Vem aí

Prévia: Prontos para reimaginar a série Zelda? A Link Between Worlds vem aí para abalar as estruturas da franquia no 3DS

O 3DS foi palco de um grande desejo por parte dos fãs da série Zelda em ver releituras dos capítulos Majora’s Mask (N64) e A Link to the... (por Rafael Neves em 04/11/2013, via Nintendo Blast)


O 3DS foi palco de um grande desejo por parte dos fãs da série Zelda em ver releituras dos capítulos Majora’s Mask (N64) e A Link to the Past (SNES). Mesmo que a excelente remasterização de Ocarina of Time (N64) para o portátil tenha dado a entender que o natural seria recriar Majora’s Mask, a decisão da Nintendo seguiu o caminho do clássico para Super Nintendo. Um remake de A Link to the Past? Isso seria indiscutivelmente uma ótima pedida, mas a Big N foi mais longe: decidiu dar continuidade a essa pérola com um jogo novo. E assim surgiu The Legend of Zelda: A Link Between Worlds (3DS). Seguindo o estilo tradicional de visão superior, mas inovando em diversos aspectos e convenções da franquia, A Link Between Worlds está prestes a ancorar no 3DS como o grande lançamento de novembro (Super Mario 3D World que se cuide!) .


Um pouco de nostalgia nunca é demais


Desde o seu primeiro anúncio oficial, A Link Between Worlds foi apresentado como um sucessor de A Link to the Past. Mesmo sendo uma sequência espiritual, a semelhança não é só sugerida no nome ocidental, como também, no Japão, ele é chamado de Triforce of the Gods 2. De fato, as aparências fazem jus às inspirações. A perspectiva é superior, lembrando os capítulos bidimensionais da saga, e o esquema de controles é tradicional (por botões, e não mais pela touchscreen como no DS). Somado a isso, temos um Light World com a mesma geografia do que vimos em A Link to the Past, e o esquema de explorar dungeons, superar puzzles e cumprir missões secundárias está de volta.


D
Remake de A Link to the Past? Quem vê até pensa
Mas não ache que A Link Between Worlds é apenas “mais um Zelda”. Seguindo a ideologia iniciada em Skyward Sword (Wii) e que promete chegar ao seu expoente máximo no aguardado Zelda para Wii U, esse capítulo para 3DS vem com a premissa de romper com alguns padrões da franquia. Em vez do clássico esquema de visitar um calabouço numa ordem pré-determinada, obter um item lá dentro, utilizá-lo em seu interior para resolver os enigmas e talvez nunca mais tocar as mãos nele outra vez, temos a loja de Ravio.  O estranho sujeito com máscara de coelho é dono de um comércio secreto de itens. Em sua loja, podem ser encontrados desde os utensílios mais tradicionais (como o bumerangue e o arco) até as novíssimas bugigangas de Link (a exemplo do desconhecido item que permite ao heroi voar).

De trás para frente: Ainda não dá para falar muito sobre a trilha sonora de A Link Between Worlds, mas um detalhes interessante sobre ela foi recentemente encontrado pelos fãs. Quando tocada de trás para frente, a canção de um dos trailers do jogo revela a melodia tocada no Castelo de Hyrule de A Link to the Past. Confira a descoberta.

Ta aí um item não recomendado
para quem usa saia

Então temos um novo Zelda?

Basicamente, o que parece vir adiante é uma grande experimentação de como a franquia pode evoluir. Agora, podemos explorar os calabouços e templos na ordem que quisermos, e a troca de itens será feita alugando o utensílio necessário para a dungeon que você quiser adentrar. Inicialmente, vamos ter que ou alugar os itens temporariamente por um valor razoável ou pagar um grande número de rupees para tê-lo pelo resto da aventura. Mas será que isso é o bastante para afastar a sensação de “mais do mesmo” que as inúmeras semelhanças com A Link to the Past trazem?

Bom, ainda tem mais algumas novidades a caminho. O grande aspecto inovador de A Link Between Worlds é a habilidade que Link tem de se transformar numa espécie de hieróglifo, uma imagem bidimensional que se movimenta pelas paredes. Pelo que pudemos testar na E3 2013, a nova mecânica traz mais profundidade à resolução de puzzles. E é bom que traga mesmo, pois, pelo que vimos até agora, muitos dos enigmas, inimigos e chefes vistos no jogo são praticamente os mesmo de A Link to the Past. Será que não estão apostando demais na nostalgia?

Paper Zelda? Quase isso

Um reino a ser salvo

Sabemos que A Link Between Worlds vai se passar muitos anos após A Link to the Past (ou seja, o heroi não é o mesmo). Mais especificamente, o game foi posicionado, segundo a cronologia da franquia, entre Link’s Awakening (GB) e o primeiro The Legend of Zelda (NES). Dessa vez, Zelda será de fato uma princesa, mas ainda não sabemos exatamente qual papel ela irá exercer na trama. Será apenas a donzela a ser resgatada? Ou quem sabe uma fiel companheira como em Spirit Tracks (DS)

Só o que podemos dizer é que Zelda não será a única princesa do jogo. Hilda será sua contraparte do estranho mundo de Lorule. O que antes pensávamos que seria o Dark World responde por outro nome e traz não apenas uma geografia diferente da vista no SNES, mas inimigos e personagens igualmente novos. Para entrar em Lorule, Link terá de se transformar em hieróglifo e adentrar fissuras especiais nas paredes. Temos também uma estranha Triforce de coloração negra exposta na caixa do jogo que, segundo Satoru Iwata, desempenhará papel importante no roteiro do jogo. Embora os detalhes do enredo do game sejam ainda escassos, temos a notícia de que cutscenes irão contar a história. Ou seja, a guinada mais cinematográfica de Skyward Sword não parece se resumir apenas aos Zeldas de console. 

Venha para o lado negro da forç... digo, de Hyrule
E, afinal, teremos Ganon para apimentar o roteiro? Ainda não temos certeza se o grande vilão da série aterrorizará Hyrule desta vez, mas, por enquanto, temos confirmado um vilão que se parece muito com uma versão andrógena de Ganondorf. Yuga compartilha alguns aspectos estéticos com ele, mas parece ser mais um feiticeiro, além de poder transformar-se em uma figura bidimensional, assim como Link. E, como se não bastasse, Dark Link foi mostrado em uma das artworks do jogo!

Segredo a desmascarar: Lembra que dissemos que muitos fãs esperam por um remake em 3D de Majora’s Mask? Pois bem, a Nintendo anda escutando esse apelo e parece preparar uma surpresa para quem jogar A Link Between Worlds. O primeiro indício disso foi o fato de estar bem visível a Majora’s Mask na loja de Ravio. Posteriormente, Eiji Aonuma, produtor do novo jogo para 3DS, riu quando foi perguntado sobre uma releitura de Majora’s Mask, mas, um pouco depois, disse que, no final de A Link Between Worlds, haverá algo relacionado a esse clássico de N64. Fãs das aventuras de Link por Termina, cruzem os dedos!
Eu sou a mosca que pousou nas
teorias de todos os fãs

O Zelda do 3DS

A Link Between Worlds parece estar pronto para disputar com Ocarina of Time 3D pelo posto de principal Zelda do 3DS. Muitos são os aspectos que nos fazem estar bem ansiosos pelo lançamento deste grande título. A possibilidade de revisitar o mundo de A Link to the Past na tradicional jogabilidade antiga da série, a grande mudança no esquema de itens da franquia e o enredo que temos para desvendar. Mas, como todo lançamento, há motivos para ter dúvida quanto à qualidade do título. Será que reutilizar o mapa do SNES não é uma maneira de reduzir os custos? 

Embora seja uma novidade, será que o aluguel de itens vai mesmo superar o tradicional sistema de obtenção de bugigangas? E será que os visuais realmente vão aproveitar todo o potencial do 3DS?
Prepare-se para passar muito tempo nessa loja
Quando tocamos no assunto do potencial do portátil aproveitado, mais dúvidas vêm à mente. E a maior delas é acerca do símbolo da Nintendo Network estar na caixa do jogo. Será que vem por aí um multiplayer online à lá Phanton Hourglass (DS) ou Four Swords (GBA)? Ou será que se refere à recorrente prática da Nintendo de implementar DLCs em seus lançamentos? As dúvidas são muitas, mas algo que é indubitável é a ansiedade pelo lançamento de The Legend of Zelda: A Link Between Worlds. O momento de empunhar a Master Sword pela segunda vez no 3DS está mais próximo do que nunca.



The Legend of Zelda: A Link Between Worlds (3DS)
Desenvolvimento: Nintendo
Gênero: Aventura RPG
Lançamento: 22 de novembro de 2013
Expectativa: 4/5


Revisão: Vitor Tibério
Capa: Douglas Fernandes

Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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