E3 da Nintendo: Cumprindo o que os fãs há muito pediam

novas, jogos a perder de vista, uso inovador do GamePad, títulos das suas principais franquias e presença constante, tanto para frequentadores in loco quanto online, fez da E3 2014 a melhor da Nintendo em muito tempo

Esse foi definitivamente um excelente ano para ser um fã da Nintendo, especialmente se possuir um Wii U. Há algum tempo, pessoas faziam três grandes reclamações perante a atual postura da Nintendo com o mercado de jogos em geral: escassez títulos para o Wii U, poucos jogos que realmente aproveitavam as funcionalidades do GamePad e a falta de novas IPs (propriedades intelectuais, de forma bruta, franquias novas) por parte da empresa. Eis que, com seu Digital Event e os três dias que se seguiram, a Big N provou que não só ouve seus fãs, como faz tudo (ou quase) que eles pedem.

Trocando pompa por eficácia… e muito Smash!

A manhã do dia 11 de junho começou com tudo: depois das conferências cheias de pompa das outras empresas, com auditórios lotados, buffêts e muitas luzes e efeitos especiais, a companhia manteve o modelo eficaz aplicado em 2013 e fez uma única apresentação via streamming para o mundo inteiro. A opção permite não só algo mais conciso e direto, mas também pode usar e abusar de trailers, piadas e comentários dos desenvolvedores enquanto ainda mantém os espectadores focados no que está sendo anunciado “diretamente para você”, como diria o presidente Satoru Iwata.


Falando em Iwata, um dos pontos principais do Digital Event foi logo no seu início, com sua batalha épica contra Reggie Fils-Aime. Antes dos Miis dos executivos tomarem a cena, muita gente estava acreditando que o próprio Fils-Aime finalmente entraria no elenco dos lutadores. Mais tarde na semana, viríamos a descobrir como funcionam os Miis, que poderão ter os golpes customizados, com cada especial possuindo três variantes para cada um dos estilos de luta (lutador, espadachim e atirador). Não só eles, como também todos os outros personagens teriam três slots de itens para serem customizados, como botas mais leves, que garantiria um pulo mais alto, porém, com menor força nos chutes. O diferencial é que os Miis mudarão as aparências de acordo com os itens equipados.
Nos primeiros cinco minutos do Event, para muitos a Nintendo "venceu" a E3
No mesmo trailer ainda tivemos o anúncio oficial das plataformas NFC da Big N, as figuras Amiibo. Podendo usá-las em múltiplos jogos, como o já lançado Mario Kart 8, e sem a necessidade de um periférico, pois o GamePad já possui sensor de NFC, as figuras têm o potencial de se tornar as mais rentáveis do gênero. Embora suas aplicações ainda sejam meio obscuras, sabemos que poderemos invocá-las no Smash para lutar ao nosso lado e que as mesmas ainda passarão de níveis individualmente, podendo se tornar mais fortes até que a CPU no nível 9 de dificuldade (o nível máximo).
Os Smashes ainda tiveram mais destaque no final do Nintendo Direct e ao longo da semana com mais dois personagens sendo revelados: Palutena, a deusa dos céus de Kid Icarus, e a pizza faltando uma fatia, o disco de hockey amarelo, o “waka waka”, o único que faltava pra completar o nostálgico quarteto dos jogos: Pac-Man!

Se não tivesse visto com meus próprios olhos, no passado eu acharia que essa imagem era fan-made

De lã à massinha, de Mario a Zelda e de remakes a IPs novas

Dentre “a volta dos que não foram”, Yoshi Wooly World finalmente deu as caras, com várias mudanças do que quando vimos pela primeira vez, no começo do ano passado. Desistindo do Yoshi 2D, feito de poucas linhas, agora tudo é tridimensional e feito de lã. A interação com o cenário continua tão grande quanto em Epic Yarn mas Good-Feel aprendeu com seus erros e está trazendo boas doses de desafio, embora ainda tragam os visuais infantís e caricatos que o foco em tecido proporciona.


O Digital Event, entretanto, não se resumiu a novas informações sobre títulos já anunciados; pelo contrário: ele não poupou anúncios. Contando com muitos vídeos de gamplay (ao contrário das outras empresas, que usavam e abusavam de animações CGI) sobre cada um dos títulos, o primeiro anúncio da Big N foi um  a nova empreitada de Toad, explorando o conceito visto em 3D World, com Captain Toad Tresure Tracker. Contando com poderes e várias referências a Super Mario Bros. 2, Toad ainda não pode pular, mas apresentou vários níveis diversos, alguns focando em ação e outros focando na resolução de enigmas.

Na sequência tivemos um dos mais esperados, o novo The Legend of Zelda. Infelizmente só tivemos uma animação com gráficos in game, mas isso já era de se esperar. Com um mundo aberto inspirado no The Legend of Zelda original para o NES, a presença de tecnologias bastante avançadas e um possível Link de cabelo longo e uniforme azul que já deu o que falar, os poucos minutos dedicados ao título já foram suficientes para levar fãs à loucura.


Estranhamente, os tão esperados Remakes das edições Rubí e Safira de Pokémon tiveram muito pouco destaque na E3 e sua presença se limitou a um vídeo em um pequeno estande ao fundo do booth da Nintendo. Ao longo da semana tivemos a revelção das novas Mega-Evoluções, contando com uma para cada um dos iniciais: Mega Sceptile, agora Dragon/Grass e com Lightining Rod (ameaçando aqueles Rotom-W), Mega Swampert, com um visual bombado e Swift Swim (alguém disse Uber?), o já conhecido Mega Blaziken, Mega Sableye e Mega Diance, com a confirmação da distribuição desse último para as américas em breve. Ainda não explicaram muito como funciona a tal da “Ancient Mega Evolution”, que transforma Groundon e Kyogre nas formas que aparecem nas capas de Omega Ruby e Alpha Saphire, respectivamente.


Tivemos, então, um trailer de Bayonetta 2, que há algum tempo estávamos sem informações. A bruxa, agora de cabelos curtos, contará com mais combos e armas em seu arsenal, além de novas lutas insanas que incluirão uma forma Mecha, batalhas aéreas e multiplayer online. Uma das principais novidades, entretanto, foi que a Platinum Games se propôs a fazer algo que a EA não fez antes de lançar Mass Effect 3, e irá nos brindar com um remake do título anterior no mesmo pacote de Bayonetta 2. O primeiro jogo ainda contará com fantasias para a bruxa, inspiradas nos mundos da Nintendo, que ainda alteram algumas coisas no mundo do jogo, como alguns sons e coletáveis. Já confirmadas, temos as roupas de Peach, Samus (Varia Suit) e Link. As atendentes dos Booths ainda afirmavam ter uma baseada em Daisy na versão final.

Pelo menos tem alguém de cabelos longos, para aqueles que não curtiram o visual novo da protagonista
Hyrule Warriors atraiu a atenção de todos no Digital Event, o que, por consequência, criou filas quase tão grandes para o jogo quanto havia para jogar Smash no estande da Big N. Curiosamente, o primeiro jogo da série em que podemos controlar Zelda será justamente aquele que não contém seu nome no título. Além da princesa, tivemos a confirmação de Midna como uma das personagens controláveis e um empolgante teaser de Ganondorf ao final do trailer no YouTube. Ao longo da semana Aonuma confirmou a não canoniedade do título, dizendo que ele se passa em algo como um universo alternativo, tal qual Majora’s Mask, mas sob certas condições especiais. Com Great Fairy e uma versão ainda mais medonha da lua que já foi causa de pesadelos para muitos, várias novidades sobre esse título foram reveladas, tal qual uma edição especial no Japão que virá com um relógio de triforce e o cachecol azul de Link. Será que veremos Tingle como um dos personagens controláveis também?


Kirby and the Rainbow Curse inovou seus gráficos de massinha feitos com um absurdo nível de atenção aos detalhes, mas pouco mexeu na mecânica consagrada de oito anos atrás em Canvas Curse. Sem poder copiar habilidades, Kirby mantém o padrão Epic Yarn e somente se transforma em áreas específicas. Na sequência tivemos uma pegadinha do malandro dos sem-coração da Monolith, que criaram uma introdução para Xenoblade Chronicles X que fez vários de nós acreditarmos se tratar de um novo Metroid Prime. O trailer era a única coisa disponível no evento, e mostrava mais um pouco desse expansivo mundo repleto de naves e robôs gigantes e o enredo que teceria a trama do jogo.

HÁ! PEGADINHA DO MALANDRO!
Foi a vez de Mario Maker, que já havia vazado uma foto alguns dias antes, tomar o estágio. O criador de fases de Mario permite o jogador fazer seus diversos níveis e compartilhá-los. Uma das coisas interessantes é a capacidade de criar coisas até então impossíveis, como colocar objetos após a bandeira do final da fase, criar pilhas de Piranha Plants ou colocar asas em Hammer Bros. Contando com gráficos do jogo original pra NES e da versão U de New Super Mario Bros., o título ainda terá a inclusão da identidade visual de outros títulos, bem como mais inimigos para aumentar as possibilidades e a diversão deste jogo.

Splatoon ocupou uma boa porção do evento digital, tal qual ocupou uma boa porção do estande da Nintendo. A nova IP da empresa, que tantas pessoas pediam, tem parte da galera que produz Animal Crossing na sua equipe, então podemos esperar por um alto fator replay. O shooter com visão em terceira pessoa é um tapa na cara para quem dizia que shooters não conseguem ser tão diferentes. Com o objetivo de pintar o máximo de território e, se possível, dominar a base do adversário, o colorido jogo ainda transforma os protagonistas em lulas, para recarregar tinta e se movimentar mais rápido pelo seu teritório. O jogo viciante contará com batalhas 4 contra 4 no modo online e é muito mais interessante do que parece.

Projetos do tio Miya, Showfloor e Invitational: um primeiro dia com muito a ser visto!

Ao fim do Digital Event, tivemos um pequeno teaser de Shigeru Miyamoto quanto aos seus projetos, que fazem uso inovador do combo de GamePad + TV. Enquanto Project Guard, um tower defense baseado em câmeras de segurança, e Project Giant Robot, uma luta-sumô de robôs gigantes customizáveis, estavam jogáveis na feira, o Star Fox de Wii U foi guardado a sete chaves e quase não teve gameplay. Na realidade, sempre que o jogo era mencionado e telas rodando ele apareciam, elas estavam quase sempre desfocadas. Isso não quer dizer que o tio Shija não revelou informações: a nova iteração da franquia contará com Multiplayer cooperativo e, aparentemente, tanto Project Giant Robot e Project Guard devem ser incorporados de alguma forma no Star Fox.

Pouco tempo após o fim do Digital Event as portas da E3 se abriram pela primeira vez em 2014 e jornalistas, comerciantes e pessoas da indústria do entretenimento eletrônico lotaram os estandes de todas as empresas, mas o da Big N recebeu um bom destaque. Possuindo o maior estande dentre as três grandes empresas, a Nintendo focou, como era de se esperar, em Super Smash Bros. for Wii U/3DS. Presenteando os vencedores de cada round com camisetas e os campeões das batalhas que aconteciam no telão com uma medalha de edição limitada, era quase impossível ver uma estação sem fila.


Mas esses não foram os únicos anúncios de jogos. Através da Treehouse Live, desenvolvedores pintavam na E3 e, via livestream, para todo mundo, comentavam sobre os jogos revelados e cediam mais informações sobre os mesmos. Durante a cobertura da Treehouse tivemos também o anúncio de Mario Party 10, que mantém os personagens se movimentando juntos pelo tabuleiro, mas adiciona o modo Bowser Party, que apresenta um gameplay assimétrico com um quinto jogador controlando Bowser via GamePad e criando as dificuldades dos minigames (algo parecido com boa parte dos jogos do modo 3x1).



Tivemos também o anúncio de Devil’s Third, mais um exclusivo de Wii U, que trata-se de um Third Person Shooter muito violento, cheio de sangue e exageros a lá Bayonetta, mas com um protagonista masculino. Vídeos no Nintendo Minute e na Treehouse deram também mais visibilidade a diversos jogos indies que estão para chegar no portátil e console de mesa da Nintendo. Dentre os destaques, temos Affordable Space Adventures para Wii U, Gunman Clive 2 para 3DS e Shantae and the Pirate’s Curse, Citizens of Earth e Shovel Knight para ambos.

O primeiro dia foi coroado com o Super Smash Bros. Invitational, que conseguiu me deixar mais rouco enquanto eu torcia do que os jogos do Brasil nessa Copa do Mundo. Com a surpreendente aparição de Sakurai e Reggie em momentos chave, tal qual diversas outras celebridades e mídia especializada, o torneio constantemente surpreendia a todos. O Invitational, que chegou a entrar no Guiness World Records, devido à quantidade de visualizações, foi uma ótima maneira de promover o jogo e seus diversos modos, além de mostrar o quão balanceado o mesmo está.

Diversão para todas as idades!

Caso não saibam, o evento sediado em Los Angeles não é só restrito à mídia, comerciantes e empresas do setor de entretenimento eletrônico como também tem uma idade mínima para entrar: 17 anos. Ou seja, várias daquelas crianças que assistem as apresentações pela internet e sonham em comparecer à E3 ainda terão que esperar muito.

Mas a Nintendo, realizadora de sonhos como é, trouxe uma gurizada ao Nintendo Kids Corner, uma lugar especial dentro da área VIP do segundo estande da Big N. Melhor ainda que apenas jogar os títulos lá disponíveis (e alguns, como o Pokémon Art Academy, que nem estavam disponíveis para o público geral), as crianças puderam jogar junto aos desenvolvedores dos jogos, como Takashi Tezuka e Shigeru Miyamoto. Os jogos disponíveis focavam em cooperação, criatividade e intuição; uma forma sútil de mostrar como os jogos podem se aliar à qualidade de vida, uma das novas políticas da Big N.

Mesmo não sendo no nível desejado, as Third Parties compareceram, e o 3DS não foi esquecido!

Nos dias seguintes também foi possível experimentar a line-up third party da Nintendo, através dos diversos estandes que permeavam o West Hall. Os novos Sonics, baseados na série de TV que está por sair, Sonic Boom, ainda serão exclusivos da Big N e terão abordagens diferentes dependendo da plataforma: Rise of Lyric, de Wii U, terá um foco mais action-adventure com bastante hack’n slash e seções plataforma, enquanto Shattered Crystals, de 3DS, terá enfase na plataforma com elementos de resolução de puzzles e exploração.

A Square-Enix nos trouxe Teathrythm Final Fantasy: Curtain Call, com algumas novidades como mapas a serem explorados, novos veículos para as FMS’s e visuais mais claros para os movimentos a serem realizados. Já a Ubisoft, dentre tantos excelentes anúncios, preferiu apostar no certo e apenas trouxe Just Dance 2015 para o Wii U. Eu teria ficado mais bravo com a empresa se as músicas não tivessem ficado tão divertidas. Destaque especial para a baseada em Tetris, que é uma loucura só, embora tenha sido feita claramente pensando em cameras de captura de movimento, e não controles.


Outra que quase deixou o Wii U e o 3DS completamente na secura foi a Warner Bros. Games, que dentre jogos como DyingLight, Mortal Kombat X e Batman Arkham Knight, trouxe apenas Lego Batman 3: Beyond Gotham para as plataformas Nintendo. Será o foco na Liga da Justiça e o universo DC expandido o suficiente para perdoarmos a empresa pela falta de mais anúncios?

Dentre as Thirds, quem mais deu atenção à Big N foi a Capcom, que garantiu que o 3DS não passasse em branco: com Phoenix Wright Trilogy jogadores podiam revisitar os primeiros e, para alguns fãs, os favoritos casos do advogado de cabelo espetado, enquanto outros aproveitavam para experimentar Monster Hunter 4 e as novidades que o título trazia à franquia, como algumas acrobacias e maior e mais dinâmica interação com o ambiente. Isso sem falar no seu Crossover com a Level-5 e o gentleman mais adorado do mundo: Professor Layton Vs. Phoenix Wright, que já tem data de lançamento marcada (29 de agosto) e estampará a capa da próxima edição da revista Nintendo Blast. Outra surpresa bem vinda da Level-5 foi o anúncio de Fantasy Life, um simulador de vida com elementos de batalha e RPG, para o ocidente.

O segundo dia encerrou-se com uma roundtable sobre mais uma nova IP da Big N, essa exclusiva de 3DS. Code Name: S.T.E.A.M. é o mais novo título que está sendo produzido pelas mentes da Intelligent Systems (conhecida por seus Fire Emblems e Paper Marios) e cria uma mescla bizarra, mas interessante, de RPG tático com elementos de shooter. Ambientados em uma Londres steampunk do século XIX, cabe ao jogador comandar um exército liderado por ninguém menos que Abraham Lincoln para exterminar aliens “Lovercraftanos”, tudo isso com um visual cell shading inspirado na era de ouro dos quadrinhos. É um projeto tão diferente e tão “não Nintendo” que só daria certo se fosse a própria Nintendo que o produzisse.

Nintendo abalou na E3: Sim ou com certeza?

Cumprindo as promessas de criar uma line up com jogos de peso para o Wii U em curto e longo prazo, fazendo intenso e inovativo uso do GamePad e apresentando não uma, mas duas grandes IPs que receberam muito destaque na feira, a Nintendo atendeu às expectivas de longa data que seus fãs possuíam. Contando com títulos para quase todas suas franquias, além de jogos programados para outras (como Metroids 2D e 3D) e jogos em desenvolvimentos para outras (como o crossover de Fire Emblem e Shin Megami Tensei), nem mesmo o remake de Majora’s Mask passou batido, com Aonuma confirmando seu desejo de fazê-lo e Greezo (a responsavel do remake de Ocarina of Time) contratando novos funcionários para criar uma “Lenda”.

Embora o 3DS tenha ficado um pouco apagado e o suporte das Third Parties continue sendo quase inexistente, a Nintendo arrebentou nessa E3 e superou muito as expectativas, interagindo constantemente com os espectadores e divulgando muita informação através do Treehouse Live e criando hype com eventos como o Smash Fest das Best Buy’s e o Super Smash Bros. Invitational. Considerando os títulos que o tanto o console quanto o portátil já tem e os que terão até o final de 2015, salvo atrasos, é difícil pensar em uma época que foi tão boa para ser um fã da Nintendo.

E quem discordar vai ter que se ver com o laser da morte do Fils-AiMech!
Revisão: Jaime Ninice

Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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