Discussão

Ainda vale a pena manter um Wii U em 2020?

Mesmo abandonado diante do sucesso do Switch, eu acredito que o Wii U ainda tem algo a oferecer em 2020. E aqui explico os motivos.


O Wii U foi uma promessa que não se cumpriu e que, infelizmente, ficou na história como um dos consoles de maior fracasso da Nintendo. Ainda assim, principalmente para quem não se apegar à fama de pior produto que já existiu, é possível ver muita coisa boa que o ele trouxe. No entanto, com o sucesso do Switch e a total ausência de suporte à plataforma, ainda vale a pena mantê-lo em 2020? Eu acho que sim. Mas tem uma ressalva (e bem importante): acredito que faz sentido manter o que você já tem, e não comprar um agora. Mas o quê, exatamente, o Wii U ainda pode oferecer? Aqui segue a minha lista do que acredito ser o principal.

Biblioteca do Wii

É bem provável que muitas pessoas tenham feito o mesmo que eu: venderam o Wii e compraram o Wii U. Afinal, o console lançado em 2012 (2013, no Brasil) tinha retrocompatibilidade com os jogos e acessórios do Wii. Isso significa que o Wii U é o melhor caminho para você jogar Super Mario Galaxy, Donkey Kong Country Returns, Kirby's Return to Dreamland, The Legend of Zelda: Twilight Princess e tantos outros ótimos games da Nintendo lançados entre 2006 e 2013.

Virtual console

É verdade que não sabemos até quando ele estará disponível, mas ainda é possível comprar jogos no Virtual Console. Além disso, se você tinha compras feitas no Wii U ou no Wii você ainda poderá acessá-las enquanto as tiver no aparelho. A adição de títulos de Nintendinho e Super Nintendo no Nintendo Switch Online segue tão lenta que é bem provável que nunca alcancem a lista presente no Virtual Console. Sem falar que lá encontramos também games de Nintendo 64, Game Boy Advance e Nintendo DS, algo que não sabemos se teremos no Switch em algum momento.


Experiência de jogabilidade única

Esse ponto pode ser polêmico, mas eu considero a experiência da jogabilidade assimétrica uma das grandes inovações da Nintendo. Só para contextualizar, a jogabilidade assimétrica era o que acontecia quando um jogador tinha um tipo de ação e comandos no Gamepad, enquanto os outros tinham outras mecânicas. Infelizmente o recurso não foi mais explorado justamente por causa do fracasso do console, mas o uso que foi feito em Mario Party 10, Nintendo Land e New Super Luigi U era realmente único e muito divertido. Como é impossível fazer algo parecido no Switch, a única forma de conhecer e vivenciar esse estilo de jogo é no bom e velho Wii U.


Exclusivos

Muitos exclusivos da Nintendo lançados no Wii U estão saindo em formato de port para o Switch, o que é muito bom. No entanto, não temos certeza se todos estarão na nova plataforma. E mesmo que cheguem, algumas pessoas podem preferir aproveitá-los na plataforma original. É fato que eles nunca caíram de preço e, em formato físico, são ainda mais caros, por conta da raridade. Mas aqui segue uma lista em ordem alfabética com quinze jogos lançados originalmente no Wii U que podem garantir muita diversão a quem ainda o tem (importante: não é uma lista de melhores, mas sim uma lembrança de coisas boas que foram lançadas no console):
Para quem costuma dizer que esse console não tinha nada, até que tem umas coisas boas, não é mesmo?

Tirando a poeira do Wii U

Como disse anteriormente, a reflexão que trago aqui se refere a quem já possui um Wii U, mas claro que pessoas que não tiveram o console podem ver motivos para adquiri-lo ainda agora. Com a importância que a Nintendo tem dado ao Switch não sei se essa seria a melhor compra, mas o Wii U certamente tem seus atrativos, como tentei demonstrar até aqui.
E você? Tem um Wii U? Ainda joga alguma coisa nele? Compartilhe sua opinião nos comentários.

Pesquisador nas áreas de estética e cibercultura com Mestrado em Cultura e Sociedade (UFMA) e Doutorado em Comunicação (UnB). Além de escrever sobre jogos, produz o Podcast Ficções e tem um blog sobre literatura, filosofia e cotidiano.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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