A "Família 3DS", como chamada pela Nintendo, teve um número de variações nunca antes visto em um portátil: Nintendo 3DS, Nintendo 3DS XL, Nintendo 2DS, New Nintendo 3DS e New Nintendo 2DS. Tendo um modelo a mais em relação à Família DS, que o antecedeu, a qual tivera, além do modelo tradicional, também o DS Lite, o DSi e o DSi XL. Isso, claro, sem contar as edições especiais para 3DS de The Legend of Zelda, entre outras, e as diversas capas vendidas separadamente para a série "New".
O 3DS foi o último console da Nintendo projetado para ser exclusivamente portátil. Quanto ao seu hardware, era significativamente mais poderoso que seu antecessor (DS), retrocompatível com ele, e incorporava uma tela que permitia visão em 3D sem precisar do óculos 3D. Seu preço de lançamento era de US$ 250, mas, após registrar prejuízo no primeiro trimestre de 2011, o valor foi reduzido para US$ 170. Aqueles que compraram no período de lançamento, porém, tiveram alguns benefícios enquanto "embaixadores" do console, permitindo-lhes, por exemplo, acessar certos jogos de GBA.
O 3DS também possibilitava novas experiências de integração hardware-software, como o StreetPass, que possibilitava comunicação e compartilhamento de dados entre consoles da família quando estivessem próximos um do outro, mas que talvez não tenha sido tão explorado quanto poderia.
Quanto à biblioteca de jogos do 3DS, essa foi marcada, entre outras coisas, por:
- Revitalizar a franquia Fire Emblem, da Intelligent Systems, cujo título Fire Emblem: Awakening, de 2012, quase foi o último da série, mas acabou se tornando altamente popular e aclamado nessa plataforma, assim como seu sucessor, Fire Emblem Fates;
- Ser o berço de uma nova e bem-sucedida IP de puzzle da Intelligent Systems, Pushmo, que viria a receber sequências para 3DS e Wii U;
- Mudar os rumos da franquia Animal Crossing com a possibilidade de, em Animal Crossing: New Leaf, gerenciar e personalizar uma vila, ao invés de apenas ser um de seus moradores;
- Trazer definitivamente a série Pokémon para o universo 3D com Pokémon X/Y e Pokémon Sun/Moon;
- Possibilitar uma significativa aproximação entre a Nintendo e produções indies, como Shovel Knight;
- Ser uma plataforma para importantes remasterizações e remakes clássicos first-party (como The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D e Majora's Mask 3D, Metroid: Samus Returns, Star Fox 64 3D e Xenoblade Chronicles 3D);
- Ressuscitar o clássico Kid Icarus (NES) com Kid Icarus: Uprising.
- Reviver experiências clássicas de jogos de third-party, caso de Bravely Default e Resident Evil: Revelations;
- Ajudar muito a popularizar a franquia Monster Hunter no Ocidente;
- Apresentar uma nova experiência de gameplay (um meio-termo entre 2D e 3D) na série Super Mario, com Super Mario 3D Land, o qual viria a influenciar Super Mario 3D World (Wii U) e Super Mario 3D World + Bowser's Fury (Switch);
- Comemorar o "Ano do Luigi" com Luigi's Mansion: Dark Moon (Luigi's Mansion 2);
- E oportunizar uma reimaginação da estrutura de The Legend of Zelda: A Link to the Past (SNES) com The Legend of Zelda: A Link Between Worlds.
Após 10 anos desde seu lançamento, e já descontinuado, o console, por incrível que possa parecer, ainda vende mais que os consoles de Xbox Series no Japão e continua nos lares de muitos gamers que aderiram ou não ao seu sucessor híbrido, o Nintendo Switch. Sua eShop também continua ativa (inclusive no Brasil) e com ótimos títulos. Ainda vale a pena conferir.
E você, teve um 3DS? Como foi sua experiência com o console? Ainda joga algo de sua biblioteca ou, por retrocompatibilidade, jogos do DS? O que acha de sua performance enquanto portátil, sua tecnologia 3D e sua integração hardware-software? Compartilhe com a gente nos comentários.
