas Américas e 84 no resto do planeta. Até o momento, o console já vendeu trinta e um milhões de unidades e noventa e cinco milhões de jogos. Para 2013/2014, a Nintendo quer vender mais 18 milhões de consoles e 80 milhões de jogos.

Comentários: Apesar de ser o carro chefe da Nintendo nos últimos tempos, o 3DS teve queda de vendas fora do Japão, especialmente nas Américas, com 400 mil consoles a menos vendidos, o que não é tão preocupante porque, em relação aos jogos, o arquipélago nipônico teve crescimento excepcional, e as Américas um bom aumento, enquanto nos demais continentes, praticamente não houve números maiores. Inclusive, as cifras dos jogos ainda são muito próximas das vendas de softwares do DS (ou menores, como nas Américas). Isso - aliado ao baixíssimo número de consoles DS vendidos no Japão em relação aos jogos - revela a eficácia da retrocompatibilidade.

O que é curioso nos dados do 3DS é a proporção de jogos para cada console, nos números de vendas desse ano: foram vendidos pouco mais de 3,5 jogos para cada console, e em toda sua vida, 3,05. A título de comparação, a mesma proporção (contando o total de vendas em todos os anos) para o DS passa dos 6 jogos por aparelho.

Aparentemente, esses dados revelam que existem no 3DS jogos em específico que são procurados pelo público, sendo talvez, Animal Crossing: New Leaf (que já vendeu mais de 3 milhões de unidades apenas no Japão), um exemplo. Isto é, no caso do 3DS há um número grande de jogadores que compram o console para jogar por volta de três jogos em especial.

E por isso que a queda de vendas de consoles nas Américas não é tão preocupante, pois a venda de jogos aumentou expressivamente. Os jogadores americanos que já possuem o 3DS continuam fiéis, e estão variando um pouco sua biblioteca: se no passado foram vendidos 2,7 jogos por console, neste ano aumentou em um jogo, indo para 3,78. Enquanto isso, no resto do planeta, tudo se manteve muito estável.

Já a previsão da Nintendo para 2013/2014 tentará "mudar" um pouco esse quadro - se é que é necessária uma mudança. Para o próximo ano, ela almeja aumentar a proporção mais um pouco, e vender 4,4 jogos para cada console comercializado, à medida que almeja aumentar oito vezes mais o crescimento nas vendas de consoles em relação a esse ano.

  • Nintendo Wii: Consoles / Jogos - Ano Passado: Consoles / jogos

Japão: 26.000 / 4.320.000 - 860.000 / 9.000.000
Queda de 97% nas vendas de consoles / Queda de 52% nas vendas de jogos
Américas: 2.050.000 / 27.130.000 - 4.530.000 / 53.690.000
Queda de 54,8% nas vendas de consoles / Queda de 49,5% nas vendas de jogos
Resto do Mundo: 1.680.000 / 19.150.000 - 4.450.000 / 39.680.000
Queda de 62,3% nas vendas de consoles / Queda de 51,8% nas vendas de jogos

Total 2012: 3.980.000 / 50.610.000 - Total 2011: 9.840.000 /102.370.000
Queda de 59,6% nas vendas de consoles / Queda de 50,6% nas vendas de jogos 

Jogo mais vendido: Mario Party 9: 1 milhão

Vendas desde o início da vida: 99.840.000 consoles / 869.060.00 jogos

Previsão 2013: 2.000.000 consoles / 22.000.000 jogos
Queda de 49,8% nas vendas de consoles / Queda de 56,8% nas vendas de jogos

Durante o ano fiscal de 2013 (Abril 2012 - Março 2013), foram lançados para o Wii 11 jogos para o Japão, 47 nas Américas e 56 no resto do mundo. Até o momento foram vendidos quase cem milhões de Wii em todo o planeta e pouco menos de oitocentos e setenta milhões de jogos. Para março de 2014 as previsões da Nintendo são de vender dois milhões de consoles e vinte milhões de jogos, o suficiente para o Wii ultrapassar a marca de 100 milhões de vendas.

Comentários: Como é possível perceber também no DS, o Japão é a área que mais rapidamente migra de uma geração para outra. As vendas do Wii, tanto em consoles como em jogos, foram muito, mas muito menores por lá. A retrocompatibilidade do Wii U também ajuda a enterrar o seu antecessor um pouco mais fundo, isto podemos perceber pela alta quantidade de jogos que ainda são vendidos, e uma proporção 16 vezes maior que de aparelhos. O fato também de que seu irmão mais novo utiliza os mesmos controles para alguns modos de jogos também deve encorajar muitos jogadores e recuperarem o tempo perdido na biblioteca do Wii.

Mas o número de donos de Wii U ainda deve ser bem reduzido para fazer tamanha diferença, o que podemos concluir é que a biblioteca do Wii é muito boa e existem muitos Wiis nas casas dos nintendistas pelo globo. A gama de jogos do console continuou a movimentar o mercado ao redor do globo mesmo com uma época quase sem lançamentos de peso. As vendas de jogos se mantiveram expressivas fora do Japão, ainda que caindo, normalmente, pela metade.

Os números do console não deixam de ser impressionantes levando em conta que ele já estava morto e enterrado há quase um ano; com exceção da chegada dos JRPGs de peso, o clima já era de despedida desde o lançamento de The Legend of Zelda: Skyward Sword em 2011. Uma pena, pois a Big N poderia realizar um esforço para lançar, pelo menos, um par de títulos com séries fortes, como, por exemplo, um novo F-Zero, ainda que pouco ambicioso ou revolucionário em sua jogabilidade. Já seria o suficiente para agitar muito o mercado do Wii (além de aproveitar a retrocompatibilidade do Wii U).

Ainda assim, o Wii caminha para atingir a marca de 100 milhões de unidades vendidas ao redor do globo e se distancia como o console de mesa mais popular da história da Nintendo e de sua geração.
  • Nintendo Wii U: Consoles / Jogos

Japão: 920.000 / 1.730.000
Américas: 1.520.000 / 7.280.000
Resto do Mundo: 1.010.000 / 4.400.000

Total 2012: 3.450.000 / 14.320.000

Jogo mais vendido: New Super Mario Bros. U: 2,15 milhões

Previsão 2013: 9.000.000 consoles / 38.000.000 jogos
Aumento de 160,8 % nas vendas de consoles / Aumento de 165,3 % nas vendas de jogos

Durante este último ano fiscal (Abril 2012 - Março 2013), foram lançados 20 jogos do Wii U no Japão, 44 nas Américas e 37 nas outras regiões do planeta. No total, foram vendidos 3,45 milhões de consoles até o fechamento do ano, perto, mas abaixo da meta de 4 milhões de aparelhos nas casas dos nintendistas. Foram vendidos 14 milhões e trezentos mil jogos para o Wii U nesse período. A previsão da Nintendo é de vender 9 milhões de consoles e 38 milhões de jogos até março de 2014

Comentários: Inegavelmente os primeiros meses da vida do Wii U foram mais frios do que se imaginavam, a meta de 4 milhões de consoles vendidos não foi alcançada. Tanto Reggie quanto Iwata já reconheceram que o ritmo do lançamento de jogos foi mais devagar que o ideal, com alguns títulos que aparentavam estar em estágio avançado de desenvolvimento serem adiados em meses. Ainda assim, ambos prometeram uma E3 gorda para o Wii U daqui a pouco menos de dois meses, e que terá um formato diferente do usual, será algo mais direto. Com conferências menores e mais jogos em exposição e disponíveis para jogatina.

Outra informação muito importante, é que, ao contrário do que poderia se imaginar a primeira vista, o mercado americano foi o principal nicho do Wii U. Especialmente no que diz respeito aos jogos: foi lançado mais que o dobro de títulos por lá, e a proporção de jogos por donos do console no novo mundo é muito maior que no Japão. Para cada Wii U são 1,8 jogos no arquipélago nipônico, enquanto o número é 4,7 nas Américas e 4,3 nos outros continentes. É uma diferença gritante.


Aparentemente a, altamente criticada, estratégia de publicar ports "atrasados" de sucessos já lançados anteriormente para a concorrência deu certo. Talvez não para carregar o console nas costas, e alavancar suas vendas, mas é palpável acreditar que os donos do Wii U se interessaram e adquirir os ports, seja por não terem acesso a eles quando donos do Wii ou pelas características adicionadas à jogabilidade pelo GamePad.

O sucesso do console nas Américas pode estar por trás da decisão de Iwata assumir o cargo de CEO da Nintendo of America, pois, de acordo com o próprio relatório da Nintendo, as vendas fora do Japão corresponderam a 67,1% do comercializado pela Big N. E isso salvou os cofres da Nintendo este ano, pois o grosso do que foi lucrado deveu-se à desvalorização do Iene em relação às moedas estrangeiras durante as negociações.

E vocês, concordam a análise? Ou pensam de maneira diferente? Qual é a avaliação de vocês, leitores, do ano fiscal de 2012 para a Nintendo?

Confira o relatório completo em inglês: Nintendo.co.jp

Capa: Daniel Machado

Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


  1. Equipe N Blast o texto deste post (com algumas falhas de revisão, diga-se de passagem) é muito interessante, mas deveria ser evitado.
    O portal Nintendo Blast segue uma linha editorial que não comporta este tipo de cobertura. Acho interessante abrir o leque de opções dos leitores e deixá-los com repertório suficiente para discutir não somente os games, mas a indústria dos games com quem quer que seja, mas para tudo deve haver um grau de coerência nas intenções.

    Abraços

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  2. Cara, é muito incoerente, para não dizer bizarro, alguém que goste tanto de games ser tão contra o livre mercado e seu principal defensor. Por que não procura entretenimento eletrônico provido de Cuba, Coreia do Norte ou China? Ah, sim, videogames são banidos desses lugares.

    Não é a primeira vez que percebo isso nos textos do Lucas, o que não é de se surpreender, uma vez que é estudante de história (e como tal, doutrinado pra a esquerda). Siga a ideologia que quiser, mas, por favor, seja coerente.

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