Meus jogos favoritos de 2020 — Juliana Paiva Zapparoli

Os redatores do Nintendo Blast falam sobre os títulos que mais curtiram entre os lançamentos deste ano.


2020 não foi um ano fácil. Muitas coisas, boas e ruins, aconteceram. Este ano, tive a oportunidade de integrar a equipe do Nintendo Blast, algo que considero um marco importante na minha vida; foi também colaborando com este time maravilhoso que pude descobrir jogos que me tiraram da minha zona de conforto.

Como fim de ano é época de retrospectiva, tentarei sumarizar para vocês, leitores e leitoras do Nintendo Blast, os jogos dos mais diversos gêneros que marcaram este meu ano de 2020.

Tokyo Mirage Sessions #FE Encore (Switch)

Em janeiro, este crossover entre Fire Emblem e Shin Megami Tensei, originalmente lançado para Wii U, chegou ao Switch. Em Tokyo Mirage Sessions #FE Encore, acompanhamos Itsuki Aoi e Tsubasa Oribe em sua jornada como novos membros da Fortuna Entertainment. No entanto, o que para eles seria apenas uma porta de entrada para o mundo do entretenimento acaba se tornando uma aventura de outra dimensão — literalmente.

Além de ser um prato cheio para os fãs de duas franquias distintas, é também uma aula sobre a indústria de entretenimento japonesa, regada por músicas que vão desde J-pop até as tradicionais baladas japonesas e combates cheios de carisma, luzes e combos.

Streets of Rage 4 (Multi)

Abril trouxe consigo um pedacinho da minha infância com o lançamento de Streets of Rage 4. Para quem cresceu com um Mega Drive, as horas que passei em frente da TV de tubo jogando o primeiro jogo da franquia beat ‘em up em companhia da minha irmã, este quarto título não só me encheu de nostalgia como também me permitiu descer a pancadaria em um jogo que consegue ser retrô e atual ao mesmo tempo.

Collar × Malice (PS Vita/Switch)

Ávida leitora desde que aprendi o bê-á-bá, ainda na adolescência tornei-me fã de Agatha Christie e seus romances policiais cheios de suspense e mistério. Em junho, a Aksys Games trouxe ao Switch um port da visual novel otome Collar × Malice e, em agosto, Collar × Malice -Unlimited-, continuação até então inédita no Ocidente do jogo desenvolvido pela Otomate e Idea Factory.

Para muitos, visual novels são sinônimos de desenvolver o relacionamento romântico entre dois personagens, mas, no caso de Collar × Malice, o romance fica em segundo plano e a trama dá destaque às investigações policiais de Ichika Hoshino e mais cinco rapazes excêntricos e únicos, que devem, a todo custo, descobrir a verdade por trás da organização misteriosa Adonis e seu conceito de justiça.

The Almost Gone (Multi)

Indies também fizeram parte da minha biblioteca de jogos em 2020. Em junho, a PlayDigious publicou The Almost Gone, um dos melhores puzzles estilo point-and-click que já joguei. Mas o que faz deste jogo desenvolvido pela Happy Volcano tão especial, a ponto de merecer esta menção honrosa, é, sem dúvida, sua temática.

Além de temas pouco abordados em jogos, a imersão proporcionada por The Almost Gone, aliada ao raciocínio lógico que o título exige, posso afirmar sem hesitação de que se trata de um achado único em meio a tantos outros indies disponíveis no mercado.

The Language of Love (Multi)

Outubro me pegou desprevenida com The Language of Love, uma visual novel linear para lá de atual. Embora não dê para fazer escolhas ao longo da trama, vemos o desenrolar do relacionamento entre Mitsuki, um rapaz de 23 anos sem perspectiva alguma na vida, e Kyouko, uma mãe solo de 24 anos que tenta dar o melhor para sua filha, a pequena Tama.

Com uma narrativa verossímil que trata de assuntos importantes e atuais esomada a uma trilha sonora imersiva, o jogo conta sobre as dificuldades do convívio em sociedade e como os relacionamentos interpessoais, românticos ou não, impactam a vida das pessoas.

Touhou Spell Bubble (Switch)

Outro lançamento de outubro, porém que só consegui jogar agora em dezembro, Touhou Spell Bubble é um crossover desenvolvido pela Taito e que une de maneira única dois gêneros distintos: puzzle e ritmo. Com 20 personagens da franquia criada por ZUN e quase 50 músicas no acervo (sem contar os pacotes DLC), é um jogo com alta rejogabilidade e um excelente multiplayer local para dois jogadores — de quebra, o título ainda conta com diversos ilustradores e dubladores famosos.

E que venha 2021

2020 está chegando à reta final. Daqui a duas semanas já daremos boas-vindas ao primeiro dia de 2021. Em meio a tanto caos, às vezes tenho a impressão de que o ano passou rápido.

Nunca sabemos ao certo o que esperar do futuro, especialmente depois de um ano que deixará marcas profundas na História. De todo modo, é hora de virarmos esta página e nos prepararmos para o que está por vir, certo?

Desejo-lhes os meus mais sinceros votos de boas festas e um 2021 repleto de realizações e conquistas.


 

Revisão: João Pedro Boaventura


Também conhecida como Lilac, é fã de jogos de plataforma no geral, especialmente os da era 16-bits, com gosto adquirido por RPGs e visual novels ao longo dos anos. Fora os games, não dispensa livros e quadrinhos. Prefere ser chamada por Ju e não consegue viver sem música. Sempre de olho nas redes sociais, mas raramente postando nelas. Icon por 0range0ceans
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