Blast from the Past

Paper Mario: a trajetória da franquia até o remaster de The Thousand-Year Door

A jornada do herói de papel e por que Paper Mario tem sua importância entre as franquias da Nintendo


Paper Mario
é um RPG (sim, um RPG) que nasceu no Nintendo 64, em 2000 no Japão, viajando para o resto do mundo no ano seguinte. O que pouca gente sabe é que o projeto iria ser tocado, originalmente, pela Squaresoft (Square Enix antes do fim do mundo), pois ela já tinha uma parceria de sucesso com a Nintendo e o Super Mario RPG. O que aconteceu então? A Square estava ocupada com o desenvolvimento de Final Fantasy VII e brigada com a Nintendo, então o desenvolvimento ficou a cargo da Intelligent Systems.

O Primeiro Paper Mario recebeu críticas muito positivas, ficando em 63º lugar no ranking de "Top 200 Games" da revista Nintendo Power em 2006. O jogo é basicamente o jogador controlando o Mario e seu martelo para superar obstáculos e resolver quebra-cabeças divertidos, com toda ambientação e carisma dos jogos do Super Mario, em uma perspectiva artística diferente. Em 2004, Paper Mario: The Thousand Year-Door iria ser lançado para o GameCube e voltaria grandioso para o Nintendo Switch hoje!

Os recortes de uma recordação

 
O primeiro Paper Mario foi um sucesso no Nintendo 64. A proposta era trazer algo como um Super Mario RPG mais leve e acessível, se afastando um pouco da experiência de plataforma da franquia. Como era de se esperar, o jogo possui um enredo simples e lúdico, como é costume da franquia Mario. O bigodudo e Luigi são convidados para uma festa no castelo da princesa do Reino Cogumelo, mas um terremoto interrompe os eventos. Porém, tudo se trata de uma armadilha do vilão Bowser, que captura o castelo e a princesa. Mario deve partir para salvar o dia mais uma vez!


Obviamente, tudo que é bom tem continuação, e não demorou para uma sequência do aclamado título aparecer! Paper Mario: The Thousand-Year Door foi lançado em 2004 para o GameCube, com diversas melhorias! Um novo vilão aparece para roubar a vez e a princesa Peach: Grodus. Aqui, novamente o Mario conta com a ajuda de seus fiéis companheiros. Existem habilidades para cada personagem e o sistema de batalha é extremamente divertido. Aqui, tudo é elevado à décima potência: gráficos mais bonitos, trilha sonora memorável, jogabilidade, diversão!

Os papéis começam a mudar

Bem, o show tem que continuar e, de vez em quando, algumas coisas precisam mudar. Em 2007, tivemos Super Paper Mario para o Nintendo Wii. Os gráficos continuam belíssimos, seguindo o mesmo estilo de arte do anterior, além de manter, também, o tom lúdico e bem-humorado. O que mudou então? 
Para tentar tirar mais proveito dos controles de movimento do Nintendo Wii, o jogo abre mão dos elementos de RPG e caminha mais para o clássico estilo de plataforma. Isso significou o fim das batalhas de turno, e alguns fãs não ficaram nem um pouco satisfeitos. Porém, o jogo mostra qualidade e consegue agradar a maioria dos admiradores do encanador bigodudo.


Paper Mario: Sticker Star pousou no Nintendo 3DS em 2012, aumentando a já incrível biblioteca do que, para mim, é o melhor portátil da Nintendo. O fim das batalhas de turno continua a incomodar alguns fãs neste título, porém outras características fizeram esse jogo não ter o mesmo brilho dos anteriores. A trama, que já era simples, foi simplificada um pouco mais, e Mario conta apenas com um companheiro de aventura. A diversidade de inimigos no mundo também foi reduzida, além dos NPCs que são todos praticamente "Toads" por onde você vai! Isso impactou as críticas que o jogo teve, mas não fez a Nintendo desistir da franquia.

Tentando Fazer o seu papel

Podemos dizer que Paper Mario: Color Splash tem dois problemas graves, ter sido lançado por um console que já não era um grande sucesso e o próprio jogo em si. Lançado em 2016, o jogo repete os erros dos títulos anteriores, como a falta dos elementos de RPG, ausência de amigos de jornada e pouquíssima variedade de personagens nos cenários. O jogo é bonito, como de costume, e a trilha sonora, cativante. A história é simples, porém convincente, e o jogo tenta inovar em alguns aspectos, como o foco em cores (algo que lembraria Super Mario Sunshine).


É então que em 2020 temos o Paper Mario: The Origami King para o Nintendo Switch como uma tentativa de redenção da franquia com os seus fãs. O estúdio escolhido é novamente a Intelligent Systems, que reformulou algumas mecânicas do jogo, como o combate, para tentar deixar a experiência um pouco parecida com o primeiro título da saga. Contudo, o combate em arena circular acabou deixando a jogabilidade superficial e sem muitas escolhas para o gameplay.

O vilão agora é King Olly, que dá férias de vilania para o querido Bowser e instaura o caos no Reino Cogumelo ao transformar a Princesa Peach e os demais habitantes em origamis bizarros. Além disso, ele também sequestra o castelo da princesa e o leva para uma montanha gigante. Assim, Mario parte, com a ajuda do irmão do vilão, para salvar o mundo e acabar com os planos do rei origami. Contudo, o título não foi uma unanimidade. Alguns apontam as estratégias do combate como rasas e repetitivas, além dos puzzles serem considerados, por alguns, um tanto quanto tediosos.


E cá estamos nós em 2024 com Paper Mario: The Thousand-Year Door, o tão esperado relançamento do mais icônico e amado jogo dessa franquia. O que esperar? Voltaremos às batalhas de turno? Como serão os gráficos, a trilha sonora e a história? 
Uma coisa é certa, a contar pelo recente sucesso do bem-sucedido Super Mario RPG para o Nintendo Switch, acredito que sim, podemos criar grandes expectativas para esse relançamento. Já temos uma prévia fresquinha aqui na Nintendo Blast, que tal você conferir? E aí, vocês vão comprar o jogo? Já estão jogando?

Revisão: Cristiane Amarante

Apaixonado por JRPG, fanboy de Final Fantasy, gosta de um bom papo de boteco com cerveja e Rock'n Roll. Escreve para a Game Blast pois sonha em ser escritor.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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