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O Atlas de Hyrule: Lake Hylia ao longo dos anos

Continuando nossa visita pelo mundo de Hyrule, hoje vamos ao Lake Hylia, o lago que mais vezes apareceu nos jogos, desde o NES até o Switch.


Aventureiros e heróis do tempo, vamos continuar a popular nosso Atlas com mais informações e curiosidades sobre os locais recorrentes de Hyrule. Hoje, visitaremos uma das localizações mais tradicionais da série, que apareceu pela primeira vez já em The Legend of Zelda (NES) e foi se modificando até sua mais recente forma, em Breath of the Wild (Wii U/Switch): Lake Hylia.

Geralmente apresentado como o grande lago do continente, ele leva o nome da grande deusa presente nas lendas de Hyrule e, em geral, tem também grande importância na história em algumas de suas aparições. Além disso, é geralmente protegido pelo povo da água, os Zora.

Diferentemente, porém, de nossas últimas abordagens aqui no Atlas de Hyrule, não iremos apresentar cada aparição de forma individual, pois elas se repetem em dois padrões específicos, que separamos entre os jogos 2D e 3D. No primeiro, temos a presença de uma grande massa de água com algumas dungeons para visitar; no segundo, encontra-se um local de interesse para o enredo, envolvendo os Zora e o congelamento de seu rio.

A grande massa de água — 2D

Lake Hylia é considerado uma das mais tradicionais aparições da série porque já deu as caras no título de estreia, The Legend of Zelda, do NES. O seu papel, porém, é bastante simples: apresentar uma grande quantidade de água em algum local, já que o jogo não possuía mar e os rios não seriam capazes de trazer tal imponência e representatividade. Assim, a água, que pode tão facilmente inserir algumas mecânicas de exploração, permitiu que alguns locais fossem acessados apenas depois de obter um item.


No jogo de NES, Link é introduzido ao lago já no início, tendo que atravessar uma ponte para chegar à primeira dungeon. Porém, uma segunda masmorra presente no lago só pode ser acessada mais à frente, quando o herói já tem em mãos o Raft, item utilizado para navegar.

Nos próximos jogos em 2D da franquia, dentro da já conhecida vista top-down, o Lake Hylia seguiu o padrão de The Legend of Zelda e apareceu sempre como um "representante" da água e obstáculo para a entrada de algumas masmorras, exigindo o pé-de-pato, por exemplo. Aqui e ali, uma ou outra novidade foi apresentada, mas que se limitaram a inovar pouco.


Em A Link to the Past (SNES), por exemplo, o lago aparece agora no sudeste e, em Hyrule, não compreende nenhuma dungeon principal, contando apenas com uma caverna central, a Pond of Happiness. Mas o jogo do Super Nintendo trouxe pela primeira vez um mundo alternativo, o Dark World, que funcionava como um espelho de Hyrule. Assim, o grande lago também aparece com outro nome, Ice Lake, e compreende uma das grandes dungeons do game, Ice Palace.


Veja que o mesmo ocorre no "primo" de A Link to the Past, A Link Between Worlds (3DS), que, numa Hyrule muito parecida, apresenta Lake Hylia e sua contrapartida, Lorule Lake. Além disso, alguns aspectos nos respectivos mundos invertidos se repetem, como a água de caráter esverdeado e a ausência de rios que ali desaguam.

E, assim, alguns outros títulos trazem variações maiores ou menores do lago, como The Minish Cap (GBA) e Four Swords Adventures (GC). Mudam os eventos, as formas, as pessoas, mas o objetivo permanece o mesmo. Na sequência, porém, lembraremos das aparições mais marcantes, que se deram nos títulos em 3D.

O domínio dos Zora e o templo subaquático — 3D

O Lake Hylia começou a desempenhar um papel chave na história de Zelda em sua primeira entrada no mundo dos jogos 3D, com Ocarina of Time (N64). Aqui, o grande lago conectado a Hyrule Field pode ser explorado também debaixo d'água, fato inédito para Link. Além disso, uma conexão com o povo da água, os Zora, fica muito mais clara com a passagem subaquática entre o lago e Zora's Domain.


Em sua versão adulta, Link encontra o local pela primeira vez com o nível da água muito baixo, pois a conexão com o Zora’s River está congelada e uma maldição assola o templo que se encontra no fundo. Quem guia o Herói do Tempo pela situação complicada é a princesa Ruto, dos Zora, que acaba sendo também um dos Sages.

A dungeon que pode ser encontrada no fundo do lago é o Water Temple, muito conhecido entre os fãs como um dos desafios mais longos e complicados da franquia, sendo digno de boa parte das reclamações e desistências de Ocarina of Time. Ao completá-lo, Link derrota o chefe Morpha e tira a maldição que ele causou, restaurando o nível da água ao seu normal.


A criatividade em explorar as milhares de possibilidades com o lago, porém, ficou limitada a uma visão de manter as tradições quando se trata de Lake Hylia, pois na aparição seguinte, em Twilight Princess (GC/Wii), a localização teve pouca, senão nenhuma, novidade. Aqui, o lago é encontrado também com o nível da água reduzido porque — adivinhe — Zora's Domain está novamente congelado, impedindo o fluxo das águas vindas da nascente. Ainda, a resolução da situação se dá com uma visita ao templo, que também está no fundo do lago; o Lakebed Temple.

Por fim, veio Breath of the Wild, quebrando todos os padrões existentes na franquia para a criação de um mundo vasto e digno de exploração. E, junto disso, Lake Hylia perdeu um pouco de sua importância. Mesmo situado no centro de Hyrule, o lago não tem mais presença na história central, e permanece como forma de manter o legado da franquia, assim como vários outros locais que mantiveram seus nomes em paisagens espalhadas pelo continente.

É natural que, ao migrar para o estilo de jogo em mundo aberto, Zelda acabe perdendo algumas de suas características, e com Lake Hylia não será diferente. A adição do mar, por exemplo, ajuda a torná-lo menos necessário para a inserção das mecânicas na água que, por acaso, nem deram as caras em Breath of the Wild. Resta-nos aguardar para ver se a sequência incluirá alguma novidade, mas acredito que esse permanecerá apenas como um nome recorrente.



E você, o que achou do nosso passeio pelas aparições de Lake Hylia em Hyrule? Há alguma outra aparição subliminar que você lembre? Deixe nos comentários e continue acompanhando nosso Atlas!

O Atlas de Hyrule

Revisão: José Carlos Alves
Referência: Zelda Wiki


É diretor de redação do Nintendo Blast e fã de games desde pequeno, quando começou sua jornada com Mario e Zelda lá no SNES. É formado na área das engenharias e trabalha com desenvolvimento de software. Quando sobra um tempinho entre as jogatinas e o dia a dia, aparece lá no Twitter como @niccomch.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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